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Ê, Ponte Preta... Ê, Brasil...

(Foto: Daniel Garcia/LanceNet)
113 anos. Nem um único título de expressão. Rebaixado para segunda divisão em 2013. A chance de coroar o ano com o título da Sul-Americana. Todos os motivos para lutar até o último segundo de partida e... infelizmente, os pontepretanos terão que esperar mais um pouco para soltar o grito de campeão.

A campanha merece ser exaltada, afinal, tirar Vélez e São Paulo de qualquer competição não é para qualquer um. Porém, sempre condenei a covardia. Entendo toda a pressão envolvida, e também sei que jogar contra Argentinos, na terra deles, não é uma missão fácil. Mas, faltou colocar o discurso em prática, faltou acreditar, faltaram alternativas.

A Ponte Preta começou me surpreendendo, tirando os espaços no seu campo de defesa e procurando sair em velocidade, durante os primeiros dez minutos. O Lanús parecia nervoso, errava muitos passes na defesa. Aos poucos, a situação foi se invertendo, e apenas um time se manteve em campo.

A Macaca não conseguia ficar dez segundos com a bola nos pés, o que é abominável para qualquer equipe de futebol profissional. Para piorar, a bola parecia queimar nos pés dos alas da equipe alvinegra, forçando os volantes a saírem pelo meio, o que facilitou na ação dos defensores ‘hermanos’.

Após um momento irreconhecível, o Lanús foi para a guerra, e a Ponte começou a ceder. Os brasileiros não eram capazes de ganhar uma dividida sequer. Já os argentinos demonstravam espírito de campeão, e com facilidade chegaram aos dois gols do título ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa a Ponte até tentou, mas quando você desperta depois de 45 minutos em uma guerra, inverter a situação é praticamente impossível.

Engraçado que para os brasileiros é complicado jogar na Argentina. Só que vejo equipes argentinas se sentindo em casa no Brasil, até impondo medo. Por que o inverso não acontece? Simplesmente por falta de personalidade.


Enquanto perdemos tempo com medo da pressão Argentina, eles tiram onda. Mais um título, extremamente merecido, na conta deles. Na Sul-Americana: Argentina 6 x 2 Brasil.

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Será, produção???

Até agora não esta claro de Rogério Ceni permanecerá atuando pelo São Paulo em 2014. Seguem-se as indecisões, e várias especulações sobre os motivos que poderiam fazê-lo continuar atuando ou pendurar as chuteiras. De fato mesmo, nada!

Então vejamos pelo lado do ídolo, o que representa jogar mais um ano? É Rogério, pelo visto teria sido perfeito se aposentar em 2012. O goleiro virou mito, para os sãopaulinos, mas viu parte de seus fãs questionarem sua presença no elenco titular. Oscilou entre jogos memoráveis e partidas lamentáveis. Individualmente, perdeu seu grande tabu: cobrador de bolas paradas.
 

Mais um ano de contrato parece uma grande aposta. Com um bom time e boas atuações, poderia Rogério se redimir para com a torcida, mas também estaria se arriscando a repetir os feitos lamentáveis deste ano, e perder, também, credibilidade política dentro do clube. Eita “jogo de comadre”!

Devo lembrar, que quando demitido, Ney Franco chamou atenção para algo interessante. Segundo ele, Rogério questionava e se posicionava contra a presença do ex-treinador e de Paulo Henrique Ganso. Até o momento desta declaração, Ney poderia estar explicando porque foi demitido e porque Ganso amargurava a reserva. Exemplificando, portanto, porque qualquer presidente do clube do Morumbi quer ser visto perto do goleiro e ganhar, midiaticamente, seu apoio.

O que Ney Franco poderia estar ganhando com tais declarações? Já não estava mais no SPFC, conduzia um novo clube a novos números expressivos, dignos de outros trabalhos do treinador. Paulo Autuori veio e saio rapidamente, sem deixar saudades. Foi então que chegou Muricy Ramalho. Estranho é lembrar que em declarações do próprio Juvenal Juvêncio -ainda presidente do São Paulo- durante a ultima passagem de Muricy pelo tricolor paulista, que não gosta do modo como este treinador trabalha. Que não gosta do seu relacionamento com a imprensa. Que não Blá, blá, blá... E o treinador foi demitido um ano após ganhar por três vezes consecutivas o brasileirão com a equipe do Morumbi.


A situação do São Paulo não vinha digna de seu tamanho, e o clube relutou em contratar de novo Muricy. Vários treinadores passaram pelo São Paulo. Juvenal estava em baixa, e talvez não se reelegesse como presidente do São Paulo, mas convenientemente Rogério voltou a fazer grandes atuações. O mandatário engoliu seu orgulho e recontratou Muricy Ramalho, de forma provisória. Agora, a atenção dos são paulinos está voltada para quarta feira, quando Muricy deverá assinar novo contrato, e para o namoro, mais emblemático, de Rogério com sua renovação. E Juvenal? Convenientemente estranho... Eleições no São Paulo chegando, correto?

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Futebol é visto almoçando com política

Quando me falaram de empresas que são grandes de mais para fechar, acreditei que fossem, em sua grande parte, os bancos. Não os times de futebol. As empresas bancária têm renda fixa, literalmente. As pessoas depositam seu dinheiro, seus investimentos, e lá os deixam. Os times dependem da torcida, que varia conforme a situação do time nos campeonatos que disputa, e de seus patrocinadores, que não raramente descumprem os acordos firmados.

Lembro-me da crise de 2008. Mas que crise? Lembro-me que bancos faliram, empresas fecharam, países tiveram suas economias afetadas. Mas que países? Não o meu. Bem, aqui no Brasil a crise quase não foi sentida, mas onde ela foi?

Na Espanha, em pleno 2008, começo da crise, Florentino Peres renova a ideologia dos “galáticos” no Real Madrid e contrata os dois melhores atletas do mundo. Cristiano Ronaldo, por 92 milhões de euros, transferência mais cara da história até então, e o brasileiro Kaká, por 60 e tantos milhões de euros.

A crise, então, eclode; decola. Nesta mesma Espanha, seguem-se os anos com pessoas adulterando seus currículos, escondendo capacitações para não serem consideradas qualificadas demais para uma vaga abaixo de seu nível profissional e terem no final do mês um, baixo, salário. Mas o futebol segue crescendo... Real Madrid e Barcelona gastam como loucos em competição. Ozil, Di Maria, Khedhira, entre tantos outros do lado merengue e David Villa, Fábregas e alguns outros do lado catalão.

Mas espera, o clube de futebol F.C. Barcelona faz parte do grupo Barcelona e, portanto, do banco “Barcelona”. Será que a economia não estava tão fragilizada assim? Uma empresa pertencente a um grupo bancário, em um momento de crise na economia, podendo gastar tanto assim? Acontece que o Barcelona -clube de futebol- não podia perder torcedores para o momento político que ocorrerá na Espanha em 2014, então gastou tantos milhões em contratações pontuais e de “peso”, mas em contrapartida se aprofundou na loucura de aproveitamento da base, chegando a entrar em campo apenas com jogadores de suas fundações.

Agora entendamos um momento político diferente: O plebiscito para independência da Catalunha, marcado para 2014. Como sabemos -ou deveríamos saber-, a Espanha pode ser subdividida geopoliticamente em 4 porções, cada uma referente a um reino. Mas concentremo-nos na Catalunha. Essa poderá se tornar independente do território espanhol através de um plebiscito em 2014. Agora entendamos o que o clube de futebol Barcelona fez:

  1.  Acentuou os ideais de nacionalismo, “enlouquecendo” com o aproveitamento dos jogadores da própria base (jogadores e técnico);
  2. Manteve forte sua torcida, rivalizando com o arqui-“inimigo” Real Madrid na contratação de atletas de renome, como David Villa (maior artilheiro da história em jogos oficiais pela seleção espanhola) e Francesc Fabrégas (principal jogador do Arsenal e um dos principais entre os atuantes na Inglaterra, além de ser jogador da seleção e ter se formado nas categorias de base do F.C. Barcelona;
  3. Acentuou os ideais de nacionalismo, confeccionando uma camisa com as cores da Catalunha (mais vendida da história entre os segundos uniformes do “Barça”) para seu plantel.


O Real Madrid, entretanto, vendo a popularidade alcançada pelo seu arqui-rival, voltou a investir pesado e ganhar midialidade pelos números gastos. Quando, em 2008, o clube de Madrid trazia para seu elenco o português Cristiano Ronaldo, por 92 milhões de euros, ele não era aposta. Era o melhor jogador do mundo daquele ano, e a crise imobiliária (econômica) acabará de ter começado. Agora, em 2013, o mesmo clube de Madrid adicionou o Galês G. Bale a seu plantel, ao gastar nada menos que 100 milhões de euros, a transferência mais cara da história do futebol. Mas é aposta. Bale não é o atual melhor jogador do mundo. Não é o mais cotado para ser. Está atrás de Messi, Ribéry, Neymar, e do próprio Cristiano Ronaldo na atual cotação dos melhores do mundo. O Barcelona logo trouxe Neymar, oferecendo a seus torcedores a possível melhor dupla de jogadores da atualidade: Neymar e Messi. Além, é claro, de intensificar midiaticamente na promoção do brasileiro.

Para quem não sabe, na Espanha existe uma operação policial chamada de “operação pokemom”. Surpresos? Acontece que políticos desonestos não são exclusividade do Brasil. E na Espanha existe essa operação para identificá-los e prendê-los. Para isso, os policiais adotaram a frase “gotta catch them” como lema da operação. Mas, não me aprofundando neste caso, mesmo já tendo me aprofundado, imagino este cenário propício e essas relações duvidosas entre o mundo da bola e o mercado financeiro. Será que estão tão longe assim do mundo da política, também?


A Espanha foi escolhida nesta matéria apenas por causa do plebiscito do próximo ano. Existem outros bons exemplos no mundo da bola, como o caso do dono do Milan, da Itália, ser o atual ex-primeiro ministro italiano. Ou ainda aqui mesmo, no Brasil, com os diversos casos acerca da CBF, ou com o envolvimento específico de José Maria Marin com Sandro Rossell (presidente do Barcelona –que surpresa, não?!), ou até mesmo a questão do patrocínio da Caixa para com o Corinthians. Existem casos ainda como Romário, ex-futebolista que atualmente é deputado. Exemplos não faltam...
http://falepraquemquerouvir.blogspot.com.br/2013/12/futebol-e-visto-almocando-com-politica.html

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