Deixe que digam, que pensem, que falem
Nada de novo


Saldo positivo
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(Foto: Alexandre Durão / globoesporte.com) |
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(Foto: Gazeta do Povo) |
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(Foto: Reuters) |
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(Foto: Reuters) |
Pra frente Brasil
O torcedor está fazendo o seu papel. Em sua maioria, satisfeito com as apresentações da Seleção. Nesse ponto discordo de muitos, pois contra a filosofia de 'futebol por resultado', especialmente se tratando de Seleção Brasileira. Sempre fomos maiores que isso, exemplo para o mundo e temos capacidade para seguir essa linha.

Hoje é dia de final. Final que pode servir para iludir muitos torcedores, como já aconteceu no passado. Como também pode ser uma alavanca para essa molecada que está ingressando em competições de nível internacional agora.
Favorito? Clássico é clássico e vice-versa. Sabemos que iremos enfrentar a atual campeã do mundo, bi campeã da Eurocopa e que vem encantando todos por onde passa. Mas se olharmos por outro lado, estamos em casa, somos pentacampeões mundiais, temos tantas e tantas histórias com esse esporte que se torna perigoso afirmar que os espanhóis são favoritos. Ainda mais se tratando de apenas um jogo, onde uma vitória pode não traduzir o melhor futebol.

Escrevi um texto na 'era Mano' falando que não acreditava que o Brasil pudesse resgatar seu futebol com essa geração de jogadores, porém sempre relutava muito contra isso. O Felipão ao mesmo tempo que me revoltou com seu estilo de jogo, também me fez perceber que ainda temos uma Seleção Brasileira, só falta variar, alternar, experimentar.
É pra ficar alegre? Lógico que sim. Satisfeito? Não, isso não.
Hoje é dia de final e estou louco para ver o Brasil inteiro parado. Nas ruas, nos bares, em casa, focados na Seleção Brasileira. Voltar a enxergar como é fantástico o que esse esporte pode nos proporcionar.
A história começa a ser reescrita hoje.
Pra frente Brasil!
*Esse vídeo me arrepiou! A música é clássica e se encaixou bem com os lances apresentados.
O meu Brasil x Uruguai
Decepcionante. Assim eu, Henrique, classifico o jogo da seleção diante do Uruguai, em pleno Mineirão lotado, e que rendeu a classificação brasileira para a final da Copa das Confederações. Pra um grupo tão estrelado e tão cheio de talento, um jogo horrível desse não pode arrancar tantos aplausos de uma arquibancada.
Mas nós estamos na final! Por que iria ficar decepcionado?!
Porque nós pudemos comprovar mais uma vez, que o nosso meio campo, no que se refere a questão ofensiva, está pior do que o cocô do cavalo do bandido. Oscar de novo perdido em campo, sem saber o que fazer. Hulk como sempre muito disposto, mas o mau momento pesa mais do que a vontade de ajudar. E Neymar, que era a grata surpresa do nosso time, se escondeu.
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(Foto: Getty Images) |
E o que falar da zaga hoje?
Nossa defesa, sempre muito elogiada, hoje cansou de fazer cagadas. David Luiz, em um surto de loucura, cometendo um pênalti infantil, e Thiago Silva entregando de graça a bola no empate dos Uruguaios. Sorte nossa que o Júlio César estava em um dia bom.
Quer dizer que nos classificamos na sorte? Não podemos trazer nada de positivo do jogo?
Não digo que foi na sorte, foi no aproveitar das chances. Como nós já vinhamos falando ao longo de toda a nossa análise, seja aqui, no Intervalo de Jogo, ou Na Rádio CBN, o selecionado Uruguaio já não assusta tanto. Vivem de Cavani, de Suárez e das poucas investidas de Forlán. Hoje esses três quiseram incomodar, e até conseguiram, mas chega uma hora que o jogador chega no limite, e cansa. Cavani foi monstro, correu uma barbaridade. Mas cansou, pra nossa sorte.
E de positivo, podemos trazer o choque de realidade. Que, confesso, até eu estava precisando. Desde o jogo contra a Itália, eu quis acreditar que a vontade e o empenho demonstrado pelos jogadores poderiam ser apoiados e exaltados.
NÃO.
Precisamos melhorar muito. Mas muito mesmo. Precisamos definitivamente arrumar aquela bagunça na armação. Por que DIABOS o Jádson não ganha a vaga do Oscar? O grande barato da posição é PARAR, PENSAR, e PASSAR, e isso o dez do São Paulo sabe fazer bem pra caramba. O Oscar sabe correr, sabe driblar e chegar na frente. Trocando em miúdos, o cara é um meia-atacante querendo pagar de meia-armador.
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(Foto: Reuters) |
Por que o Dani Alves ainda é titular? Vai dizer que você está satisfeito com esse rendimento de várzea?
ACORDA!
Acho que é isso. Pelo menos por enquanto. Pode até parecer absurdo, mas eu queria muito que o jogo contra a Espanha fosse como o Barcelona x Santos do Mundial de Clubes do ano retrasado. Precisamos provar para o povo, do jeito mais chocante, que o nosso esquema está atrasado. Que nós não podemos ficar satisfeitos em ver nossa seleção jogar pelo resultado, e nos esquecer de vermos ela jogar, realmente, o futebol brasileiro.
A família Scolari: Os netos do paizão
Qualidade não nos falta
O técnico Felipão convocou somente jogadores que atuam no Brasil. E mesmo assim, não chamou todos que mereciam estar vestindo a amarelinha, para não prejudicar os clubes que terão rodada de seus respectivos estaduais.
Formou-se uma nova Seleção Brasileira, como estamos acostumados a ver, afinal, mesmo quando é possível convocar qualquer brasileiro que atue pelo mundo, não temos uma equipe concreta. Enfim, no papel não deixa de ser uma Seleção de qualidade. Na primeira etapa, os brasileiros trucidaram os bolivianos. O placar não foi tão extenso quanto merecia, mas na bola e na vontade, eles saíram para o intervalo com uma atuação digna de aplausos. No segundo, mostraram a mesma atitude dos últimos jogos. O placar justifica, o motivo do amistoso não. Para quem estava em campo, era um teste para mostrar que merecem ser convocados.
Analisando o contexto do Brasil, a acomodação dos jogadores é uma atitude burra. Se é um teste para a Copa das Confederações, por que não aproveita-lo? Muitos que estavam em campo não tem vaga garantida. Se o cenário do jogo pedia e anunciava uma goleada histórica, por que não faze-la?

O Brasil não possui uma equipe ruim, muito pelo contrário, temos jogadores como Neymar, Ronaldinho, Ganso, Hernanes, Paulinho, Réver, Thiago Silva, Marcelo, Júlio César, Ramires... cara, posso dar muitos nomes para vocês, porém sabemos que não é somente isso que define dentro de campo. O pouco tempo que eles tem para pegar entrosamento, a mudança repentina de treinador, a falta de um elenco base nas convocações são fatores que pesam, e muito, nas atuações da equipe. Porém vejo um elemento muito pior para justificar a fase da Seleção: a falta de vontade.
Jogamos contra Itália e Inglaterra como se não representasse absolutamente nada. Como no segundo tempo contra a Bolívia. O medo do Neymar de colocar seu lema 'Ousadia e Alegria' dentro de campo nos jogos com a amarelinha fica estampado em sua face. E a fase de testes para ele já passou. O respeito que as outras Seleções ainda tinham pelo Brasil, se perdeu.
Os jogadores brasileiros vivem um momento diferente. Onde vão precisar provar a cada partida, seja ela com o Haiti, Bolívia, Alemanha, China, Espanha, enfim, que merecem ser respeitados novamente. E isso se constrói passo à passo, partida à partida. O quanto esse segundo tempo contra a Bolívia pode custar caso se repita contra outras Seleções? A solução está no que foi apresentado no primeiro tempo. A alegria de jogar do R10, a vontade de calar a boca dos críticos do Neymar, as grandes jogadas em conjunto.
O que esperar, então?
Só eles podem nos dizer, talento e qualidade nós temos, o que precisamos é de vontade para recuperar o lugar de onde nunca deveríamos ter saído.
Pitacos sobre a convocação
O técnico da seleção brasileira de futebol, Luíz Felipe Scolari, anunciou na tarde de ontem (22) a lista dos convocados para o amistoso contra a seleção da Inglaterra, no próximo dia 6 de fevereiro. Foi a primeira lista feita pelo treinador, desde que foi acertado o seu retorno ao posto de comandante da seleção canarinho, no fim do ano passado.
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Foto: Editoria de arte/ Globoesporte.com |
Nas laterais, o retorno de Felipe Luís não deve ser considerado nenhum absurdo. Ele é bom jogador, apesar de não estar tanto na mídia. Sabe recompor bem o time, chega bem a linha de fundo e tem bom cruzamento. Junto com Falcao Garcia e todo o grupo, está ajudando o Atlético de Madrid-ESP a fazer uma bela campanha no campeonato espanhol.
Cara, eu achei fantástico!
Finalmente não temos mais aquele voltantes "brucutus", tipo Felipe Melo. Com a modernização do futebol, ter meias mais defensivos que saibam sair jogando e que toquem bem a bola é fundamental. Conhecedor dessa nova realidade, Felipão chamou Paulinho, Hernanes (que há muito tempo deveria ter tido uma nova chance), Ramires e Arouca. A combinação que o professor resolver usar, estará muito boa. São todos ótimos jogadores.
E se fosse (parte 1: Cuca)?


Até hoje criticado, Felipe Melo, revelação na época de Dunga, parece ter se reconciliado com o bom futebol e é um dos principais jogadores do Galatasaray. Talvez o melhor volante brasileiro em atuação. Errar todo mundo erra. Felipe Melo errou sim, mas não foi o único a errar, foi apenas o vilão escolhido pela torcida, assim como foi Roberto Carlos em 2006. Apesar de criticar e culpar, alguém aqui vai negar que Roberto Carlos era o melhor lateral esquerdo do mundo naquela época? Possivelmente o melhor que muitos viram até hoje, e a seleção precisou dele depois, que se recusou a ir por causa da insatisfação da torcida brasileira para com ele.


