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Um império que desmorona


Histórica. Assim pode ser encarada a massacrante derrota do Barcelona, diante dos alemães do Bayern de Munique na tarde desta terça-feira de Champions League. Futebolisticamente falando, é como se o Império de Roma tivesse caído. Não, não é exagero. É fato.


Confesso que ainda estou completamente extasiado com a vitória do Bayern. Não somente pelo resultado, que realmente impressiona, pois o adversário não era qualquer um, era o TODO PODEROSO BARCELONA, mas sim pelo bola jogada pelos alemães. Foram mágicos!

Foto: AP
A equipe espanhola parecia não ter entrado em campo. E quando falo equipe, não estou me referindo só ao Messi. É verdade que ele também não jogou nada, mas o mesmo deve ser aplicado à Xavi, Iniesta, Alba, Pedro, Sanchez, Alves...enfim, ao TIME TODO.

E o que dizer do terceiro gol, marcado pelo holandês Robben? Uma pintura!

Não pelo gol em sim, mas pela sua construção. Reparem que, no começo do lance, o Ribery deixa o Messi no CHÃO.

C-H-Ã-O!

Como se não bastasse o argentino caído, a pedalada do 10 bávaro entortou legal o Jordi Alba que, pra completar a presepada, caiu depois de uma "chegadinha marota" do alemão Thomas Müller, outro que acabou com o jogo, para a alegria do amigo Leon Azevedo.

E por qual razão isso aconteceu? Como foi possível o BARCELONA, do MESSI, ser humilhado dessa forma? Será que foi um dia sem inspiração? O Guardiola faz mesmo tanta falta assim? O Barcelona já não é um time imbatível? Ou finalmente os adversários aprenderam a lidar com a ameaça catalã?
Explicações, existem várias. Vamos ver a opinião de alguns colegas desse blogueiro ausente que vos escreve.


"Já faz tempo que o Barcelona não é mais aqueeeela equipe, mas esse time do Bayern é brincadeira, pô. O Barcelona nunca foi só o Messi, mas também não acho que a perda do Guardiola foi fundamental para isso. O conjunto sempre foi muito forte, mas nada é eterno. Os outros times deixaram de temer os espanhóis".


"Nenhum dos outros 3, que estão na semi, têm time pra bater de frente com o Bayern. Continuo afirmando que a final será Bayern x Borussia. Quanto a fase que vive o Barça, pra mim, acabou o encanto com a saída do Guardiola. O time não tem mais aquela consistência e confiança de uns anos atrás. Principalmente com a baixa estatura, sofrendo, consequentemente, muito nas jogadas aéreas. O Real Madri já aprendeu a explorar isso. O Bayern também utilizou isso nos 2 primeiros gols e, depois, botou na roda. Acredito que falte um goleiro decente ao Barcelona, Valdes é muito fraco. Mas, antes de tudo, é preciso ter uma zaga. A atual zaga do Barça é uma mãe. Um Thiago Silva aí já faria uma senhora diferença”.


“Acho que os dois. Messi bichado é a maior prova, pra mim, que o Barcelona depende muito mais dele do que o inverso - como muitos fazem questão de defender. E o Guardiola é muuuuito mais técnico que o Vilanova. Pra mim, já era, estão eliminados. Esse Bayern está muito mais forte que os times das temporadas anteriores (do  4 a 0 para o Barça em 2009 e o que perdeu para o Chelsea em 2012), seja mentalmente, seja taticamente”.


“Bom, como em todo obstáculo, nós temos que nos adaptar para vencermos. O Barça reinou enquanto ninguém se adaptava, enquanto ninguém criava uma tática capaz de sobrepor a tática espanhola. A partir do momento que o Chelsea conseguiu isso, o futebol se reciclou e vai continuar se reciclando. Futebol se ganha com bons jogadores e boas táticas, como em toda batalha. É um ciclo”

É, meus queridos!

A opinião sábia dos amigos só confirma aquilo que eu também penso já faz algum tempo: O Barcelona já não é mais o bicho-papão do mundo do futebol. É claro que ele ainda assusta, e muito, porém, se mostrou não ser imbatível.

Posse de bola é muito importante, porém é preciso fazer coisas produtivas com ela. Não adianta ciscar o jogo todo, prender a redonda, e não produzir. O Bayern não precisou ter 500% de posse de bola para fazer 4 gols. Só precisou ser objetivo enquanto esteve com ela, provando que ser eficiente é melhor do que ser “chato”.

Foto: EFE
Honestamente, não acredito que os alemães percam a vaga. O Barcelona precisa ser impecavelmente perfeito para conseguir sua classificação. É impossível? Não, não é.

Porém, esse time do Bayern não me parece ser amarelão. Eles estão com aquela cara de menino travesso, que vai querer aprontar mesmo com as quase 100 mil pessoas que estarão no Camp Nou na próxima semana.

Pois é. Podemos ter presenciado sim, a queda de mais um império. Não um império tirano, opressor e intimidante. Mas sim do império do encanto, do envolvimento, do “jeito Barcelona de jogar”, que tanto foi aclamado pela mídia esportiva mundial.

É por isso que o futebol é tão fantástico.

Se você assistiu ao jogo, você deve entender o que estou falando.



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O último Samurai

(Foto: Luciano Belford / Futura Press)
A polêmica novela sobre o futuro do zagueiro Dedé parece que, finalmente, teve um desfecho. O jogador vai para o Cruzeiro. O valor da negociação? Especula-se que o Vasco vai receber pouco mais de R$ 14 milhões por 45% dos direitos econômicos do atleta. Para o torcedor vascaíno é um verdadeiro tapa na cara. Já para o torcedor cruzeirense é uma senhora 'benção', pois o sistema defensivo do time mineiro é fraco e necessita urgente de um zagueiro estilo 'xerifão'. 

O torcedor do Vasco perde o último remanescente do time que resgatou a moral do Gigante da Colina e, também, o seu principal ídolo, em atividade. Antes perdesse para um gigante europeu, ou algo do tipo. Mas, não. Perdeu para um concorrente direto na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro. O que essa diretoria do Vasco conseguiu fazer quando reergueu o clube, que estava na Série B, subiu, foi campeão da Copa do Brasil, disputou a Taça Libertadores, é algo inacreditável. O Vasco tinha um elenco pronto, onde só faltavam algumas peças para encaixar no time principal. Mas, agora? Não tem nada! O vascaíno que me perdoe, mas acredito que os lúcidos terão a mesma opinião que a minha: esse time do Vasco é fraquíssimo. 


O dinheiro da negociação do Dedé vai servir para quê? Para trazer alguns bons jogadores? Ou para pagar dívidas? Fico me perguntando como uma diretoria consegue levantar um clube, como essa diretoria fez, e quando parece que tudo caminha para o sucesso, na verdade está indo rumo ao fracasso. O ano do Vasco é tenebroso. Tem um técnico decente, mas é muito difícil o Autuori conseguir tirar leite de pedra, principalmente com o material humano que ele tem à disposição hoje. 


O que preocupa mais ainda é o futuro do cruz-maltino. Será preciso passar por outra reformulação. Nem o ídolo e craque Juninho Pernambucano aguentou permanecer nessa bagunça.


O último Samurai da Colina se foi.  "E agora, quem poderá nos salvar?", Carlos Alberto? Bernardo? Complicado...

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Qualidade não nos falta


Brasil e Bolívia fizeram um jogo amistoso, em homenagem ao jovem Kevin Espada que morreu na partida entre Corinthians e San José, vítima de um sinalizador disparado por um torcedor corintiano. Não estou aqui para desenterrar a polêmica, infelizmente, já esquecida por quase todos.

O técnico Felipão convocou somente jogadores que atuam no Brasil. E mesmo assim, não chamou todos que mereciam estar vestindo a amarelinha, para não prejudicar os clubes que terão rodada de seus respectivos estaduais.

Formou-se uma nova Seleção Brasileira, como estamos acostumados a ver, afinal, mesmo quando é possível  convocar qualquer brasileiro que atue pelo mundo, não temos uma equipe concreta. Enfim, no papel não deixa de ser uma Seleção de qualidade. Na primeira etapa, os brasileiros trucidaram os bolivianos. O placar não foi tão extenso quanto merecia, mas na bola e na vontade, eles saíram para o intervalo com uma atuação digna de aplausos. No segundo, mostraram a mesma atitude dos últimos jogos. O placar justifica, o motivo do amistoso não. Para quem estava em campo, era um teste para mostrar que merecem ser convocados.

Analisando o contexto do Brasil, a acomodação dos jogadores é uma atitude burra. Se é um teste para a Copa das Confederações, por que não aproveita-lo? Muitos que estavam em campo não tem vaga garantida. Se o cenário do jogo pedia e anunciava uma goleada histórica, por que não faze-la?

Prefiro acreditar que o jogador não seja cego, e tenha noção de que o momento da Seleção Brasileira é delicado. Assim sendo, é de suma importância devolver o brilho aos olhos do torcedor quando o assunto envolver uma partida do Brasil. Nada melhor que começar com um adversário mil anos luz inferior. A equipe da Bolívia poderia jogar contra qualquer clube que, se não estivessem na altitude, teriam sérias dificuldades. No primeiro tempo pude ver a vontade, que engloba garra, raça e superação dos jogadores. E esse é o elemento primordial para a ascensão de qualquer equipe.

O Brasil não possui uma equipe ruim, muito pelo contrário, temos jogadores como Neymar, Ronaldinho, Ganso, Hernanes, Paulinho, Réver, Thiago Silva, Marcelo, Júlio César, Ramires... cara, posso dar muitos nomes para vocês, porém sabemos que não é somente isso que define dentro de campo. O pouco tempo que eles tem para pegar entrosamento, a mudança repentina de treinador, a falta de um elenco base nas convocações são fatores que pesam, e muito, nas atuações da equipe. Porém vejo um elemento muito pior para justificar a fase da Seleção: a falta de vontade.

Jogamos contra Itália e Inglaterra como se não representasse absolutamente nada. Como no segundo tempo contra a Bolívia. O medo do Neymar de colocar seu lema 'Ousadia e Alegria' dentro de campo nos jogos com a amarelinha fica estampado em sua face. E a fase de testes para ele já passou. O respeito que as outras Seleções ainda tinham pelo Brasil, se perdeu.

Os jogadores brasileiros vivem um momento diferente. Onde vão precisar provar a cada partida, seja ela com o Haiti, Bolívia, Alemanha, China, Espanha, enfim, que merecem ser respeitados novamente. E isso se constrói passo à passo, partida à partida. O quanto esse segundo tempo contra a Bolívia pode custar caso se repita contra outras Seleções? A solução está no que foi apresentado no primeiro tempo. A alegria de jogar do R10, a vontade de calar a boca dos críticos do Neymar, as grandes jogadas em conjunto.

O que esperar, então?

Só eles podem nos dizer, talento e qualidade nós temos, o que precisamos é de vontade para recuperar o lugar de onde nunca deveríamos ter saído.

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Quem espera, alcança?



     Há tempos acho que a Alemanha tem o melhor elenco do mundo, mas nas duas últimas Eurocopas e Copa do Mundo, a seleção chegou perto da vitória e foi parada pela Itália e, duas vezes, pela Fúria Espanhola, que ganhou os três títulos e é a número um no Ranking da FIFA. Na última Champions League um time alemão também “bateu na trave”: o Bayern de Munique, que conquistou a vice liderança; perdendo a final, em casa, para o Inglês Chelsea.
     Apesar dos quase títulos, a Alemanha é uma superpotência no futebol mundial. Jogando fora de casa, hoje o Bayern ganhou a liga nacional, ao vencer o Frankfurt por 1x0, com um golaço de Bastian Schweinsteiger. Com seis rodadas de antecedência e 20 pontos de vantagem para o segundo colocado, Borussia Dortmund. Com isso, me pergunto: o que esse bom desempenho representa?
      Um time inglês foi campeão na última UCL, mas nessa temporada a Inglaterra está sem expressão. Itália idem. A Espanha ainda é a seleção número um e tem dois grandes times, mas o Barcelona vem perdendo a enorme hegemonia que tinha e o Real é repleto de jogadores estrangeiros. Quanto à Alemanha, os times são conhecidos por valorizarem os jovens atletas do país; assim, quando os times nacionais estão jogando em alto nível, isso reflete na seleção.
    O Bayern tem grandes chances de ganhar a Champions, além dele ainda há o vice da Bundesliga, Borussia D. E o time de Munique tem melhorado seu futebol ao longo dos últimos anos. Com a grande campanha Nacional e jogadores excelentes, pode ser que nada mude na Alemanha; mas, às vésperas da Copa do Mundo, a atenção e as expectativas, certamente, se voltam para os times e para a seleção alemã. Será que agora o país desencanta? Aguardemos.


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O peso do elenco

(Foto: Luciano Belford / Futura Press)
Quando a fase é ruim, nada dá certo. O lema do Vasco atualmente é este. O Gigante da Colina vive um momento extremamente importante. Em termos de elenco, esse é um dos piores que o Alvinegro conseguiu montar nos últimos anos. A única contratação que a diretoria acertou foi na do técnico Paulo Autuori. E é por isso que o momento é importante. As próximas atitudes é que vão definir como vai ser o ano do Vasco. Com o time atual e sem nem um reforço, é 99% de chances de ser rebaixado para a Série B do Brasileiro.

É preciso contratar peças pontuais e organizar a casa. Comandante já tem, e dos bons. Agora falta um exército com alguns líderes qualificados. O que o Vasco almeja, o Botafogo já tem. Peças importantes no elenco titular e um treinador que aos poucos vai conquistando a confiança da torcida. 



O Botafogo, que não tem nada a ver com a crise do Vasco, continua em ascensão. Com a posse de bola, o time demonstra boa qualidade na troca de passes, principalmente num curto espaço de campo. Parece que Oswaldo de Oliveira finalmente encontrou o seu sistema defensivo ideal. A dupla de zaga formada por Bolívar e Dória é consistente. Marcelo Mattos e Gabriel deram maior proteção à defesa alvinegra, com isso, o trio de meio-campistas ofensivos ganha mais liberdade para atacar sem se preocupar em defender. 

A principal carência do Fogão é o ataque. Ainda falta o centro-avante, aquele cara goleador, que sabe se impor perante os zagueiros. O torcedor botafoguense ri, tira onda, mas sabe que Rafael Marques não pode ser titular do Botafogo. Para o Glorioso ainda faltam umas duas peças principais, mas no geral, o time consegue caminhar bem com as próprias pernas. 

Foi nesse cenário de contrastes que Botafogo e Vasco jogaram na noite de hoje. O resultado? Você já deve imaginar.  

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Bastava acreditar



Uma decisão sempre têm algo especial. Penso que todos os atletas sonham em jogar uma final. Hoje, os jogadores do ASA me mostraram o contrário. Entraram em campo precisando vencer por dois gols de diferença para conquistarem a Copa do Nordeste. Contra uma equipe que não sofreu um gol sequer dentro de casa. Todos sabiam das dificuldades, mas o futebol já provou que nenhum placar é irreversível.

Pois é, mas para reverter uma situação dessa, acreditar é o primeiro passo. Não sei como estava a cabeça de cada jogador antes da partida. Porém quando a bola começou a rolar, deu pra ter uma noção. Os jogadores do ASA não se achavam em campo, entraram com o pensamento voltado mais para a dificuldade que seria reverter a situação do que conquistar o título. Assim não tem quem dê jeito.

Durante noventa minutos o Campinense não precisou de esforços para criar jogadas. O nervosismo dos jogadores do time arapiraquense era evidente, não acertavam um 'bote', não conseguiam trocar quatro passes e, consequentemente, não assustavam o goleiro Pantera.

A postura do ASA não foi de time campeão. Tanto em Arapiraca quanto em Campina Grande. Aceitaram sua 'inferioridade', se é que realmente existia ou se foi provocada pela falta de confiança dos jogadores, e facilitou o caminho para o Campinense, que fez totalmente o contrário, entrou com sede de vitória nas duas partidas, mostrou vontade, garra, raça e foi premiado.

A conquista foi super merecida. A força que os paraibanos mostraram durante todo o campeonato não foi deixada de lado na hora da decisão. Já a equipe de Arapiraca também mostrou muita força e vontade nos jogos decisivos, porém na hora de decidir o título, 'desistiu' da competição.

A campanha deve ser valorizada, afinal, após três derrotas seguidas na primeira fase, o ASA impressionou a todos e chegou até a final. Mas as partidas da decisão são para servirem de aprendizado. De um lado tivemos uma equipe que acreditou no seu potencial até o último minuto e de outro, uma equipe acomodada com a campanha feita e sem poder de superação.

Parabéns ao Campinense pela grande conquista.
Parabéns ao ASA  pela campanha feita até a semi-final.

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O problema continua



FPF.com
As diferenças entre os clubes paulistas ainda são enormes: Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos permanecem sendo os maiores em todos os aspectos. O bate-boca também gira em torno da duração do campeonato, são 19 datas na primeira parte e oito times se classificam para a segunda. Em 2012 os quatro clubes reuniram títulos em nível nacional e mundial, naturalmente se distanciaram de seus objetivos na disputa pela taça.

Divulgação
Para tornar a coisa atrativa, a FPF e mais uma empresa de automóveis "engordurou" a cota dos grandes clubes em detrimento dos demais clubes. Os quatro maiores embolsarão nesse campeonato o total de R$10,815 milhões para dizer que o chamado “Paulistinha” não é a prioridade de seus respectivos programas, quando por eventualidade no final do campeonato tiver que chorar uma eliminação para um dos 16 times de menor sorte no Estado - estes que receberão somente R$2,115 milhões.

Muitos falam do colapso do futebol no interior, no entanto, sem a análise do verdadeiro problema. É fato que em geral os clubes são terrivelmente dirigidos, sem projeto e nenhuma perspectiva profissional, servindo em geral para trampolins eleitorais.

Da maneira que a coisa vai e como anda difundida a grana do campeonato, os quatro clubes da capital tem de fazer por “comprometimento” ou “obrigação” a semifinal. Não estamos falando de melhores estruturas, ou de times incríveis, apenas chegamos a grande problemática do futebol brasileiro: a disparidade eterna entre os pobres e os ricos.

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Só depende deles


A vitória do Palmeiras não deve ser considerada uma surpresa. Jogando em casa, com grande apoio da sua torcida, a equipe foi superior. Venceu com méritos. Mesmo apresentando falhas, o que é natural, pois a equipe possui limitações.

O momento conturbado do Palmeiras gera muitas desconfianças sobre o desempenho que a equipe terá na competição. A grande maioria pensa que pode ser o maior fiasco da história do clube. Não estão loucos, apenas seguem a lógica.

Na partida não vimos um Palmeiras diferente do que já estamos acostumados. Instável, com falhas defensivas e muita insegurança. Porém, a vontade de vencer e contrariar todo o país foi muito maior. As dificuldades apareceram, a equipe se abalou depois de sofrer o empate, mas não deixou de procurar a vitória. Foram premiados por isso. De tanto insistiram, o gol apareceu. Sofreram até o último minuto, mas saíram com a vitória. E o mais importante, o alívio depois da pior estreia de Taça Libertadores da América para o Palmeiras.

Digo pior, pois a pressão que envolvia essa partida era imensa. A desconfiança da torcida, a insegurança dos próprios jogadores e a mídia buscando apenas outro motivo para afundar ainda mais o clube.

O Verdão aceitou o desafio. Se o momento não é bom, são considerados ‘zebras’ na competição, deixe da forma que está. A vontade e a garra desse grupo é o que pode fazer a diferença.

Se a derrota ganharia uma grande repercussão, imagine, se esse grupo der uma reviravolta nessa história. Mesmo que não seja campeão. Mas que façam uma campanha digna do clube que defendem.

Já que a técnica não é das melhores. E o fiasco era dado como iminente, os jogadores não tem nada a perder. E o comprometimento do grupo, a vontade de vencer e a raça podem fazer com que esse grupo recupera toda a tradição da Sociedade Esportiva Palmeiras.

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De olho nele




Atlético-MG e São Paulo estrearam na Taça Libertadores da América. Em um jogo repleto de grandes jogadores, apenas um ganhou os holofotes após a partida. Ronaldinho Gaúcho. Com boa atuação e duas assistências, foi quem comandou a equipe mineira na vitória por 2 a 1 sobre o Tricolor paulista.

O jogador, vale lembrar, voltou a fazer parte da Seleção Brasileira depois de um longo tempo afastado. Luiz Felipe Scolari não iria o convocar à toa. 

Desde a sua chegada ao Galo, Ronaldinho vem se destacando e recuperando, aos poucos, o status de craque. Com grandes atuações e sem causar polêmica fora dos gramados, o meia parece ter percebido que precisava de uma reciclagem. E isso deve ser comemorado, afinal, é uma tremenda colaboração ao futebol brasileiro.

O meia está recuperando o elemento que regia todo seu futebol ... a alegria. No Flamengo, não digo nem que faltou vontade, mas o ambiente e as companhias não eram favoráveis para que ele recuperasse essa alegria de jogar futebol. 

Na sua transferência para o Atlético, mesmo com toda a desconfiança, o receio de mais um fiasco, a torcida o recebeu de forma fantástica, como um verdadeiro ídolo. Além da torcida, dirigentes e jogadores estavam fechados com ele. Não foi de imediato e acho que a renovação do atleta ainda não terminou. Até porque a desconfiança ainda é grande.

O mais importante é que o jogador está ganhando confiança. O momento é todo dele. Pela Seleção, não devemos nem pensar em criticar sua atuação, mesmo que apagada. Foi a primeira partida oficial do jogador nesta temporada e o ritmo de jogo, principalmente para ele, é fundamental. 

Ao longo da temporada, espero ver o Ronaldinho Gaúcho que conquistou o mundo dentro dos gramados. Com uma habilidade fora do comum, dribles, gols, ousadia, e principalmente, muita alegria de jogar.

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No estádio, o futebol pouco importa.


Na última quarta-feira (06) o CRB enfrentou, no Rei Pelé, o Santa Cruz, pela Copa do Nordeste. O time de Alagoas não contaria com um apoio maciço de sua torcida, visto que já estava eliminado; mas um fator a mais que desestimulou o torcedor a ir foi o medo das brigas que poderiam acontecer, pois as torcidas organizadas dos dois times são grandes rivais. Dito e feito: no final do primeiro tempo, com o placar de 2x1 para o time da casa, a Comando Vermelho e a Inferno Coral começaram uma confusão, que obrigou os policiais a dispararem balas de borracha. Alguns torcedores ficaram feridos e foram para o hospital.

          Não cabe discutir aqui o que leva pessoas a fazerem isso em jogos de futebol, pois já está claro para todos, menos para os integrantes dessas torcidas, que esse tipo de comportamento não é coisa de torcedor, e sim de marginal. O que quero criticar é a comodidade das autoridades a respeito desses ocorridos, pois esses casos reincidem em diversos estádios do país e nunca se toma uma medida mais enérgica, a ponto de diminuir e acabar com esse tipo de situação. Após o ocorrido, circularam fotos com alguns dos envolvidos, e me pergunto por que não utilizam essas fotos para achar os integrantes envolvidos e bani-los por alguns anos, ou até para sempre, dos estádios de futebol?

          Na Inglaterra, berço do futebol, são conhecidos os casos de hooliganismos, a questão é que lá isso é tratado como crime, e muitos hooligans são presos. Isso tornou os estádios pacíficos e civilizados, mas o Brasil, país do futebol e sede da próxima Copa do Mundo, recusa-se a adotar essas medidas.

          Antes do jogo um ônibus foi apedrejado, no bairro do Tabuleiro, por torcedores da CV. Ônibus esse que eu estava dentro e pude presenciar a atitude animalesca desses cidadãos, que não se preocupam com nada, a não ser arrumar briga e confusão. Se o veículo estivesse cheio de passageiros, muitos iriam se machucar. E nada é feito para conter esse tipo de coisa. O medo afasta os torcedores da paixão nacional e põe delinquentes dentro dos estádios.

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