Internacional e Palmeiras
vivenciaram em seu ultimo confronto uma situação inusitada. Inspirado em “Maradona”,
o também argentino Barcos utilizou sua mão para marcar um gol e tentar iludir
quem viu o lance, para que acreditassem que ele tivesse arrematado a bola com a
cabeça. A atitude antiética do jogador palmeirense resultou em uma tentativa de
anular o jogo, iniciada pelo clube paulista. Ocorre que a FIFA proíbe a
adequação de instrumentos eletrônicos como forma de validar ou anular lances
nos jogos, e o gol de Hernán Barcos só foi anulado porque o delegado da partida
consultou jornalistas sobre o lance e informou a irregularidade ao quarto
arbitro.
A partida acabou em empate por 1
a 1. Poderia ter sido vitória do Palmeiras, por 2 a 1, caso o gol não fosse
anulado. A partida não foi anulada, mas alargou uma brecha para discursões
sobre a polêmica relação entre o futebol e tecnologia. Até onde a tecnoligia
pode ser benéfica ao esporte, uma vez que a principal entidade responsável por
administrar (FIFA) esse porte no mundo todo, considera o erro parte do jogo.
O que mais parece ser uma visão
conservadora, na verdade é uma estratégia atualíssima de “mercado”. A relação
direta com o erro humano, com o esporte, apenas desmerece sua credibilidade do
jogo. Mas quem não se frustra com um gol mal anulado ou comemora quando seu
time sai do aperto, mesmo que o gol anotado seja irregular? Quem não vê um erro
de julgamento provocar uma falta na entrada da área e fica apreensivo se o time
vai marcar o gol que lhe dará a vitória, ou fica apreensivo por que o outro
time pode marcar o gol em um lance que não deveria ter ocorrido? A relação
indireta do erro com o esporte, nesse caso o futebol, acentua os sentimentos
gerados pelo esporte e cadencia uma plateia ainda maior para o show. Além, é
claro, de favorecer inúmeros outros programas que anseiam por lances deste modo
para comentar e aumentar sua própria audiência.
O recurso mais avançado que
penetrou nas partidas de futebol foi a chamada “bola inteligente”. Uma bola com
um microchip dentro que ao atravessar um campo magnético gerado atrás do gol,
na distância exata que a pelota levaria para ser anotado, enviaria a informação
para um “relógio” no pulso do arbitro. Hoje, isto já não é permitido no
futebol. Porém foram adotados dois árbitros que margeiam a linha de fundo próximo
das traves, atentos a posição da bola no instante máximo do futebol (o gol),
para confirmarem, ou não, o lance. Estratégia que pode reduzir os erros da
partida, ou pode acentuar novos...
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