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O despertar

(Foto: Getty)
Como é bom ter um craque em campo. Os brasileiros se acostumaram a ter um diferencial na Seleção, mas o atual responsável por esse papel dava indícios de que seguiria em constante fase de adaptação. Mesmo sendo prejudicado com o sistema de jogo imposto pelo Felipão, Neymar estava devendo e a torcida nunca deixou de pegar no seu pé. De forma justa, pois jogadores como ele sempre devem ser cobrados, afinal, fazem a diferença.

Não podem, nem tem a obrigação, de levar uma Seleção 'nas costas'. Ainda mais se tratando do Brasil, que possui excelentes jogadores que juntos formam um elenco fantástico. Mas são caras como Neymar, que aparecem nos momentos mais complicados, quando o conjunto não está dando conta do recado.

Ontem, quarta-feira, 19 de junho de 2013, Neymar assumiu seu papel dentro da Seleção Brasileira. Correu, buscou o jogo, marcou outro golaço, driblou, apanhou e deixou o melhor para o final.

O lateral direito Hiram Mier, sofreu para parar o craque brasileiro e a única solução encontrada foi bater o jogo inteiro. Aliás, como bate esse time mexicano. Mas, enfim, a cada porrada que levava, Neymar procurava responder na bola, apesar de ter abusado um pouco das faltas. O camisa 10 esperou o momento certo para revidar todos os pontapés, empurrões e carrinhos que levou.

O cronômetro se aproximava dos 48 minutos da etapa final, Neymar recebeu e foi cercado pelos defensores Hiram e Francisco Rodríguez. Para qualquer um, a jogada terminaria em um escanteio ou na roubada de bola do México. Foi então que o tão esperado e característico brilho do futebol brasileiro apareceu: um drible sensacional de Neymar, que passou entre os dois defensores, invadiu a área e encontrou Jô, sozinho para completar para as redes. Espetacular. Genial. Fantástico!

(Foto: Flavio Florido/ Uol)
Como é bom ver a camisa 10 do Brasil bem servida novamente. O futebol brasileiro é assim, alegre, bonito, moleque, solto, envolvente, características que o tornam inigualável. Vai buscar isso na Espanha, na Alemanha, ou em qualquer outra Seleção do mundo, te desafio a encontrar.

A fase não é boa, o esquema tático imposto limita o que o Brasil tem de melhor. Jogadores como Neymar, Oscar e Lucas ficam congelados em um parte específica do campo e fazendo funções diferentes das apresentadas em seus clubes. Soltem esses caras no campo pra ver o que acontece. Lógico que a disciplina tática deve existir, não é simplesmente entrar e jogar de qualquer jeito, mas a tática está errada, mas isso é assunto para outro texto.

O jogo não foi bom. A Seleção sequer manteve o futebol regular que apresentou contra o Japão. Mas a partida serviu para despertar a fera que estava quase adormecida e vivia, até então, de alguns lampejos no time de Luiz Felipe Scolari.

Repito: o esquema limita muito sua atuação, porém craque é craque. Quando um jogador desse nível decide mostrar sua cara, fica muito difícil de segurar.

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