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Madrid: A capital do futebol

O campeão

Na mais emblemática final da supercopa da Espanha dos últimos anos, o "irmão pobre" trouxe o luto que estampa a casa de seu xará Real. Finalistas da ultima Champions League (vencida pelo Real), ambos modificaram bastante seus elencos no meio termo entre a final européia e esta espanhola, exemplificando o porque do campeonato espanhol ser conhecido como "liga das estrelas".


O carrasco, no entanto, é novato em Madrid. Após ser campeão da Champions pelo Bayern e ser preterido por um certo polonês, que não vem ao caso, Mário Mandzukic foi contratado recentemente pelo Atlético e, neste confronto decisivo, precisou de apenas 1 minuto e meio para definir o placar dramático que persistiu até o fim da partida: 1x0.

Para não esquecer do primeiro jogo, ressalto que até existe um equilíbrio improvável quando as duas equipes se enfrentam. Mas o Atlético não perdeu (1x1 Santiago Bernabeu), nem esteve atrás no placar (Raul Garcia abriu o placar para os Colchoneros). É possível que esta situação se repita no espanhol, mesmo sendo mais comum apostar no Real. Afinal, em 38 jogos é plausível acreditar que um vença todos e o Atlético não.


O futebol

Mais do que clubes da mesma cidade e potências mundiais, Real Madri e Atlético confrontaram duas filosofias totalmente distintas. Enquanto o "irmão rico" se da ao luxo de "brincar de master liga", buscando reunir os melhores futebolistas em atuação pelo mundo, para montar um novo esquadrão de Galáticos, o Atlético, sem o mesmo poder financeiro, pensa melhor em suas contratações, buscando acertos pontuais e lutando para manter suas estrelas. 

Na prancheta, segundo o próprio Carlo Ancelotti, o centro-avante madridista ostenta a única responsabilidade de servir os pontas: Ronaldo e Bale. No meio campo o treinador parece querer reimplantar a mesma movimentação que impôs ao A.C. Milan, em sua última passagem pelo clube Rossonero. Aliás, descartando a movimentação dos pontas e do centro avante, os esquemas são idênticos! Coincidência? Não...



Para Simeone o Atlético funciona de maneira distinta. O centro-avante é realmente o responsável por concluir as jogadas de ataque da equipe. Não seria correto dizer que o time joga em função do camisa 9, mas a eficácia do sistema para esta posição dificulta a manutenção do elenco. Agora com Mandzukic o clube vê seu 3 camisa 9 (Falcão/Diego Costa) em menos de 2 anos. Apesar de tudo, o maior destaque da equipe vai para o futebol coletivo, redondamente jogado o tempo todo. A disciplina tática e a insistente repetição de jogadas idênticas impostas pelo treinador argentino são marcos revolucionários para o clube, que voltou a ser protagonista após cerca de 18 anos.



Contudo, esta final foi excepcionalmente diferente. Com apenas 2 partidas entre si, sem demais oponentes como no espanhol, por exemplo, onde além de ganhar o clássico não se pode perder pontos para os outros. Cristiano, novamente contundido, mal jogou o que realmente pode render. Di Maria estranhamente vinha amargando o banco, mas após o treinador italiano relatar o pedido do atleta para sair do clube, o argentino perdeu espaço até entre os relacionados. Estranho? Não! Di Maria abandona o projeto de coadjuvante eterno no Real Madrid para aparecer como estrela em algum outro time mundo a fora. Mas restam apenas 12 dias para o fim da novela janela de transferências e o jogador pode seguir no clube. James, assim como Kroos, ainda estão ganhando espaço...

FICHA TÉCNICA: ATLÉTICO DE MADRI 1 x 0 REAL MADRID

Local: Estádio Vicente Calderón, em Madri (ESP)
Data: 22 de agosto, sexta-feira 
Horário: 17h30 (de Brasília) 
Árbitro: Fernández Borbalán (ESP) 
Assistentes: Raúl Cabañero Martínez e Jorge Canelo Prieto (ambos da ESP) 
Cartões amarelos: (Atlético de Madri) Tiago, Koke, Raul García e Griezmann; (Real Madrid) Sérgio Ramos, Modric, Xabi Alonso e Cristiano Ronaldo 
Cartões vermelhos: (Real Madrid) Modric
Gols: (Atlético de Madri) Mandzükic, a 1 minuto do primeiro tempo

REAL MADRID: Casillas, Carvajal, Varane, Sérgio Ramos e Fábio Coentrão (Marcelo); Xabi Alonso, Modric e Kross (Cristiano Ronaldo); James Rodríguez (Isco), Bale e Benzema 
Técnico: Carlo Ancelotti

ATLÉTICO DE MADRI: Moya, Juanfran, Miranda, Godín e Siqueira; Gabi, Tiago, Raul García (Saúl) e Koke, Griezmann (Jiménez) e Mandzukic (Cristian Rodríguez) 
Técnico: Diego Simeone

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