“Hoje é o rabo que balança o cachorro” disse Leão. Curto, grosso, mas correto. Referente a um entrave formulado entre os meios jornalísticos entre Ney Franco e Rogério Ceni, O ex-técnico e goleiro do SPFC ressaltou que “o futebol de hoje está esquisito, tem muito clube em que não é o treinador que manda”.
Não ofereço credito ao conflito midiático criado a partir de uma discursão esporádica entre o atual técnico do São Paulo F.C. e um de seus ‘comandados’. Mas ressalto a frequência com a qual os treinadores têm de lidar com alterações impostas em suas escalações. E rodo o mundo atrás de exemplos... 1) Apesar de Ney Franco não ter concedido o pedido de Rogério para por Cícero, logo que assumiu o comando do São Paulo teve de aceitar uma suspensão que a diretoria impôs a Paulo Miranda, ainda zagueiro na época; 2) ainda no clube do Morumbi, um desabafo de Rivaldo ocasionou a saída de Leão; 3) no Santos F.C., um desentendimento de Neymar e Dorival Jr. provocou a demissão do técnico; 4) na seleção da Inglaterra, uma intervenção da FIA com efeito suspensivo para Terry fez com que o técnico Fabio Capello pedisse demissão; 5) no Anzih, Roberto Carlos assumiu por algum tempo o cargo de “técnico-jogador” da equipe; 6) Anelka no clube chinês e Romário no Vasco tiveram experiências parecidas com a de roberto Carlos.
O trabalho de ser técnico inclui ser culpado por uma derrota e desmerecido por uma vitória, uma vez que o reconhecimento é dado quase totalmente aos jogadores. É uma imensa responsabilidade e uma enorme frustação, quando anos de trabalho positivo são oprimidos por uma breve sequencia de derrotas. Ganhar depende tanto dos técnicos quanto não perder depende dos jogadores em campo. Mas vêm surgindo verdadeiras espécies de parasitas, jogadores ou integrantes de diretorias que intercedem no trabalho dos treinadores e esquecem-se destas interferências na hora de analisar o retrospecto negativo.
O trabalho de um técnico, para que acarrete as responsabilidades e deveres que oferta, deve ser tratado tal como é: Quem define titularidade é o técnico, que pode ou não ter participação nas alterações do elenco. Técnico pensa, jogador joga e diretoria dirige, que tal pensarmos nas coisas em seus lugares?
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