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E se fosse (parte 1: Cuca)?


Felipão já é o novo técnico da seleção. Esta definido, já foi anunciado, mas o comando da “canarinha” nunca é algo tão simples de se resolver. Imaginemos, nestas matérias, situações hipotéticas, onde outros “candidatos” a este cargo fossem os escolhidos, e especulemos como seria seu trabalho com a seleção.

Digamos que o mal momento apresentado pela seleção, talvez precise de alguém como Cuca, treinador responsável por escolher a dedo bons jogadores para seus times ao menos em duas ocasiões (São Paulo e Botafogo). É inegável afirmar que o Brasil, que se encontra em renovação, ainda não se renovou. Este processo se iniciou com dunga, mas tomou rumos totalmente diferentes com Mano. Acho, sinceramente, que o treinador da seleção na copa de 2010 foi muito mais criticado, porém muito mais sensato. Constantemente chamado de “burro”, a única taça que a seleção participou e o time de Dunga não ergueu foi justamente a copa do mundo. A maior competição do futebol, no entanto, viu o Brasil sair frustrado, por uma derrota não merecida, após uma sequência de erros, no mínimo, “bisonhos”.



Até hoje criticado, Felipe Melo, revelação na época de Dunga, parece ter se reconciliado com o bom futebol e é um dos principais jogadores do Galatasaray. Talvez o melhor volante brasileiro em atuação. Errar todo mundo erra. Felipe Melo errou sim, mas não foi o único a errar, foi apenas o vilão escolhido pela torcida, assim como foi Roberto Carlos em 2006. Apesar de criticar e culpar, alguém aqui vai negar que Roberto Carlos era o melhor lateral esquerdo do mundo naquela época? Possivelmente o melhor que muitos viram até hoje, e a seleção precisou dele depois, que se recusou a ir por causa da insatisfação da torcida brasileira para com ele.

Mas voltemos a especular Cuca, se ao invés do já citado Felipe melo, ele surgisse com uma revelação, como em seus tempos de São Paulo e Botafogo? É difícil precisar o time que ele convocaria, mas é possível sabermos de algumas peças, como os inquestionáveis Neymar, Thiago Silva e Lucas deveriam estar presentes no time de Cuca. Este ultimo desperdiçado pelo treinador passado. Marcelo deveria estar presente na lateral esquerda, mas o outro zagueiro e o lateral direito estariam abertos a qualquer um. Lembrando, não sei porque nem mais falam de Maicon, que ainda esta vivendo boa fase, mas parece ter sido esquecido pelos brasileiros. No meio, Paulinho deveria disputar a vaga de segundo volante com Fernandinho, sendo o único volante, porem com características para auxiliar o ataque.

Recapitulando, goleiro, um dos zagueiros, lateral direita estariam em abertos caso Cuca assumisse a seleção. Os demais seriam T. Silva; Marcelo na lateral esquerda; Fernandinho ou Paulinho como volante; Lucas pela direita e Neymar pela esquerda; Oscar no meio. Mais a frente, um centro avante e um atacante com características de mais velocidade, Podendo ser Luís Fabiano ou Fred e Pato ou Wiliam. (devo lembrar que essa escalação apenas é especulada por mim, após analisar os trabalhos de Cuca pelos clubes onde passou).

Vamos agora a uma rápida análise do treinador e seu currículo:

Cuca foi o primeiro lembrado, pois tem em seu currículo uma série de recuperações de clubes em má fase, até além do esperado, devido as condições ofertadas pelo elenco. A princípio, seu primeiro destaque como treinador foi em 2003, recuperando o Goiás, lanterna do primeiro turno, e o colocando na 9ª posição ao final da temporada, conquistando assim uma vaga para a copa sul-americana.

A luz de sua campanha com o Goiás, foi a vez do tricolor do Morumbi ver “Cuca” com bons olhos. No comando do São Paulo, o treinado foi mais além, chegando a semifinal da libertadores, mas caindo perante um Once Caldas surpreendente. Infelizmente, os atritos com a diretoria foram responsáveis por sua saída do clube paulista no mesmo ano que o assumiu. Porém, sua genialidade ficaria marcada e daria méritos ao treinador seguinte. Que são-paulino não se lembra de Danilo, Grafite, Josué, Mineiro... Jogadores “chave” na libertadores e no mundial de 2005, mas contratados por pedido de Cuca.

Neste ponto, temos a pior marca do treinador. No comando do Grêmio entre setembro e dezembro de 2004, Cuca viu o clube gaúcho ser rebaixado à segunda divisão do campeonato brasileiro. Após este acontecimento, passagens ruins por Flamengo, Curitiba e São Caetano ficaram marcadas negativamente no currículo do treinador. Entretanto, ele logo tratou de se reerguer como um dos melhores treinadores nacionais em 2006, no comando do Botafogo. Novamente mostrando sua genialidade, Cuca foi responsável pelas contratações de Dodô, Zé Roberto, Lúcio Flávio e Jorge Henrique. Este ultimo, em especial, havia deixado sua original função de atacante para ser meia ofensivo pouco antes de ir para o clube da estrela solitária. Mas por pedido de Cuca, voltou a ser atacante e foi peça fundamental para organização do ataque que ficou conhecido como “Carrossel Alvinegro”. O clube era visto, em 2007, como o detentor do futebol mais vistoso no Brasil.


Mas uma má fase estava novamente por vir em 2007. O clube do Rio de Janeiro caiu da primeira colocação da tabela para a nona. E na copa sul-americana, nas oitavas-de-final, contra o River Plate, o Botafogo vencia o confronto com 2 homens a mais em campo, mas se permitiu perder o jogo e ser eliminado, o que provocou o pedido de demissão do treinador. Mas após 3 jogos sem ele, Cuca aceitou um pedido para voltar ao comando do Botafogo, manteve a boa campanha e reeditou a final do campeonato carioca do ano anterior contra o Flamengo.
Em 2009, após sair do Botafogo, Cuca teve passagens desastrosas por Santos e Fluminense. Retornou ao Flamengo, conquistou seu primeiro titulo expressivo, o campeonato carioca –curiosamente, mais uma vez contra o Botafogo, revivendo as duas finais anteriores.

De volta ao fluminense, Cuca lutou em uma expectativa de 98% de chances do clube -que trocou de técnico 4 vezes no ano- cair. Mas agarrou os 2% e fugio do rebaixamento. No mesmo ano ainda foi vice-campeão sul-americano.

Passado o Fluminense, Cuca foi vice-campeão brasileiro pelo cruzeiro, clube pelo qual foi campeão mineiro em 2011. Sua saída do Cruzeiro se deu em 2011, logo para seu maior rival, o Atlético Mineiro. Mais uma vez o treinador enfrentou uma situação próxima de ser rebaixado, e mais uma vez reergueu o clube. Ainda no comando do “Galo” neste primeiro semestre de 2012, Cuca foi campeão mineiro invicto, o que não acontecia há 36 anos.



Seu maior destaque foi no comando do Botafogo, onde organizou o “carrossel alvinegro”. Em 2007 introduziu Wellington Paulista no ataque, junto do rápido Jorge Henrique, completando um ao outro (chutes e força de Wellington e dribles e velocidade de Jorge), amparados pelos meias que ainda recebiam suporte de um volante mais avançado. Sua melhor defesa foi no comando do Cruzeiro, principalmente em seu início no clube mineiro, onde em 6 jogos levou apenas 3 gols. Portanto me baseei nas características ofensivas do Botafogo e nas defensiva do Cruzeiro, ambas sobre o comando de Cuca, para supor quem seriam seus convocados e como ficaria a seleção brasileiro hoje.

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