.

.

.

.
RSS

Deixe que digam, que pensem, que falem

Todos já devem estar sabendo de toda a polêmica envolvendo a desconvocação de Diego Costa dos próximos amistosos da Seleção Brasileira. O jogador, após ter se naturalizado espanhol, escolheu vestir a camisa da Fúria, mesmo estando cotado a usar a Amarelinha na Copa do ano que vem.

Atacante do Atlético de Madrid, Diego Costa é o mais novo brasileiro aspirante a popstar em território europeu. Artilheiro do Campeonato Espanhol ao lado de Cristiano Ronaldo, o até então desconhecido em terras canarinhas tem mais gols no nacional do que o próprio melhor do mundo, Lionel Messi.

Desde o início do ano, Diego vem ganhando destaque no velho continente. Em março, Felipão decidiu chamá-lo. Ele se mostrou feliz, jogou, mas não convenceu quase ninguém. Resultado? Caiu no ostracismo. Não foi mais chamado pela seleção, e ficou de fora da Copa das Confederações.

Determinado, Diego não deixou a peteca cair, e iniciou a atual temporada voando. Marcando gols a torto e a direito, ele, que nunca jogou no Brasil, e construiu praticamente toda a carreira em terras castellanas, foi sondado pela Fúria para uma possível naturalização, tendo em vista a sua ausência nas últimas listas de selecionáveis do Felipão.

A CBF soube, decidiu agir e chamou o cara de novo. Mas Diego não quis, e preferiu defender o país que o adotou há muito tempo. Felipão não gostou da atitude, e disse que ele “virou as costas para o sonho de milhões”.

Mas, cá pra nós: estaria mesmo Diego Costa errado em escolher defender a Espanha? Estaria ele “traindo” seu próprio país?

CLARO QUE NÃO

Imagine você, filho adotado, que aprendeu tudo com seus novos tutores, desde os primeiros conceitos, a todo o seu desenvolvimento profissional. Você viraria as costas para eles, só porque seus pais biológicos, que nunca quiseram você de verdade, agora acenam com a possibilidade de tê-lo ao seu lado?

Pois é

Diego fez o que o seu coração mandava, e no meu ver, agiu corretamente. Tenho certeza de que ele faráum certo sucesso vestindo vermelho. Sinceramente, o desejo sorte. E para aqueles que estão o chamam de traidor, e dizem que o Brasil é o maior prejudicado, vai aqui o meu recado:

Diego é bom, mas não nos fará falta

Não vai ser por causa dele que vamos ser campeões, ou quem sabe eliminados. É verdade que vivemos uma crise de centroavantes já tem um tempo, mas acredito piamente no potencial dos nossos camisas nove.

Fred, com toda sua libidinagem, será o nosso titular. Jô tem sido um reserva competente, e sempre vem correspondendo. Damião, promessa, corre por fora. Walter, caso emagreça, seria uma bela surpresa. Hernane, caso tivesse um pouco mais de grife, vide Pato, é outro que poderia sonhar.

Isso tudo se não pintar, daqui pra Copa, outro Diego Costa por aí. Afinal de contas, somos o Brasil. Nascemos para jogar futebol, e não precisamos naturalizar ninguém pra isso.

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS
0Comments

Com o futebol não se brinca

(Crédito: Site UOL)
Grêmio e Corinthians disputaram uma vaga na semifinal da Copa do Brasil, aliás, perdão, permita-me começar novamente. O Grêmio disputou uma vaga na semifinal da Copa do Brasil. Afinal, quem viu o Corinthians jogar, eu peço, encarecidamente, que me passe o contato do seu oftalmologista.

Todo esporte possui uma mística, porém a do futebol é tão forte, que o torna diferenciado. Nem sempre a equipe que mais busca, obtém êxito. Nesta partida, os gremistas devem ter pensado que o “deus do futebol” estava de palhaçada. Afinal, o que faltou aos gaúchos para matar o jogo ainda com a bola rolando? O time correu, marcou, se empenhou, buscou o resultado do início ao fim, e mesmo com suas limitações, não deixou de atacar. Olhando por esta ótica, fica difícil responder a pergunta.

Então vieram as penalidades, e a mística desse esporte tão amado resolveu acabar de vez com nossas dúvidas. Até a terceira cobrança, tudo dava a entender que o Walter passaria por uma situação predestinada, assim como aconteceu com o Romarinho em 2012. Substituindo o lesionado Cássio, o goleiro foi bem nas três cobranças, na última acabou não contando com a sorte.

A partir daí, os experientes Elano e Kleber trataram de por ordem na casa. Sobrou para o experiente Alessandro, e para a constante promessa Alexandre Pato. O lateral mostrou por que é um dos líderes do elenco, capitão do time. Goleiro de um lado, bola no outro, em uma cobrança firme e consciente.

Havia chegado a hora da verdade para o Pato provar o primeiro milhão de investimentos feitos em sua pessoa. Felizmente para uns, infelizmente para outros, Pato mostrou por que é uma eterna promessa. Batida displicente, com a desculpa de que: “eu treinei para bater no meio”. Pode até ter treinado, mas jogador de futebol não subestima uma lenda das cobranças de pênaltis, como o Dida, quando ele está bem na sua frente.


Ao fim do jogo, nossas dúvidas foram tiradas, afinal, quis a mística do futebol que o Grêmio passasse por um sufoco, até desnecessário, para mostrar que é preciso ser guerreiro, ter vontade e raça para se superar. Já para o Corinthians o futebol foi cruel, fez questão de mostrar na marra que neste esporte, moleque não tem vez.

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS
0Comments

É pra glorificar de pé!

Enfim, a zica saiu. Alexandre Pato marcou. Isso significa que um dos atacantes se redimiu, o Corinthians saiu do zero, e levou os três pontos. Para o torcedor, um alívio. Para os críticos (como eu, no caso), um sopro de esperança.

(Foto: Marcos Ribolli/ GloboEsporte.com)
Não pelo resultado em si, afinal de contas, foi apenas 1 a 0. Mas sim pela forma como foram obtidos. Um jogo lúcido, onde a criatividade finalmente pareceu habitar no meio-campo alvinegro. Várias chances foram criadas, mas o placar denuncia que o aproveitamento foi baixo.

Entretanto, a mudança de postura foi o principal ponto da partida. O time jogou pra frente, querendo ganhar, e conseguiu. Méritos de Tite, que enfim cedeu às críticas feitas ao antigo esquema, e durante o jogo, enfim lançou um segundo meio campista de criação para auxiliar o ataque. Renato Augusto foi o escolhido, em um grande retorno ao time.

Para o torcedor, fica o desejo de que ele seja mantido entre os titulares. É verdade que Renato está voltando de lesão, mas o camisa 8 conseguiu fazer, em alguns minutos do segundo tempo, muito mais do que o Romarinho fez em um ano inteiro. Trocando em miúdos, o corinthiano tem sim razões para querer essa mudança.

Apoiado neste “sopro de esperança”, o Corinthians vai à campo contra o Grêmio nesta quarta (23) pela Copa do Brasil. Lá, o time deve entrar com otimismo. Seu ataque enfim deslanchou, e um simples empate com gols classifica os paulistas para a próxima fase. Mas não se engane, torcedor. Enfrentar os gaúchos em casa nunca foi tarefa fácil. No mata-mata então, nem se fala.

Logo, não se iluda. Foi só um jogo, uma boa melhora, uma vitória. Nada que apague a campanha limitada neste Brasileirão. Um título na Copa do Brasil pode mascarar as coisas, caso o troféu venha fruto daquele futebolzinho burocrático. Caso o comportamento mude, tal qual vimos no último fim de semana, em Itu, vocês podem pensar em um 2014 melhor.

Sim, 2014. Vencer Paulista e Recopa não são nada comparados a apatia mostrada na Libertadores, e do vexame vivido no Nacional.


OBS: O texto foi também está aqui, mas foi veiculado primeiro pelo portal Papo de Universitário, página em que eu, PV e Bruno vamos passar a colaborar a partir deste mês. Confere lá que a conversa é boa!

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS
0Comments