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Xadrez da bola


Já focado no mundial, o Corinthians tem seus últimos jogos no brasileirão para “treinar” e ir pronto para a competição. É certo que o time de Tite sonha em jogar contra o Chelsea, da Inglaterra, mas podemos tomar o exemplo do Internacional (primeira vez que um time brasileiro não chegou à final da competição) como aviso de que a “semi” não é jogo ganho.

A utilização, ou não, de um pivô no timão acarreta vários riscos e possibilidades. O grande destaque do clube paulista é seu conjunto defensivo, que nesta edição da libertadores se mostrou o melhor da competição. Para sua maior eficácia, todos os jogadores precisam dar uma certa contribuição ao time na marcação, inclusive os atacantes. O pivô seria um ponto fraco, pois recebe menos responsabilidade para marcar. E no caso do pivô ser deslocado para também marcar, descaracterizaria esta função e o jogador não seria mais um pivô. Neste caso, poderia ser um atacante mais veloz, com melhor qualidade de passes e com uma boa finalização. Neste caso, o jogador poderia ser considerado um “striker forward”. Esta é a diferença entre Paolo Guerreiro e Emerson Sheik.
O Chelsea chegou ao mundial, curiosamente, também por mostrar um “monstruoso” sistema defensivo. Assim como o Corinthians eliminou o Santos, o Chelsea eliminou o Barcelona (ambos nas semifinais das competições). Assemelhando seus estilos de jogo, sabemos que o futebol “moleque” do Santos provou ser realmente moleque contra o organizado e “quadrado” Barcelona. A equipe mais ofensiva das América foi goleada pela mais ofensiva da Europa na edição passada do mundial, mas o que acontecera entre a defensividade apresentada por Corinthians e Chelsea? As chances do brasileiro dessa vez é maior?

É bem verdade que o clube inglês já não atua mais tão defensivamente. A saída de um de seus maiores ídolos, Didier Drogba, e a contratação de “promessas jovens” do futebol, o meia Oscar, junto ao Internacional de Porto Alegre, e do belga Elder Hazard, junto ao Lille, da França (no que foi a transferência mais cara da história envolvendo um jogador da Bélgica), proporcionaram uma enorme capacidade de manter a bola no campo ofensivo, sem correr grandes riscos, graças a zaga monstruosa.

Caso cheguem (Corinthians e Chelsea) a final do mundial, aposto nas seguintes escalações:

Corinthians: Cassio; Alessandro, Chicão, Paulo André, Fabio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo, Douglas; Martines, Sheik.

Chelsea: Chec; Ivanovic, D. Luiz, Terry, Cole; Mikel, Lampard, Oscar, Ramires; Torres e Hazard. 

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