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Acabou... Com suficiente "maldade" para nunca mais voltar

Acabou, dois anos mais cedo acabou. Com suficiente maldade para nunca mais voltar.



Depois de 23 anos, Ricardo Teixeira deixou definitivamente a presidência da CBF. O anuncio aconteceu nessa Quarta (11/03), numa coletiva na cede da entidade, localizada no Rio de Janeiro. Uma carta do ex-presidente foi lida por Jose Maria Marin.

Teixeira enalteceu as conquistas alcançadas em seus mandatos e alegou problemas de saúde e o desgaste durante o tempo que passou na presidência. A duvida fica por conta da decisão do mandante de apenas mandar uma carta, e não comparecer para maiores esclarecimentos.

Na última sexta feira, o presidente já tinha apresentado seu pedido de licença medica. "Triste fim", quem precisa de cuidados médicos é a CBF, é o Futebol Brasileiro.

Ricardo Teixeira
“Em 2014, posso fazer a maldade que for... E sabe o que vai acontecer? Nada... Porque eu saio em 2015. E aí, acabou”. Essa foi apenas uma das frases de impacto ditas por pelo dirigente numa entrevista à Revista Piauí. Deixou de ser um caso relacionado apenas ao futebol.

Vale lembrar uma frase dita por Juca Kfouri, em agosto passado, repercutindo tal entrevista: “Achou que estava acima do bem e do mal. Não calculou que quando você chega no auge do poder, o passo seguinte é começar a perder poder”


 Novas denuncias não paravam, e não param, de aparecer. O processo de recessão foi acelerado, ainda mais, pelo relacionamento, ou nenhum relacionamento, com a presidente Dilma. Os protestos na internet, via redes sociais, mesmo em quantidade reduzida, mostraram a insatisfação do publico com o modo que o dirigente levava a entidade.

Suas chances de se eleger presidente da FIFA foram por água abaixo, não bastava só seus erros, e passou a ser o bode expiatório de Joseph Blater. A maldade planejada para 2014 parecia mais difícil. Homem "honesto" que é, vai agora para sua humilde residência em Miami. Claro, alem de responder às denuncias contra si próprio.

José Maria Marin, novo presidente da CBF
José Maria Marin é quem assume a presidencia. Isso por ser o vice-presidente mais velho. Chamado por alguns de “Zé das medalhas”, termo referido à tal personalidade por botar uma medalha, destinada ao Corinthians campeão da copinha de 2012, no bolso.

Não é um sinal de que as coisas vão mudar, até porque Marin já demonstrou que irá manter a estrutura e as pessoas do mandato antigo da CBF. Mas é uma vitória, mesmo que parcial, daqueles que querem um futebol limpo e organizado no Brasil. É o fim da era daquele que passou a se achar dono do futebol brasileiro.

Ganhar títulos é importante, mas é importante também organizar o esporte no país, ajustar o calendário, tratando os jogadores como pessoas, e não burros de carga. É, principalmente, trabalhar com transparência pelo crescimento do esporte que é o principal desse país continental.

Essa briga está longe do fim, a copa de 2014 está ai. As especulações estão só começando, e os clubes... vamos ver se esses tomam alguma posição.

@Paulo_andreSV

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