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Cuca e o seu Atlético

(Foto: Reuters)
É o time que, atualmente, joga o melhor futebol no Brasil. É o time que, atualmente, mais lembra o bom futebol brasileiro de outros tempos. É um dos mais tradicionais times do futebol brasileiro e mundial. E quem discute tal grandeza do Atlético Mineiro não merece ser levado a sério. Ontem o Galo foi até o México enfrentar o Tijuana. Nessas horas voltamos a questionar a CONMEBOL: como ainda se admite disputar uma competição importante, como é a Taça Libertadores, com um gramado sintético?

A diferença é absurda! A velocidade do jogo é totalmente diferente, o tempo de bola é outro, os jogadores não sabem qual tipo de chuteira é 'menos pior' para jogar num campo desse. Enfim, com todos os absurdo admitidos pela CONMEBOL, vamos ao jogo. Neste cenário, o bom futebol fica difícil de se praticar, principalmente quando o time visitante está acostumado a jogar no tapete do Independência.

O primeiro tempo foi atípico. O início do segundo também. Perdendo por 2 a 0, o time acordou e foi pra cima. A história do Galo nessa Libertadores não poderia terminar num gramado sintético e perdendo para um time mexicano. A reação foi inevitável e a classificação está praticamente garantida. Se levarmos em conta o retrospecto do Galo no Independência, do Horto o Tijuana não sai 'vivo', pelo menos não na Libertadores.

Desde o ano passado eu venho afirmando que o Atlético-MG é o time que apresenta o futebol mais brasileiro na atualidade. Sem táticas europeias, sem retrancas, sem futebol covarde. Não, o Galo do Cuca joga pra frente, joga de forma alegre, envolvente, objetiva. Há tempos que o Cuca demonstra ser o melhor técnico do Brasil. Com elencos limitados, o atual treinador do Atlético sempre fez valer o bom futebol. Com o Goiás de 2003, o Botafogo de 2007, o Fluminense de 2009, o Cruzeiro de 2010 e o Galo de 2011 e 2012.

O trabalho de Cuca é incontestável e quem o desmerece não entende de futebol. O velho e patético discurso de 'azarão' e 'chorão' não cabe ao Cuca e muito menos ao Atlético Mineiro e sua massa alvinegra. Aos poucos, o melhor treinador brasileiro vai calando as bocas dos retardados. O ano de 2013 tem tudo para marcar definitivamente a volta do Galo forte e vingador. O 'casamento' entre Atlético-MG, Cuca, R10 e a torcida alvinegra tem sincronia perfeita. Que venha a Libertadores, que venha a consagração atleticana!       

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E que venha a Série C

Foto: Bruno de Lima
No duelo dos campeões Carioca e Alagoano, deu a lógica. O Botafogo sempre foi, indiscutivelmente, o favorito. Mas nesses confrontos existem dois times, 11 jogadores de cada lado, homens dentro de campo e o futebol já comprovou diversas vezes que nome não ganha jogo.

Deu Bota, porém não ficaria surpreso se o CRB conseguisse a vaga. Principalmente depois do futebol apresentado pela equipe alagoana.

O jogo não teve nada de espetacular, chegou até ser meio sonolento no início e só ganhou emoção depois que Antônio Carlos abriu o placar. O Galo tinha que sair em busca do resultado, o que abriu espaços para os contra-ataques do Fogão. E foi com esse cenário que o Bota matou a partida, depois de ter suado muito.    O CRB fez muito bem o seu papel. Entrou como a zebra, mas jogou com dignidade. Criou chances e poderia ter complicado a vida dos cariocas.

Não foi dessa vez, só que o torcedor não tem motivos para se preocupar. A equipe tem um padrão de jogo, um ótimo treinador e um elenco muito bem servido, fator fundamental para a disputada da Série C. Sempre tem onde melhorar, óbvio, mas a diretoria terá um tempo para acertar com novas peças e fazer os ajustes finais.

Essa equipe não conquistou o Alagoano atoa, foi o melhor em todos os critérios e fez bonito ao representar Alagoas ontem contra o Botafogo. A estreia do CRB no Brasileiro acontece no sábado, primeiro dia de junho, contra o Águia de Marabá, fora de casa. O grupo é complicado e o Galo terá adversários fortes pela frente, como Fortaleza, Santa Cruz e Brasiliense. O caminho não será fácil, mas estou muito curioso para ver até onde o Galo pode chegar. Acho que podem ir muito longe, mas prefiro aguardar e deixar que eles me mostrem...

Que venha a Série C.

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Parabéns Boca

Carlos Bianchi, técnico do Boca Juniors, mostrou novamente porque nunca caiu diante de um time brasileiro numa fase mata-mata. E esse fator se resume na palavra: CORAGEM.

O técnico soube assumir as limitações de sua equipe, que não fez uma boa campanha na fase de grupos. Mas também soube que nenhum adversário é imbatível. Basta ter coragem e fazer o seu melhor em cada partida. Contra o Corinthians, nas duas oportunidades montou uma equipe ofensiva, afinal, qual seria a outra maneira de derrotar o atual campeão do mundo? Só não seria na base de contra-ataques...

Já o Corinthians, atual campeão da América e do Mundo, não soube reconhecer sua superioridade. Optou por respeitar o adversário e deixar que a torcida vencesse o jogo em casa. Pois é, não é bem assim que funciona. 

Podem tentar justificar de todos os modos, o pênalti não dado, o Romarinho que não estava impedido, o gol que o Pato perdeu, o gol anulado do Paulinho, não! Nenhum fator foi mais determinante para a eliminação do Corinthians do que a covardia apresentada no primeiro jogo. 

Partida lá na casa dos argentinos, que vinham de uma fase terrível, com uma equipe muito limitada. Temer o que? Aí vem aquele moleque covarde e responde: "A história do Boca, a camisa tem peso". A vontade que eu tenho é de mandar o cara pra casa do chapéu. Isso tudo é besteira cara! Camisa e história não ganham jogo. Competência e trabalho sim! Coisa que os corintianos tiveram medo de mostrar quando eram muito superiores lá na argentina e fizeram uma partida medíocre. 

O Boca veio até o Pacaembu, juntou a experiência do ano passado e decidiu ganhar. Entraram mordendo, não dando espaços, acreditando. E chegaram ao gol na genialidade de seu maestro Riquelme. Simples, não fizeram nenhum milagre, apenas acreditaram e correram atrás. 

É por isso que esse argentino está invicto contra nós, brasileiros, em decisões. Ele é ousado. Enquanto nós, digo a maioria dos times brasileiros, ficamos com medinho da tradição de um clube. Na boa... só rindo. 

Ao Corinthians, só tenho a lamentar. E que aprendam com o Atlético-MG, que possui o treinador mais corajoso do futebol brasileiro, o Cuca. Que é o mais azarado, mas quando ele caí, faz isso de cabeça erguida, buscando a vitória. 

Ao Carlos Bianchi e ao Boca, meus sinceros parabéns!

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O último sobrevivente


Sábado o Wigan foi o campeão da Copa da Inglaterra, ao vencer o Manchester City por 1x0. A festa só não durou mais porque ontem, em jogo válido pela Premier League, o  time perdeu para o Arsenal e foi rebaixado para a Championship, segunda divisão do campeonato nacional. O time era o único que não havia sido rebaixado, desde quando entrou na elite, em 2004.


Os fãs do clube até fizeram um perfil no Twitter chamado “Wigan Incaível”; que, de forma cômica, se gabava porque todos os times, inclusive os grandes, já haviam caído e ele não. O time sempre se mantinha na elite inglesa por pouco. Contudo, nesta temporada não deu. A penúltima rodada foi contra o Arsenal, que precisava ganhar para continuar na luta por uma vaga na próxima UEFA Champions League. O time londrino venceu pelo placar de 4x1 e, faltando uma rodada para o fim da temporada, o Wigan fica a 4 pontos do Sunderland e é o primeiro na zona de rebaixamento. O Reading e o Queens Park Rangers também foram rebaixados.


Os grandes da Premier League todos já conhecem, mas como já foi dito antes, todos eles já caíram alguma vez. O Wigan, entretanto, que nunca foi um time de expressão era o único que se mantinha na primeira divisão inglesa e venceu o vice campeão inglês semana passada, conquistando  assim, uma vaga para a próxima UEFA Europa League. Nota-se o grande equilíbrio que há na terra da rainha, onde as famosas zebras costumam ocorrer nos campeonatos o tempo todo. No Brasil, e até em muitos países da Europa  não vemos essa igualdade toda. Esse é um dos motivos pelos quais eu sou uma grande apreciadora do futebol inglês: ele sempre surpreende.  

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Avante Palestra

Foto: Nelson Almeira - AFP

Confesso que não assisti a partida do Palmeiras ontem contra o Tijuana. Achei que não precisaria, que já sabia o resultado e que hoje fosse abrir os sites esportivos e ler sobre a classificação alviverde. Mas o futebol é travesso e gosta de surpreender. Uma das características que o torna maravilhoso para uns e revoltante para outros.

Aos torcedores palmeirenses, não vejo motivo de revolta pela eliminação em si. Seria muito compreensível uma queda diante do Atlético-MG, que hoje considero o melhor time da América do Sul. Mas contra o Tijuana? Bom, dá pra explicar. Bruno falhou, é verdade, mas não foi a falha que determinou o resultado, afinal, até o pênalti que originou o gol do Palmeiras foi bem polêmico. O que se pode dizer é que ontem não foi a noite do Verdão. 

E é interessante como caiu justamente quando era considerado favorito. No único momento em que todos acreditavam numa vitória, suada ou não, já que todos os fatores giravam a seu favor, o Palmeiras sofreu um golpe do destino. Frango do Bruno, bola na trave, gol mal anulado, enfim, fatalidades que resultaram no adeus à Copa Libertadores da América. Já nos momentos em que entrou como 'azarão' calou a boca de muitos críticos.

Vontade, raça e garra não faltaram. Tanto que isso foi muito exaltado em diversos sites esportivos. Esses são alguns trechos que destacaram a luta palmeirense contra a desconfiança:

  • "O Palmeiras lutou até o último minuto, brigou por cada espaço em campo, mas precisava de mais atributos para avançar na Copa Libertadores" - LANCENET
  • "O Palmeiras chegou até as oitavas de final da Taça Libertadores no embalo de sua torcida. Jogando sem muito requinte, mas com garra, raça." - GLOBOESPORTE
  • "Agora fora da Copa Libertadores da América, o Palmeiras contava com a impressionante raça demonstrada na fase de grupos para ir além das oitavas de final do torneio." - PLACAR


E eles não chegaram tão longe sozinhos. A forma como a torcida palmeirense abraçou a equipe e se uniu em um único objetivo foi sensacional. Digna de aplausos, até porque sabemos que a fase que o clube enfrenta já há alguns anos não é agradável. E mesmo assim, nunca o abandonaram. Agora é o momento de resgatar toda a história e tradição do Verdão. 



A disputa não foi em vão e serviu para mostrar, tanto para aqueles que não acreditavam na capacidade da equipe palmeirense, quanto para os torcedores e jogadores, que eles são capazes. E por muito pouco não foram mais longe, mas tinham totais condições. As mudanças são necessários se tratando de elenco, a equipe precisa de reforços. Mas a atitude deve ser preservada. A torcida está  fechada com o time, tanto é que ovacionaram o nome do Bruno na volta para o segundo tempo, deram apoio, ou seja, estão fazendo sua parte e sabem que os que estão defendendo as cores do seu time precisam disso.

A realidade do Palmeiras agora é a Copa do Brasil e a Série B. Não tenho dúvidas de que, se continuarem com esse espírito, voltarão a Série A e também vão dar o que falar nessa Copa do Brasil.

Avente Palestra!

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Façam um favor ao futebol



Foto: Henrique Pereira
Neste último sábado marquei presença no maior clássico do estado de Alagoas, CSA x CRB, o tão famoso “Clássico das Multidões”. Como não torço pra nenhum dos dois, optei por estar na torcida do CSA, que era o mandante e teve a maior capacidade do estádio disponível.

Um jogo de final, que marcou o reencontro dessas equipes numa decisão, todas as circunstâncias pediam uma grande festa fora e dentro de campo. E ninguém ficou devendo se tratando de número de torcedores, ambas as torcidas compareceram em massa e fizeram uma bela festa no Rei Pelé. Mas o que me chamou a atenção foi à forma que os torcedores fazem essa ‘festa’. Como estava na torcida do CSA, vou analisar o que vi e ouvi lá. Pois bem, a principal torcida organizada do clube é a ‘Mancha Azul’, a qual estava proibida de ir caracterizada. São esses torcedores que produzem a maior parte dos cantos de ‘incentivo’ a equipe. E cara, 90% não são de incentivo. Pelo contrário, são completamente ofensivos e direcionados a torcida adversária. Não condeno só essa torcida, porque sei que na torcida do CRB é assim e também em muitas do Brasil, pra não dizer todas. Ou seja, o clássico perde a importância e a ocasião vira um duelo de torcidas. Que na minha humilde opinião, se torna um duelo de babacas.

Me impressionou a quantidade de cânticos extremamente ofensivos, alguns até sem noção. E todos citando o nome da torcida organizada ‘Mancha Azul’ e não do clube, CSA. Espera aí, qual é o time? Qual é o verdadeiro objetivo da torcida? Esses caras torcem pelo CSA ou pra uma torcida organizada? Essa prática já se tornou comum em quase todos os estados. A torcida organizada prevalece até mesmo na hora dos cantos, que seriam para incentivar os jogadores. Prática lamentável...

E vejam o exemplo que esses ‘torcedores’ dão aos mais novos. Uma voz de uma criança chamou minha atenção durante a partida. Quando olhei em volta achei um menino, que aparentava ter uns 10 anos de idade, no máximo, ao lado de um adulto, provavelmente seu pai, cantando todos, sem exceção, cânticos da torcida, inclusive os mais ofensivos. Veja só o problema, o menino não aparentava ter mais de 10 anos, cara, 10 anos, uma criança! Não devia nem ter noção do que estava falando. E o pior, cheguei a ver outras crianças, sentadas sob os ombros dos pais e fazendo o mesmo que o menino. Cara, aí um animal desses, que se diz pai, tem o direito de vir reclamar sobre a violência nos estádios? Não existe coitadinho nesse meio, esses são poucos. A maioria das pessoas que vem reclamar depois dos atos de vandalismo são as mesmas que estão ali reproduzindo o que meia dúzia começa a cantar.

Foto: Itawi Albuquerque
Defendo algumas canções que são até engraçadas. Como os que gritaram a torcida do CRB, em certo momento do jogo “Ah, cadê a bênção do pai?”, não incitam a violência e são inteligentes, é aquela gozação natural. Como a torcida do CSA também tem essas sacadas. Mas ouvi coisas como “(...) Cuz... tem que morrer!”. Hã?! É incrível ver que tem pessoas que cantam isso expressando extrema felicidade, que só me faz querer acreditar que não tem a mínima noção do que estão falando. E não me venha com argumentos, como: “Ah, é o calor do momento” ou qualquer outro que defenda esse tipo de canto. Em outro texto defendi a provocação sim, aquelas inteligentes, que utilizam o momento para tirar um sarro e que são extremamente naturais. Não essa babaquice que vem tomando conta dos estádios.

E quem pode reverter isso tudo, somos nós. Antes de ir ao estádio, pensem bem. Muito cuidado com o que vocês incentivam, porque a partir do momento que você vai ‘apoiar’ seu time com cantos idiotas como esses, você contribui pra que isso cresça cada vez mais. Os estádios em todo o país estão se tornando palcos de gente estúpida, que vai não para ver ou fazer um espetáculo, mas sim para contribuir com essas práticas inúteis que estimulam a violência.

Essa prática é reversível, cabe o bom senso de cada um. Então parem para pensar e comecem a inverter essa situação. Se calem e vejam quantos vão continuar cantando esses cânticos ofensivos, pode apostar que vai ser meia dúzia de babacas. Isso só ganha força porque a maioria colabora. Voltem sua atenção para o campo, para o espetáculo, brinque, tire um sarro, provoque com humor e inteligência e passe a incentivar somente o seu time, por favor.

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Clássico de um time só

 Sábado, 11 de maio de 2013. CSA e CRB se encontravam para disputar a primeira partida das finais do Campeonato Alagoano, fato esse que há mais de 15 anos não acontecia. De um lado, a campanha sólida dos alvirrubros, líder do hexagonal, jogadores experientes e um técnico frio no banco de reservas.

Do outro, uma equipe forte, mordida e, principalmente, batalhadora. Eles, que vieram de uma partida emocionalmente e fisicamente degradantes contra o ASA no último domingo, ainda tem como maior incentivo o ano de 2013, por ser o do Centenário Azulino, e a maior parte das arquibancadas do Rei Pelé.

Foto: Henrique Pereira
Do lado de fora das quatro linhas, uma verdadeira festa. Torcedores marujos compareceram em peso, pintaram o céu ainda mais de azul, levaram todos os troféus de campeão estadual para as arquibancadas. Os regatianos também se mostraram presentes, cantaram, pularam e em alguns momentos ecoavam com muita força suas vozes ao longo do gigante do Trapiche.

Quando a bola finalmente rolou no bom gramado do Rei Pelé, o que se observou foi um jogo estudado. No começo, nenhuma das duas equipes pareciam querer se expor. Eles sabiam do perigo que corriam: De um lado, a velocidade de Diego Clementino e a precisão de Everaldo. Do outro, a dedicação de Carlão e a frieza de Schwenck.

Foto: Henrique Pereira

E foi com o artilheiro da camisa 9 alvirrubra que o placar foi inaugurado. Com um toque oportuno, típico do centroavante goleador. Nesse momento, o CSA até se mostrava um pouco melhor, mas a verdade era que a partida estava muito equilibrada. Prova disso foi que os Azuis não demoraram para empatar o confronto. Clementino, como sempre muito liso, achou Everaldo livre na esquerda. O artilheiro do campeonato rolou bonito, e o contestado Alex Henrique empurrou para às redes, empatando o "Clássico das Multidões".


Até o empate, a partida era muito disputada. Chances apareciam para os dois lados, bem como bons passes, e a uma fluidez que fazia o jogo ser bonito de se assistir, tanto para uma torcida, quanto para a outra.

E foi exatamente aí que a partida acabou. Para o CSA.

Porque no segundo tempo, o que se viu não foi o time que quer ser campeão no ano do centenário, e sim uma equipe que não sabe jogar bola. Dominado desde o apito que recomeçou a partida, a equipe maruja padeceu no gramado diante de um CRB determinado a sair do Trapichão em vantagem para a segunda partida.

Foto: Henrique Pereira

Schwenck logo tratou de afirmar que era exatamente isso que o Galo buscava, quando aproveitou outro bom cruzamento de Paulo Sérgio. Depois, foi a vez de Everton Luís avançar como um grande atacante, penetrar na entrada da grande área, contar com a sorte, e marcar mais um. Para completar, um novo desvio em cobrança de falta de Walter Minhoca fechou o caixão azulino.


É bem verdade que Diego Clementino diminuiu no final, mas o jogo já tinha um vencedor. O CRB se mostrou uma equipe muito mais preparada para ser campeão, apesar do campeonato ainda estar em aberto, por conta do grande regulamento, que diz que o saldo não importa. Para o CSA, um alívio, para o CRB, uma pena. O campeonato já poderia estar decidido, porque na primeira partida só quem jogou foi uma equipe, que foi aquela que venceu.

Com todos os méritos, diga-se de passagem. Pouco adiantou o torcedor azulino comparecer em peso, se seus ídolos pouco fizeram em campo. A massa começou a sair cedo, bem antes da partida terminar. Sentiu vergonha, de ser atropelada pelo maior rival, dentro da própria casa, no ano do próprio centésimo aniversário.

Para os regatianos, nada melhor do que fazer o "filho pedir a benção ao pai", como eles costumam dizer. Brincadeiras à parte, se existiu uma relação familiar na partida, foi exatamente essa. Pai que bate, filho que pede a benção. Porque ele bateu, bem na cara, no ego.

Foto: Henrique Pereira

Mas não na esperança, acredito eu. Ao fim do jogo, nenhum dos regatianos quis contar vantagem, e com razão. O campeonato ainda não acabou. Porque o regulamento é falho e, principalmente, porque o futebol é surpreendentemente demais.


Os 4 a 2 vão ficar na memória dos torcedores por muito tempo, por ter sido o clássico de um time só, mas não poderá ser lembrado como o jogo do título. Esse só no próximo sábado, com, provavelmente, uma outra boa história pra contar.

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Um legado de glórias




 
            Não, quem aqui vos fala não é uma futura jornalista. Está bem longe de ser. Agora sou só uma fã. Usarei esse meio só para expressar de forma passional e fazer uma homenagem. Esclarecendo: após 26 anos a frente do Manchester United, Sir Alex Ferguson se aposentou do cargo de técnico. Agora ele assumirá um cargo na diretoria e será embaixador do clube.

            Quase 27 anos como técnico. Isso é algo impensado no futebol brasileiro, onde os comandantes têm carreiras de curto prazo, e passam de time em time, sem se firmar e conseguir construir uma história realmente marcante de glórias e glórias. Não é o caso do futebol europeu. A paciência que as diretorias e as torcidas brasileiras têm não é das mais elásticas; e se isso fosse do mesmo jeito na Europa, hoje não conheceríamos a incrível história que o Manchester United construiu, ao lado de um técnico que só veio conquistar o primeiro título após por pouco não passou 3 décadas no comando.

            Quando o Sir chegou ao não tão grandioso Manchester, o Liverpool era o grande campeão da Inglaterra, com 18 títulos nacionais. Hoje o United tem 20 e o rival continua estagnado. Após Ferguson, os Diabos Vermelhos conquistam 13 títulos ingleses, além de 2 Ligas dos Campeões da UEFA, 1 Mundial de Clubes e outros torneios. No total, ele deu ao time 37 troféus.

            Quem acompanha o futebol internacional, certamente, conhece a história do grande técnico do United. Ele que trouxe ao time tantos jogadores incríveis, como Cantona, os goleiros van Der Sar e Peter Schemeichel, Cristiano Ronaldo (que pelo time foi eleito o melhor jogador do mundo), Wayne Rooney e, agora, o camisa 20 Robin van Persie, que após anos de Arsenal, conquistou a primeira Premier League da carreira (20ª do Manchester) e, ao que tudo indica, será novamente o artilheiro do campeonato.

            Hoje se encerra uma trajetória incrível, de um dos maiores técnicos da história do futebol mundial. Coitado do substituto de Sir Alex Ferguson, terá uma tonelada de pressão nas costas. Não será fácil entrar no time após uma era de ouro. Mas deixo aqui registrada a minha grande admiração pela grande contribuição do escocês para com o Manchester United e o futebol mundial.

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Deu Galo!


(Foto: Ailton Cruz/ Gazeta de Alagoas)
Arquibancada baixa fechada. Depois de 48h da maravilhosa festa diante do Botafogo, pela Copa do Brasil, time e torcida voltaram a campo no Estádio Rei Pelé. Sabadão à noite... E a saideira do torcedor regatiano foi a semifinal do Campeonato Alagoano. Em campo, um time cansado, porém aguerrido. 

Do outro lado, o CEO. Time que teve uma semana de descanso e que, querendo ou não, chegou na fase de mata-mata com méritos e superando as dificuldades impostas pelo frágil Campeonato e pelas próprias condições, tendo como principal vantagem o fator de jogar em casa, de baixo de uma 'lua' de 40ºC, num campo batido. Ou seja, cenário perfeito  para dissecar o adversário. 


Mas ontem, no Trapichão, quem cantou de galo foi o time da casa. Esse time do CRB vem mostrando uma capacidade de decisão muito boa. No Estadual, é o time que tem o melhor banco. O time titular está ajustado, o professor Ademir Fonseca montou um padrão tático de jogo consistente. Como ontem, por exemplo, sem quatro jogadores de defesa, suspensos, o técnico do CRB manteve a formação e foi para a classificação. 


Nas arquibancadas altas do Rei Pelé a torcida lotou e mostrou que está com o time. Em campo, uma partida fraca tecnicamente, mas valia vaga na final do Alagoano, Copa do Nordeste e Copa do Brasil. A arbitragem alagoana mais uma vez foi polêmica, mas não estou aqui para avaliar isso, até porque, se tratando de árbitros brasileiros, já desisti há muito tempo. 


O time visitante conseguiu enervar a equipe da casa e os seus torcedores, caindo, fazendo 'cera', catimbando, etc. Mas não deu. Com todo respeito ao CEO, que lutou  bravamente para chegar na decisão, mas acho que quase ninguém queria ver em 2014 um CEO x Bahia, CEO x Sport, pela Copa do Nordeste. Mesmo com Schwenck perdendo pênalti, Denílson, que se recupera de lesão, entrando em campo para tentar salvar a 'pátria', a partida foi para a prorrogação. Ainda assim, no apagar das luzes, deu a lógica, deu Galo!

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