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NO CONJUNTO DA OBRA, DEU A LÓGICA

(Foto: Getty)

Na pré-decisão comentei que a lógica e o conjunto colocava o Atlético-PR como favorito ao título da Copa do Brasil. A lógica por viver melhor momento, especialmente no Brasileiro, e o conjunto pela equipe ter importantes peças em diversos setores do campo. Porém também destaquei o risco que o Furacão estava correndo em decidir em pleno Maracanã.
Pois bem, em uma final em pleno Maracanã, lotado por rubro-negros cariocas, a lógica não poderia ser outra.

Quase ninguém acreditava - e me incluo nesta lista - a não ser os quase quarenta milhões de rubro-negros. Esses sim. Tinham certeza. Tanto que a equipe, envolvida por essa massa, pareceu encarnar o espírito aguerrido do Flamengo. O espírito vencedor.

Em nenhum momento, pude ver o nervosismo nos olhos dos torcedores, tampouco no dos jogadores. Pareciam tranquilos, esperando o momento certo de extravasar e soltar o grito de gol e de campeão. No fundo sabiam que o momento ia chegar, cedo ou tarde. E, diga-se, tinham todos os motivos do mundo para acreditar nisso.

O casamento da torcida com o time é de abrilhantar os olhos, o Flamengo é um dos poucos e privilegiados clubes que não necessitam, verdadeiramente, de uma equipe galáctica. Basta chamar a torcida, basta que os atletas que defendam essa camisa, entendam a canção que ecoa das arquibancadas, basta que eles entendam o mínimo de como é escrita a história do Flamengo.

Me precipitei ao julgar o Atlético como uma equipe mais conjunta, pois não é. Possui bons jogadores, de forma isolada, e só. Já o Mengão, possui apenas quarenta milhões nas arquibancadas somados a um elenco que mais parece uma família.

Dentro das quatro linhas, é difícil saber quem mais se destaca, e será mesmo que existe essa pessoa? Um não é nada sem o outro. Que o diga Wallace, jogador que hoje é a base da defesa rubro-negra, e teve como companheiro o jovem e seguro Samir. Assim como Luiz Antônio e Elias formam uma dupla sólida no meio. E impossível não destacar os ‘irmãos’ Paulinho e Hernane, que possuem tamanha generosidade, que até de frente para o gol, optam pelo passe para o companheiro que está mais bem posicionado.

Esse é o Flamengo de hoje, solidário, acoplado, sólido, constante e campeão. Um conjunto, que pode parecer limitado, porém que esconde uma força inexplicável. Que surge exatamente em momentos como os de hoje.

Tudo transcorreu conforme o roteiro. Afinal, por que o primeiro título de um clube no novo Maracanã ficaria com o Atlético-PR, quando poderia pertencer ao Flamengo? Simplesmente não seria lógico.

Mas é bom que fique claro que essa equipe, e essa torcida, fizeram por merecer. Esse campeonato registrou um grupo que viveu momentos de desacreditado, e que deu a volta por cima para se tornar o Campeão do Brasil.


Parabéns, a todos que são Flamengo. Esse título é de CADA UM de vocês.

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Campeão absoluto

(Foto: Marcos Ribolli)
Contestar a qualidade técnica do Campeonato Brasileiro deste ano não é loucura. Já colocar em xeque o tricampeonato do Cruzeiro, é inadmissível. O Brasileirão começou com muitos favoritos, como: Corinthians, Botafogo, Grêmio, Internacional e Atlético-MG. Outras equipes, como o próprio Cruzeiro, estavam no setor das dúvidas.

No caso da equipe celeste não é difícil de entender os motivos da desconfiança. Começando pelo (grande) técnico Marcelo Oliveira, duas vezes vice-campeão da Copa do Brasil no comando do Coritiba, o treinador nunca foi figura preferida da mídia ‘modinha’. O restante do elenco havia acabado de chegar e apresentava nomes contestados. A falta de entrosamento, a desconfiança em torno do treinador e de alguns atletas são justificativas aceitáveis. O discurso era que o Cruzeiro seria um time a ser temido em 2014...

De fato deve ser temido, mas a equipe decidiu encurtar um pouco esse período.

E esse trabalhou começou quando a diretoria, ao invés de visar um time de estrelas, passou a buscar um time competitivo. Sem um investimento de saltar aos olhos, a diretoria montou um elenco com jogadores de grande potencial, e o mais importante, com opções em todos os setores do campo. Ou seja, montou um grupo. Fator determinante para uma competição longa e de muita exigência física como é o caso do Brasileirão.

A trajetória da Raposa nesta competição começou com sonoros 5 a 0 diante do Goiás. Seguidos de certa instabilidade. Até que esse grupo decidiu aparecer. Fábio, Dedé, Egídio, Lucas Silva, Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart, Dagoberto, Willian, Júlio Baptista, Borges, enfim, melhor pontuar falando da equipe completa, afinal, todos foram decisivos em diferentes momentos.

Campanha indiscutível, técnico indiscutível, defesa e ataque indiscutíveis. Isso tudo reflete na regularidade, e no futebol bonito que o time mineiro está apresentando e encantando os amantes do futebol.

O título é digno do nome celeste, afinal, o Cruzeiro superou as dificuldades de um time montado em um curto prazo, e as todas as desconfianças para conquistar o Brasil.


Parabéns, Cruzeiro!

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A grande diferença


Foto: Gazeta Press
É fato que o Campeonato Brasileiro de 2013 não proporcionou grandes emoções. Especialmente na busca pelo título. Matematicamente, o Cruzeiro ainda não pode ser considerado o grande campeão brasileiro, mas a matemática que me perdoe. O título já tem dono, há muito tempo. Além dos 13 pontos de vantagem em relação ao segundo colocado, o time mineiro também administrou uma vantagem gritante no planejamento.

O grande diferencial dessa campanha pode ser visto nos números e no planejamento da Raposa. A equipe é a única do Brasileiro que consegue manter uma regularidade, aliando vitórias em casa, a surpresas quando joga fora de Minas. Vou pegar como exemplo da 30ª rodada para cá, quando o Cruzeiro já possuía uma ampla vantagem a seus ‘concorrentes’, se é que um dia realmente foram.

30ª rodada:

·         Cruzeiro: perdeu, fora de casa;
·         Atlético-Pr: perdeu, fora de casa;
·         Grêmio: empatou, fora de casa;
·         Botafogo: empatou, em casa;

31ª rodada:
·         Cruzeiro: venceu, em casa;
·         Atlético-Pr: empatou, fora de casa;
·         Grêmio: perdeu, fora de casa;
·         Botafogo: venceu, em casa;

32ª rodada:

·         Cruzeiro: venceu, fora de casa;
·         Atlético-Pr: venceu, em casa;
·         Grêmio: empatou, em casa;
·         Botafogo: perdeu, fora de casa;

São apenas três rodadas, mas resumem bem a parte decisiva da competição. O que falta de regularidade aos ‘concorrentes’, sobra para o Cruzeiro. Os adversários deixaram transparecer a falta de ambição. Por diversas vezes, Grêmio, Botafogo e Atlético-Pr não atuaram como equipes que visavam o título. Pelo contrário, pareciam focar na Copa do Brasil, ou até mesmo em se manter entre os quatro primeiros, para garantir uma vaga na Libertadores do ano que vem.

Apesar disso, a campanha da Raposa não pode ser colocada em xeque. Até o momento, são 21 VITÓRIAS, em 32 jogos.

Desde 2006, o Brasileirão é disputado com 20 equipes. Até então, o campeão com o maior número de vitórias, foi o São Paulo, em 2007, quando obteve 23 triunfos. É bem provável que o Cruzeiro supere essa marca.

Com um bom planejamento, o Cruzeiro montou uma equipe consciente e que sabia qual era seu objetivo. Diferente dos outros, que pareciam perdidos, a Raposa conseguiu, em apenas um ano, montar um grupo competitivo. Méritos para a diretoria e para o técnico Marcelo Oliveira, que souberam passar para o elenco, a seriedade e os objetivos do clube.


O título será a coroação de um ano muito bem planejado.

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