Iniciando HOJE uma série de postagens sobre o Brasil, analisando enfaticamente as características da seleção brasileira nas copas do mundo, escrevo hoje sobre o desempenho e o esquema tático utilizado pela seleção canarinho na final da copa de 2002 contra a Alemanha, onde os sulamericanos se consagraram pentacampeões mundiais, vencendo os europeus por 2x0.
Brasil na final da copa do mundo de 2002:
Na copa do mundo de 2002, o Brasil consagrou-se pentacampeão mundial jogando em um esquema ultra ofensivo. Contudo, a qualidade da tática, da movimentação e do plantel da época tornavam até a defesa da seleção algo extremamente consistente. Na final da copa do mundo, contra a Alemanha, a seleção europeia utilizou-se do poderio defensivo e conseguiu arrematar a gol em poucas oportunidades, enquanto a seleção canarinho mostrava uma excelente contenção desde o meio campo e arriscava-se ao ataque. É bom, também, comentar que o setor ofensivo da seleção canarinho não estava em seus melhores dias, conseguindo chegar ao ataque mas não efetivá-lo com o gol ou com uma clareza constante, uma vez que a defesa alemã mostrava-se “poderosa”. Os jogadores de “maior nome” na seleção pareciam camuflados pela boa atuação dos coadjuvantes, principalmente do meio-campista Kléberson. Mas o estrelismo acabou falando mais alto na segunda etapa, onde, mesmo sem efetuar uma partida brilhante, Ronaldo Fenômeno marcou 2 vezes em lances ocasionados pelo camisa 10, Rivaldo.
A formação consistia em 2 zagueiros (Lúcio e Roque Jr.), um volante recuado quase à linha da zaga (Edmilson), dois laterais deslocados à frente (Roberto Carlos e Cafú), um volante centralizado (Gilberto Silva), um meio-campista para defender a bola já no campo de ataque e seguir jogando (kléberson), um meio campista centralizado para circular a bola entre o ataque do time brasileiro e finalizar (Rivaldo), um meia dedicado ao ataque com pouca responsabilidade na marcação (Ronaldinho Gaúcho) e um centro avante responsável por converter as jogadas de ataque em gol (Ronaldo Fenômeno).
A movimentação era realizada por uma série de inversões de função entre os jogadores, mas com a responsabilidade de retornar sempre so seu padrão original o mais breve possível. Os dois zagueiros subiam um pouco (podendo avançar ao ataque caso aparecesse uma oportunidade) para complicar a sequencia de jogo adversária no meio campo, o volante recuado recuava ainda mais para auxiliar os zagueiros, tornando-se quase um 3° zagueiro (e em muitas oportunidades tornando-se um dos zagueiros enquanto o original nesta função tornava-se, temporariamente, o volante recuado), os laterais oscilavam entre laterais de contenção para auxiliar a zaga e apoio ao ataque, aparecendo sempre como uma opção para receber um passe e tabelar ou avançar ainda mais para cruzar, o volante central era puramente para roubar a bola e reiniciar a sequencia de jogo da seleção brasileira já no meio campo (e ainda trocava sua função com o volante recuado e/ou com um dos zagueiros). Rivaldo circulava praticamente por uma linha imaginária horizontal, no caso, paralela à linha das traves, porém acabava por inverter mais com Kléberson, que se mantinha no ataque mas possuía em repertório de dribles e possibilidades de reação muito menor que seus companheiros avançados, tendo que se tornar uma contenção na frente para fazer com que a bola rapidamente voltasse aos atacantes, mas acabou se destacando por conseguir arrematar a gol em boas oportunidades e pelo ataque do Brasil ter se encontrado em um dia pouco inspirado. A maior circulação de Rivaldo a direita do campo influenciou a maior movimentação do Fenômeno a esquerda e ao centro do campo, uma vez que este devesse se manter sempre como opção de passe para seu companheiro.
Atletas que entraram em campo na final de 2002:
- Marcos 1
- Lúcio 3
- Edmilson 5
- Roque Jr. 4
- Cafú 2 - capitão do time
- Roberto Carlos 6
- Gilberto Silva 8
- Kléberson 15
- Ronaldinho Gaúcho 11
- Rivaldo 10
- Ronaldo 9
- Juninho (Paulista) 19 {substituiu Ronaldinho Gaúcho durante o decorrer do jogo}
- Denílson 17 {substituiu Ronaldo Fenômeno durante o decorrer do jogo}
Obs.: Kaka estava prestes a entrar em campo, apenas aguardando a autorização do arbitro, quando a partida se findou.
A serie de postagens será feita desde a copa de 1994, onde o Brasil se consagrou tetracampeão mundial.
Série de postagens: 1994 – 1998 – 2002 – 2006 – 2010
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