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Quando os reservas se transformam nos titulares


“Que não readquiramos a ‘síndrome do vira-latas’ e acreditemos que os outros são melhores”. Podemos não ter a força que tínhamos há algum tempo, estamos passando por má fase, mas se nossos titulares hoje forem, respectivamente, nossos reservas nos dias de glória da seleção, ainda seremos campeões mundiais. Quem não se lembra de quando falávamos: “O Brasil é campeão e nossos reservas serão os vices. O mundo briga pelo 3º lugar”. Ou quando no joguinho de futebol para o videogame era “proibido” escolher o Brasil, pois era muita “apelança”.

Em dias de má fase, finalmente podemos começar a “desenhar” um Brasil. Até pouco tempo, e ainda hoje, o torcedor brasileiro não podia afirmar quem são os titulares de sua seleção, tendo que se contentar com, “apenas”, uma escalação especulativa de sua parte. Hoje, ao menos, essa dúvida é menor.
É duro. Principalmente para aqueles que gostam de futebol e que ainda tem as escalações de 2010; 2006; 2002; 1998; 1994 (...) na ponta de sua língua. Para aqueles que viam sua seleção de reservas, ser a 2ª melhor do mundo {indubitavelmente a melhor era a seleção titular}.

Agora, ao menos, podemos cravar que depois das olimpíadas o goleiro deverá ser Rafael ou Jefferson; a defesa deverá ser constituída por T. Silva, Marcelo, Daniel Alves e David Luiz {baseado no histórico pré-olímpico de Mano Meneses}; volantes bem cadenciados, mas não necessariamente existe para essa posição uma “cadeira cativa”. Entretanto, devemos ficar atentos para o vascaíno Rômulo, ainda jovem, porem bastante eficiente; um setor ofensivo composto por Oscar, Neymar, Hulk e Leandro D. ou Pato.

Alegrem-se, pois se nós fossemos montar uma seleção reserva, ela teria a ilustre presença de Jefferson ou de Rafael, podendo ainda contar com Julio César no banco; Com David Luiz ou Dedé, e Lucio para compor a zaga; Com Daniel Alves ou Maicon na lateral direita e Bruno Cortez ou Michel Bastos pela esquerda; com Luiz Gustavo e Ramires como volantes; e Ganso, Lucas, Robinho e Damião ou Pato compondo o setor ofensivo {mantendo a mesma formação que a equipe titular}. Ainda poderíamos contar com Renato Augusto, Jadson, Luis Fabiano, Ralf e Paulinho, Fred, Arouca, Nilmar, Wellington Nem, Wellington Silva, P. Coutinho, Kaka, etc. 

A pouco tempo afirmavam: -“Falta para a seleção jogador de determinada posição”. Olhando para esta frase e percebendo que temos jogadores bons o suficiente para montar até uma 3ª seleção composta apenas por reservas e capaz de disputar títulos, me vem a cabeça, “para qual posição o Brasil é carente”?
Talvez seja exagero meu afirmar que se a Espanha, atual campeã da eurocopa e da copa do mundo, tem Puyol e Piqué, Temos T. Silva David Luiz e um “Dedé” sobrando; que se ela tem Xavi, Iniesta e David Silva, temos Ganso, Lucas e Oscar; que se a fúria tem Torres, Villa e Pedro, Temos Damião, Hulk e Pato. Talvez não tenhamos nenhum Casillas, mas com certeza eles não tem nenhum Neymar.

Casos a parte:

O zagueiro Dedé mostra sua força e seu potencial pelo vasco. O zagueiro já tem sua fama espalhada pela América, onde muitos o consideram o melhor. No velho mundo, a fama do vascaíno é crescente, e já despertou interesse de clubes como a Juventus {vale lembrar que os clubes italianos são conhecidos pela extrema força de sua zaga}.

O goleiro Julio César esta em má fase, porém não deixa de ser um dos grandes goleiros do mundo. Talvez não haja mais espaço pra ele entre os 11 iniciais, mas é, no mínimo, uma opção para “esquentar o banco”.

O setor ofensivo ainda pode contar com o são-paulino Lucas, cujas atuações pela amarelinha e pelo São Paulo o mostram como um possível titular; com P. H. Ganso, que ainda não convenceu peã canarinho, mas inegavelmente é um excelente jogador pelo Santos.


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