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E agora Oswaldo?


(Foto: Bruno de Lima/Site: LanceNet)
O treinador vinha pedindo e a torcida enfim atendeu. Mais de 30 mil pessoas no Engenhão, para ver a estreia de Seedorf com a camisa 10 do Botafogo. Promessa de jogão, expectativa de vitória, mas... Do outro lado tinha o Grêmio que, não tinha nada a ver com isso. Todas as lentes viradas para Seedorf, aliás, bastante irritante os comentários ridículos feitos pela imprensa esportiva. O cara é craque, foi um grande feito a sua contratação, mas vamos ter limites também pô! Estavam fazendo comentário sobre a postura do cara no banco de reservas após ser substituído, lamentável.

Seedorf
A estreia de Seedorf foi boa. Levando em conta que é o primeiro jogo dele após meses sem jogar, foi bastante interessante. Jogou 75 minutos, com um bom preparo físico, qualidade técnica inquestionável, mas todos sabemos que não é o salvador da pátria de General Severiano. É um excelente jogador, mas futebol é coletivo, ele sozinho não vai levar o time do Botafogo nas costas. Principalmente nesse esquema tático. 

4-5-1
Voltando ao jogo, o que o torcedor alvinegro viu não foi nada de novo. Novamente um Botafogo apático, irregular, errando muitos passes e quase sem finalizar. Oswaldo de Oliveira fez suspense e surpreendeu muita gente mantendo Fellype Gabriel no time titular e sacando o Andrezinho. Podemos falar de várias outras opções que o treinador poderia ter optado, mas o problema está no esquema tático, na forma do time jogar. 

O Botafogo não tem atacantes. O treinador não quer que o time jogue com centro-avante. Os meias por muitas vezes tocam demais a bola sem objetividade. O time não demonstra que tem uma jogada ensaiada. E o pior de tudo: é irregular. Contra o Corinthians, no Pacaembu, o Botafogo foi impecável, marcou em cima, jogou exatamente como esse esquema 4-5-1 é na teoria. Mas por que nos outros jogos e principalmente em casa o time não mantém a pegada? 

Oswaldo passou o primeiro semestre fazendo o time jogar nesse esquema. Foi eliminado precocemente na Copa do Brasil e vice-campeão Carioca de forma bizarra, jogando muito mal. No Brasileiro vinha fazendo boas partidas, mas a equipe é irregular demais. No Engenhão não se impõe. Parece que joga melhor fora de casa. O principal setor do campo foi reforçado, o treinador tem a sua disposição ótimos meias de diferentes características. Não seria a hora de adaptar o esquema tático aos seus jogadores e suas características e não os jogadores ao esquema?

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