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Brasileirão: Resumo 17ª rodada

Então galerinha, vamos focar um pouco sobre o nosso campeonato nacional e os destaques da 17ª rodada: Cruzeiro campeão (do primeiro turno), São Paulo na vice-liderança, G4, Felipão x Mano Menezes, Santos, Palmeiras e Flamengo. 

"Começando do começo", o atual campeão defende seu título com o favoritismo e bom futebol apresentados. Mesmo faltando uma rodada para o fim dos confrontos de ida, o Cruzeiro já é o (simbólico) campeão desta fase, com o maior aproveitamento da história dos pontos corridos (76,47%). Melhor ataque (34), segunda melhor defesa (13), artilheiro da competição (Goulart) e vice (Marcelo Moreno): Tá difícil parar a Raposa!

Completando o G4 temos São Paulo, Internacional e Corinthians. Mas o destaque, por bem ou por mal, vai para os paulistas: Enquanto um assegura a melhor defesa da competição (Corinthians/11), o outro (SPFC), apesar da sua colocação detém um apático futebol, aquém do seu badalado plantel. E o clima não é dos melhores na casa do tricolor. Para compor o elenco recheado de estrelas, o clube colocou "em xeque" anos de administração exemplar e corre para vender algumas de suas peças, visando um fim de ano "no azul". 

O Santos de Robinho oscila momentos de bom futebol e períodos de baixa, como o atual. O clube ocupa a última posição da primeira metade da tabela (10ª) e, dentre os grandes, vê seu ataque empatado com o Botafogo (18), melhor apenas que Grêmio (15), Flamengo (14) e Palmeiras (14). 

Na sequência temos o flamengo que ganha destaque pelo bom trabalho desenvolvido por Vanderlei Luxemburgo. Longe de brigar por título ou classificação à libertadores, a equipe da gávea luta para figurar entre os 10 primeiros colocados. Após anos de administração conturbada, contratações erradas e futebol irregular, o time começa a encontrar uma forma de se adequar a suas limitações e conquistar pontos importantes. 

Centenário amanhã, o Palmeiras passará seu aniversário fora da "zona da degola", feito que deve ao técnico Ricardo Gareca. Vivendo situação impensável no começo do ano, o treinador argentino conduziu a equipe em sucessivas derrotas que fazem (ainda) a torcida sofrer com a ideia de um novo rebaixamento, justo no ano de seu retorno a elite do futebol brasileiro. A vitória sobre o Coritiba, no entanto, livrou o sofrimento durante seu aniversário. 

Gareca, aliás, merece um paragrafo especial. Treinador com um currículo invejável, principalmente pelas passagens por clubes argentinos, veio ao Brasil por escolha errada da diretoria alviverde. Apostar em um treinador que nunca viveu uma situação parecida com o brasileirão tornou-se um "tiro pela culatra". Sua incapacidade, até então, de se adaptar ao futebol brasileiro fica evidenciada pela falta de conhecimento dos jogadores locais, marcada pelo episódio em que admitiu não conhecer Willian José, ex-atleta de São Paulo, Grêmio, Santos e Real Madrid que atualmente joga pelo time B da equipe espanhola (Castilla). Mas, feita a besteira, trocar o técnico apenas mudaria o problema do Palmeiras. Podendo, inclusive, piorar a situação. Resta ao verdão insistir no treinador e oferecer as condições necessárias a sua adaptação.  

Por último, o destaque especial da rodada vai para o confronto entre os dois últimos técnicos da seleção brasileira. Felipão e Mano, respectivamente a frente de Grêmio (7º) e Corinthians (4º), revivem o passado nos clubes que os consagraram. Decisivo novamente, Hernán Barcos selou o placar marcando os dois gols gremista em quatro minutos, enquanto Guerreiro descontou para os paulistas. 

*É a segunda vez que Scolari e Barcos trabalham juntos em um clube. A primeira foi durante a conquista da Copa do Brasil de forma invicta e parte da campanha desastrosa no brasileirão, ambas em 2012.

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