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Guerrero vem, Guerreiro vai.



Foi apresentado ontem, no CT Joaquim Grava, o mais novo centroavante do Corinthians, o peruano Paolo Guerrero. Camisa 9 clássico, grandalhão, brigador, com alguma habilidade e faro de artilheiro. Pelo menos é o que dizem. Para ser honesto, só tenho duas lembranças desse cara na história recente. A primeira é que ele foi artilheiro da última Copa América com 5 gols, levando a seleção peruana a um histórico 3° lugar na competição. A segunda é por aquele carrinho criminoso que ele deu no goleiro do Stuttgart na última temporada do Campeonato Alemão. Salvo esses dois fatos, não sei de muita coisa. O negócio é então esperar para ver.

Esperar para que talvez ele recupere o brilho da camisa 9 corintiana, que a uns sete meses não brilha mais como brilhou no passado. Não pelo fato de que o seu antigo dono não merecesse usa-la, pelo contrário. Liédson, pelo seu histórico vencedor com a equipe de Parque São Jorge e por toda vida ter sido artilheiro, era o mais indicado para vesti-la. E fez mais do que vestiu, honrou. Honrou a camisa já usada por Ronaldo Fenômeno e muitos outros craques, e fez a torcida corintiana muito feliz. Afinal de contas, sem seus 13 gols no Brasileirão do ano passado, talvez o título não saísse. Talvez se ele não tivesse feito aqueles dois gols sensacionais contra o Flamengo, o penta tivesse escapado.

Mas o tempo não foi generoso com o Guerreiro "Levezinho". Impressionante foi a sua decaída esse ano. Em 2012, Liédson não foi nem a sombra do que foi no ano passado, e não foi por falta de incentivo. Ano passado, muito se falou que ele estava sem férias, então nesse ano foram dadas as férias. O mesmo aconteceu com os descansos, com os fortalecimentos musculares, tudo. Mas nada deu certo. E por incrível que pareça, quando tudo conspirava a seu favor, o atacante conseguiu fazer míseros 4 gols em todo o 1° semestre. É muito pouco. Pouco para o Corinthians, para o próprio jogador e para o futebol moderno. Mais do que boas atuações, o atacante vive de gols e é justamente por isso que Liédson não fica mais. A favor dele, tem a simpatia da torcida e seu histórico vencedor. Contra, seu alto salário, seu fraco desempenho e sua idade avançada. Afinal de contas, ele já não é mais menino, tem é 34 anos e sabe que a situação fica um pouco mais complicada por conta disso. Não acho que devem existir mágoas com isso. O futebol é assim mesmo, dinâmico e o Corinthians sempre foi assim, exigente.

Sorte para o Liédson, sorte para o Corinthians.

Segue o jogo.


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