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Enfim, gols.

Foi um bom jogo. Oeste e Corinthians vivem bons momentos no Paulistão. Enquanto a equipe do interior vinha de quatro jogos sem derrota, o da capital seguia firme na caça à liderança da competição. Mesmo com um calor infernal, em virtude do sol escaldante de Presidente Prudente, a turma conseguiu jogar bola. E no fim, deu a lógica: Deu Corinthians.


Não que eu esteja desmerecendo a equipe do Oeste, mas o Corinthians hoje é a lógica, pois vive um grande momento. Momento esse que vem desde o ano passado, com o título brasileiro. A equipe é consistente, bem montada, clara, objetiva e bastante perigosa, conforme puderam comprovar São Paulo, Santos e Palmeiras.

Dono de uma defesa brilhante, que sofreu apenas 10 gols no Paulista e 1 na Libertadores, o Corinthians só vinha pecando no ataque. Não que ele não viesse fazendo gols, o problema era quem faziam esses gols. Nas contratações do início do ano, o Corinthians chamou a atenção da mídia por ter contratado mais atacantes para o elenco: Além de já ter Liédson, Emerson, Willian, Jorge Henrique e Adriano (hoje, dispensado pelo clube), contratou ainda o ponteiro Gilsinho e o centroavante Elton.



Aí você pensa: "Pô, com um ataque desses não tem pra ninguém!"
Mas a verdade é que o pessoal daí da frente não vem correspondendo tanto quando o assunto é bola na rede. Vejamos os "artilheiros" corinthianos no Campeonato Paulista:

Emerson: 3 gols
Willian: 3 gols
Elton: 2 gols
Liédson : 2 gols
Gilsinho: 1 gol
Jorge Henrique: nenhum

Por mais que a equipe venha correspondendo, ganhando seus jogos, estando bem na classificação, o ataque está devendo gols. Só gols. Não vou ser injusto e reclamar da doação dos caras, até porque isso não falta. O tal "lado Sheik da vida" mencionado pelo nosso colega futebolista outro dia, é uma coisa muito bacana de se ver. Emerson se doa totalmente ao time, é brigador, raçudo e muito determinado. O Corinthians cresce com ele em campo. Jorge Henrique é outro que segue a mesma linha: nunca foi de fazer muitos gols, já que joga mais pelo time.

O problema da vez mesmo era o Liédson. Maior goleador do time no Brasileiro do ano passado, com 12 gols, até ontem Liédson amargava 13 jogos sem marcar um golzinho sequer. No ano de 2012, ele só marcou num amistoso, frente ao Flamengo no início do ano. De lá pra cá, nada. Ele tentava de cabeça, bicicleta, de fora da área... e nada. A imprensa começou a pegar no pé dele. Muitos questionaram sua titularidade, que foi mantida a todo custo pelo técnico Tite. E ontem, diante do Oeste, Liédson mostrou a razão da insistência do treinador corinthiano. Depois de um primeiro tempo monótono e cansativo por parte dos dois times (que culparam, com razão, o calor), a estrela de Liédson brilhou, nos três atos maiores do jogo. Primeiro, após toque de Douglas para Emerson, que chutou cruzado. Liédson, bem colocado, como manda a cartilha do camisa 9, só completou, dando fim ao incômodo jejum.



Depois, tivemos o gol do Willian. Que só saiu após Liédson ter roubado a bola, e ter passado para o próprio Willian completar.

E por último, a cereja do bolo: Contra-ataque fulminante, Willian parte, serve Ramirez que toca para Liédson escolher o canto e fechar o placar:




Enfim, o ataque foi eficiente. Enfim, Liédson desencantou.

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