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Flamengo ganha na vontade, mas a Libertadores também pede futebol

Foto: Alexande Vidal/FlaImagem

Era o segundo jogo do Flamengo na libertadores, de um time ainda em construção e, para complicar mais, recheado de desfalques importantes. Felipe, Airton, Willians e, com o caso mais grave, Renato.

Num elenco com poucas opções, a única, ou a solução mais viável para Joel Santana foi armar o time com três zagueiros, liberando os dois laterais, que faziam função de alas. No meio, dois volantes com pouca experiência, e Botinelli armando o jogo. Na frente Ronaldinho e Vagner Love. 

A ideia parecia boa, mas faltava entrosamento. O Flamengo iniciou o jogo impondo um pouco de velocidade, mas disperso em campo. Léo Moura e Bottineli conseguindo armar algumas jogadas. Mas não havia consistência. Por outro lado levava contra ataques perigosos.

O lateral direito sentiu uma contusão muscular aos 30 do primeiro tempo. Galhardo seria uma boa opção, já demonstrou ter potencial, mas Joel escolheu improvisar Negueba naquela posição.  O Emelec que já se armava para jogar no contra ataque, aproveitou a deficiência do jogador na marcação. Junior Cesar, que não tem a armação como sua principal característica, pouco armava pelo lado esquerdo.

No final da primeira etapa o Emelec perde Marlon de Jesús, expulso após uma cotovelada em Welinton, num tipico lance de um jogador sem cabeça, que atrapalhou seu time .
          
No intervalo Joel tirou um zagueiro e colocou um atacante. Deivid no lugar de Welinton. Tentou ir com tudo pra cima. Logo Vagner Love, após tabela e belo toque de Ronaldinho, abre o placar. O Flamengo continuava a atacar, mas o que foi visto foi um pequeno festival de passos perdidos e chances desperdiçadas.

Sobrou para Ronaldinho que, após erros seguidos, foi vaiado pela torcida.  Sua resposta foi a boa jogada e um bom passe para Deivid, que viu o goleiro fechar o ângulo e se jogou. Aos 44, numa bola rebatida pelo goleiro Dreer, após um chute do meio da rua de Bottineli, Negueba perdeu a melhor chance de gol do segundo tempo.

O Flamengo não levava pressão, os dois times erravam muito, mas ainda sobrou tempo para o Emelec quase empatar aos 47 num chute de Gaibor. O tempo acabou, o Flamengo ganhou na base da vontade e é lider do seu grupo. Mas, novamente, não convenceu. 

Enquanto Love vem jogando bem, Ronaldinho teve um pouco mais de “raça”, principalmente quando foi vaiado, mas ainda deve muito com relação à técnica e sua força física. Continua perdendo bolas facilmente e criando muito pouco. Joel Santana, as vezes parece perdido, principalmente com um elenco com tantas limitações. O mais limitado dentre os times brasileiros na Libertadores.

Mesmo com a vitória, o time saiu vaiado pela torcida. A Libertadores cobra vontade, mas também cobra futebol. Coisa que Fluminense e Santos apresentaram, e muito bem, na quarta.

@Paulo_AndreSV

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