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Brasileirão: Resumo 17ª rodada

Então galerinha, vamos focar um pouco sobre o nosso campeonato nacional e os destaques da 17ª rodada: Cruzeiro campeão (do primeiro turno), São Paulo na vice-liderança, G4, Felipão x Mano Menezes, Santos, Palmeiras e Flamengo. 

"Começando do começo", o atual campeão defende seu título com o favoritismo e bom futebol apresentados. Mesmo faltando uma rodada para o fim dos confrontos de ida, o Cruzeiro já é o (simbólico) campeão desta fase, com o maior aproveitamento da história dos pontos corridos (76,47%). Melhor ataque (34), segunda melhor defesa (13), artilheiro da competição (Goulart) e vice (Marcelo Moreno): Tá difícil parar a Raposa!

Completando o G4 temos São Paulo, Internacional e Corinthians. Mas o destaque, por bem ou por mal, vai para os paulistas: Enquanto um assegura a melhor defesa da competição (Corinthians/11), o outro (SPFC), apesar da sua colocação detém um apático futebol, aquém do seu badalado plantel. E o clima não é dos melhores na casa do tricolor. Para compor o elenco recheado de estrelas, o clube colocou "em xeque" anos de administração exemplar e corre para vender algumas de suas peças, visando um fim de ano "no azul". 

O Santos de Robinho oscila momentos de bom futebol e períodos de baixa, como o atual. O clube ocupa a última posição da primeira metade da tabela (10ª) e, dentre os grandes, vê seu ataque empatado com o Botafogo (18), melhor apenas que Grêmio (15), Flamengo (14) e Palmeiras (14). 

Na sequência temos o flamengo que ganha destaque pelo bom trabalho desenvolvido por Vanderlei Luxemburgo. Longe de brigar por título ou classificação à libertadores, a equipe da gávea luta para figurar entre os 10 primeiros colocados. Após anos de administração conturbada, contratações erradas e futebol irregular, o time começa a encontrar uma forma de se adequar a suas limitações e conquistar pontos importantes. 

Centenário amanhã, o Palmeiras passará seu aniversário fora da "zona da degola", feito que deve ao técnico Ricardo Gareca. Vivendo situação impensável no começo do ano, o treinador argentino conduziu a equipe em sucessivas derrotas que fazem (ainda) a torcida sofrer com a ideia de um novo rebaixamento, justo no ano de seu retorno a elite do futebol brasileiro. A vitória sobre o Coritiba, no entanto, livrou o sofrimento durante seu aniversário. 

Gareca, aliás, merece um paragrafo especial. Treinador com um currículo invejável, principalmente pelas passagens por clubes argentinos, veio ao Brasil por escolha errada da diretoria alviverde. Apostar em um treinador que nunca viveu uma situação parecida com o brasileirão tornou-se um "tiro pela culatra". Sua incapacidade, até então, de se adaptar ao futebol brasileiro fica evidenciada pela falta de conhecimento dos jogadores locais, marcada pelo episódio em que admitiu não conhecer Willian José, ex-atleta de São Paulo, Grêmio, Santos e Real Madrid que atualmente joga pelo time B da equipe espanhola (Castilla). Mas, feita a besteira, trocar o técnico apenas mudaria o problema do Palmeiras. Podendo, inclusive, piorar a situação. Resta ao verdão insistir no treinador e oferecer as condições necessárias a sua adaptação.  

Por último, o destaque especial da rodada vai para o confronto entre os dois últimos técnicos da seleção brasileira. Felipão e Mano, respectivamente a frente de Grêmio (7º) e Corinthians (4º), revivem o passado nos clubes que os consagraram. Decisivo novamente, Hernán Barcos selou o placar marcando os dois gols gremista em quatro minutos, enquanto Guerreiro descontou para os paulistas. 

*É a segunda vez que Scolari e Barcos trabalham juntos em um clube. A primeira foi durante a conquista da Copa do Brasil de forma invicta e parte da campanha desastrosa no brasileirão, ambas em 2012.

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De volta aos nacionais

Na Alemanha, o Bayern estreou com vitória sobre o Wolfsburg (2x1) e o Borussia vai a campo hoje (23) às 13h30 contra o Leverkusen, time do artilheiro Stefan Kießling. Mesmo na primeira rodada, é possível afirmar que os dois continuarão a monopolizar o torneio, coisa que já fizeram nos últimos 5 anos 


Na Espanha o Real leva vantagem -ao menos no que diz respeito a expectativa. Seu irmão menos afortunado da capital espanhola perdeu peças importantes no elenco, mas segue bem "desenhado" e pode surpreender novamente na defesa do título. O Barcelona, no entanto, é um caso mais específico. Após o melhor momento de sua história, o clube entra obviamente em um período de baixa. Mas tenta renovar sua filosofia de jogo mesclando a "nata" de La Masia com astros Sul-Americanos (MascheranoNeymar e Suares). Há também Jérémy Mathieu e Thomas Vermaelen para compor o time. Está tudo em aberto... 

Na França o PSG é franco favorito a mais um título nacional, mesmo após a apática estreia com empate (0x0). O único clube que pode fazer sombra ao Paris Saint German é o Monaco, mas não vive boa fase após o divorcio de seu dono -que acarretou na redução das verbas da equipe e na venda de jogadores importantes. 

Na Inglaterra, Chelsea e Manchester City aparecem como favoritos ao título. Enquanto o City denta defender sua conquista do ano passado, com o elenco campeão praticamente inalterado, o Chelsea reformulou seu ataque -setor mais criticado na última temporada. Dependendo da negociação com Di Maria, o Manchester United pode entrar no mesmo patamar das duas equipes já citadas, lutando pelo protagonismo. O Liverpool, no entanto, perdeu seu principal jogador (Suares) e busca a contratação de Mário Balotelli, que apesar de demonstrar seu bom futebol na Itália, não passou de coadjuvante em sua ultima estada na Premier League. O Arsenal voltou a conciliar bom futebol com craques mundiais (Sanches, CazorlaOzil) e poderá ser a grande surpresa do campeonato. Está longe de ser o favorito, mas poderá chegar ao pódio. O Tottenham Hotspur Football Club corre por fora. Não disputa o título, mas pode terminar entre os 4 primeiros. 

Na Itália a Juventus deverá confirmar seu favoritismo. Sua maior arma é o técnico Massimiliano Allegri, eleito por duas vezes o melhor treinador do calccio e que já teve uma boa experiência a frente de outro gigante italiano -Milan. Somado ao elenco "recheado" que detém um tri-campeonato nas costas, a Juve joga para confirmar o tetra. Nápoli deverá estar entre os 4 primeiros. De resto, Milan, Inter, Roma, Lazio e Udinese possuem chances iguais de chegar ao pódio -na segunda colocação.

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Madrid: A capital do futebol

O campeão

Na mais emblemática final da supercopa da Espanha dos últimos anos, o "irmão pobre" trouxe o luto que estampa a casa de seu xará Real. Finalistas da ultima Champions League (vencida pelo Real), ambos modificaram bastante seus elencos no meio termo entre a final européia e esta espanhola, exemplificando o porque do campeonato espanhol ser conhecido como "liga das estrelas".


O carrasco, no entanto, é novato em Madrid. Após ser campeão da Champions pelo Bayern e ser preterido por um certo polonês, que não vem ao caso, Mário Mandzukic foi contratado recentemente pelo Atlético e, neste confronto decisivo, precisou de apenas 1 minuto e meio para definir o placar dramático que persistiu até o fim da partida: 1x0.

Para não esquecer do primeiro jogo, ressalto que até existe um equilíbrio improvável quando as duas equipes se enfrentam. Mas o Atlético não perdeu (1x1 Santiago Bernabeu), nem esteve atrás no placar (Raul Garcia abriu o placar para os Colchoneros). É possível que esta situação se repita no espanhol, mesmo sendo mais comum apostar no Real. Afinal, em 38 jogos é plausível acreditar que um vença todos e o Atlético não.


O futebol

Mais do que clubes da mesma cidade e potências mundiais, Real Madri e Atlético confrontaram duas filosofias totalmente distintas. Enquanto o "irmão rico" se da ao luxo de "brincar de master liga", buscando reunir os melhores futebolistas em atuação pelo mundo, para montar um novo esquadrão de Galáticos, o Atlético, sem o mesmo poder financeiro, pensa melhor em suas contratações, buscando acertos pontuais e lutando para manter suas estrelas. 

Na prancheta, segundo o próprio Carlo Ancelotti, o centro-avante madridista ostenta a única responsabilidade de servir os pontas: Ronaldo e Bale. No meio campo o treinador parece querer reimplantar a mesma movimentação que impôs ao A.C. Milan, em sua última passagem pelo clube Rossonero. Aliás, descartando a movimentação dos pontas e do centro avante, os esquemas são idênticos! Coincidência? Não...



Para Simeone o Atlético funciona de maneira distinta. O centro-avante é realmente o responsável por concluir as jogadas de ataque da equipe. Não seria correto dizer que o time joga em função do camisa 9, mas a eficácia do sistema para esta posição dificulta a manutenção do elenco. Agora com Mandzukic o clube vê seu 3 camisa 9 (Falcão/Diego Costa) em menos de 2 anos. Apesar de tudo, o maior destaque da equipe vai para o futebol coletivo, redondamente jogado o tempo todo. A disciplina tática e a insistente repetição de jogadas idênticas impostas pelo treinador argentino são marcos revolucionários para o clube, que voltou a ser protagonista após cerca de 18 anos.



Contudo, esta final foi excepcionalmente diferente. Com apenas 2 partidas entre si, sem demais oponentes como no espanhol, por exemplo, onde além de ganhar o clássico não se pode perder pontos para os outros. Cristiano, novamente contundido, mal jogou o que realmente pode render. Di Maria estranhamente vinha amargando o banco, mas após o treinador italiano relatar o pedido do atleta para sair do clube, o argentino perdeu espaço até entre os relacionados. Estranho? Não! Di Maria abandona o projeto de coadjuvante eterno no Real Madrid para aparecer como estrela em algum outro time mundo a fora. Mas restam apenas 12 dias para o fim da novela janela de transferências e o jogador pode seguir no clube. James, assim como Kroos, ainda estão ganhando espaço...

FICHA TÉCNICA: ATLÉTICO DE MADRI 1 x 0 REAL MADRID

Local: Estádio Vicente Calderón, em Madri (ESP)
Data: 22 de agosto, sexta-feira 
Horário: 17h30 (de Brasília) 
Árbitro: Fernández Borbalán (ESP) 
Assistentes: Raúl Cabañero Martínez e Jorge Canelo Prieto (ambos da ESP) 
Cartões amarelos: (Atlético de Madri) Tiago, Koke, Raul García e Griezmann; (Real Madrid) Sérgio Ramos, Modric, Xabi Alonso e Cristiano Ronaldo 
Cartões vermelhos: (Real Madrid) Modric
Gols: (Atlético de Madri) Mandzükic, a 1 minuto do primeiro tempo

REAL MADRID: Casillas, Carvajal, Varane, Sérgio Ramos e Fábio Coentrão (Marcelo); Xabi Alonso, Modric e Kross (Cristiano Ronaldo); James Rodríguez (Isco), Bale e Benzema 
Técnico: Carlo Ancelotti

ATLÉTICO DE MADRI: Moya, Juanfran, Miranda, Godín e Siqueira; Gabi, Tiago, Raul García (Saúl) e Koke, Griezmann (Jiménez) e Mandzukic (Cristian Rodríguez) 
Técnico: Diego Simeone

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A verdadeira força jovem

(Foto: Denny Cesare/Agência Estado)
Acredito que aqueles que me conhecem, sabem que eu não gosto de torcidas organizadas. Logo, o título do post nada tem haver com as referidas agremiações. Falo da verdadeira força jovem MESMO, a da garotada. 

Alagoas teve uma grande estreia na Copa São Paulo de Juniores neste fim de semana. Real Deodorense e ASA foram bem, vencendo e empatando, respectivamente. O CRB conseguiu ir além.

Os garotos do Galo domaram fácil o Leão cearense. Acordei cedo pra ver o jogo, mas como a sintonia da minha TV não ajudava, acabei tendo só que ouvir mesmo a péssima narração da Rede Vida, e acompanhar pelo Tempo Real do globoesporte.com..

Antes de embarcar, o coordenador da Base regatiana, Thiago Paes, conversava comigo dizendo que se o conjunto funcionar, e a individualidade aparecer, nós poderiamos esperar grandes coisas dos meninos. E assim foi, pra alegria maior do lado vermelho da força, e daqueles que gostam/torcem pelo futebol alagoano.

Soberano do início ao fim, o CRB foi gigante. O Fortaleza não conseguiu jogar, a não se por uma bola sem-vergonha que foi na trave, em cobrança de falta. Lucas Fernandes foi o cara do jogo. Marcou duas vezes, e foi eleito pela FPF o melhor em campo. Merecido. Bruno e Pitico também merecem destaque.

Com um início destes, é impossível não ficar animado. Espero que todos consigam avançar às próximas fases, pois sei da competência dessa turma. Para os regatianos, um alerta: por favor, não se deixem levar pela goleada. Vencer é bom, da forma que foi, melhor ainda. Mas é preciso ter humildade acima de tudo.
Se fizerem isso, garanto que vão longe. Que a força esteja com vocês.

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Ê, Ponte Preta... Ê, Brasil...

(Foto: Daniel Garcia/LanceNet)
113 anos. Nem um único título de expressão. Rebaixado para segunda divisão em 2013. A chance de coroar o ano com o título da Sul-Americana. Todos os motivos para lutar até o último segundo de partida e... infelizmente, os pontepretanos terão que esperar mais um pouco para soltar o grito de campeão.

A campanha merece ser exaltada, afinal, tirar Vélez e São Paulo de qualquer competição não é para qualquer um. Porém, sempre condenei a covardia. Entendo toda a pressão envolvida, e também sei que jogar contra Argentinos, na terra deles, não é uma missão fácil. Mas, faltou colocar o discurso em prática, faltou acreditar, faltaram alternativas.

A Ponte Preta começou me surpreendendo, tirando os espaços no seu campo de defesa e procurando sair em velocidade, durante os primeiros dez minutos. O Lanús parecia nervoso, errava muitos passes na defesa. Aos poucos, a situação foi se invertendo, e apenas um time se manteve em campo.

A Macaca não conseguia ficar dez segundos com a bola nos pés, o que é abominável para qualquer equipe de futebol profissional. Para piorar, a bola parecia queimar nos pés dos alas da equipe alvinegra, forçando os volantes a saírem pelo meio, o que facilitou na ação dos defensores ‘hermanos’.

Após um momento irreconhecível, o Lanús foi para a guerra, e a Ponte começou a ceder. Os brasileiros não eram capazes de ganhar uma dividida sequer. Já os argentinos demonstravam espírito de campeão, e com facilidade chegaram aos dois gols do título ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa a Ponte até tentou, mas quando você desperta depois de 45 minutos em uma guerra, inverter a situação é praticamente impossível.

Engraçado que para os brasileiros é complicado jogar na Argentina. Só que vejo equipes argentinas se sentindo em casa no Brasil, até impondo medo. Por que o inverso não acontece? Simplesmente por falta de personalidade.


Enquanto perdemos tempo com medo da pressão Argentina, eles tiram onda. Mais um título, extremamente merecido, na conta deles. Na Sul-Americana: Argentina 6 x 2 Brasil.

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Será, produção???

Até agora não esta claro de Rogério Ceni permanecerá atuando pelo São Paulo em 2014. Seguem-se as indecisões, e várias especulações sobre os motivos que poderiam fazê-lo continuar atuando ou pendurar as chuteiras. De fato mesmo, nada!

Então vejamos pelo lado do ídolo, o que representa jogar mais um ano? É Rogério, pelo visto teria sido perfeito se aposentar em 2012. O goleiro virou mito, para os sãopaulinos, mas viu parte de seus fãs questionarem sua presença no elenco titular. Oscilou entre jogos memoráveis e partidas lamentáveis. Individualmente, perdeu seu grande tabu: cobrador de bolas paradas.
 

Mais um ano de contrato parece uma grande aposta. Com um bom time e boas atuações, poderia Rogério se redimir para com a torcida, mas também estaria se arriscando a repetir os feitos lamentáveis deste ano, e perder, também, credibilidade política dentro do clube. Eita “jogo de comadre”!

Devo lembrar, que quando demitido, Ney Franco chamou atenção para algo interessante. Segundo ele, Rogério questionava e se posicionava contra a presença do ex-treinador e de Paulo Henrique Ganso. Até o momento desta declaração, Ney poderia estar explicando porque foi demitido e porque Ganso amargurava a reserva. Exemplificando, portanto, porque qualquer presidente do clube do Morumbi quer ser visto perto do goleiro e ganhar, midiaticamente, seu apoio.

O que Ney Franco poderia estar ganhando com tais declarações? Já não estava mais no SPFC, conduzia um novo clube a novos números expressivos, dignos de outros trabalhos do treinador. Paulo Autuori veio e saio rapidamente, sem deixar saudades. Foi então que chegou Muricy Ramalho. Estranho é lembrar que em declarações do próprio Juvenal Juvêncio -ainda presidente do São Paulo- durante a ultima passagem de Muricy pelo tricolor paulista, que não gosta do modo como este treinador trabalha. Que não gosta do seu relacionamento com a imprensa. Que não Blá, blá, blá... E o treinador foi demitido um ano após ganhar por três vezes consecutivas o brasileirão com a equipe do Morumbi.


A situação do São Paulo não vinha digna de seu tamanho, e o clube relutou em contratar de novo Muricy. Vários treinadores passaram pelo São Paulo. Juvenal estava em baixa, e talvez não se reelegesse como presidente do São Paulo, mas convenientemente Rogério voltou a fazer grandes atuações. O mandatário engoliu seu orgulho e recontratou Muricy Ramalho, de forma provisória. Agora, a atenção dos são paulinos está voltada para quarta feira, quando Muricy deverá assinar novo contrato, e para o namoro, mais emblemático, de Rogério com sua renovação. E Juvenal? Convenientemente estranho... Eleições no São Paulo chegando, correto?

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Futebol é visto almoçando com política

Quando me falaram de empresas que são grandes de mais para fechar, acreditei que fossem, em sua grande parte, os bancos. Não os times de futebol. As empresas bancária têm renda fixa, literalmente. As pessoas depositam seu dinheiro, seus investimentos, e lá os deixam. Os times dependem da torcida, que varia conforme a situação do time nos campeonatos que disputa, e de seus patrocinadores, que não raramente descumprem os acordos firmados.

Lembro-me da crise de 2008. Mas que crise? Lembro-me que bancos faliram, empresas fecharam, países tiveram suas economias afetadas. Mas que países? Não o meu. Bem, aqui no Brasil a crise quase não foi sentida, mas onde ela foi?

Na Espanha, em pleno 2008, começo da crise, Florentino Peres renova a ideologia dos “galáticos” no Real Madrid e contrata os dois melhores atletas do mundo. Cristiano Ronaldo, por 92 milhões de euros, transferência mais cara da história até então, e o brasileiro Kaká, por 60 e tantos milhões de euros.

A crise, então, eclode; decola. Nesta mesma Espanha, seguem-se os anos com pessoas adulterando seus currículos, escondendo capacitações para não serem consideradas qualificadas demais para uma vaga abaixo de seu nível profissional e terem no final do mês um, baixo, salário. Mas o futebol segue crescendo... Real Madrid e Barcelona gastam como loucos em competição. Ozil, Di Maria, Khedhira, entre tantos outros do lado merengue e David Villa, Fábregas e alguns outros do lado catalão.

Mas espera, o clube de futebol F.C. Barcelona faz parte do grupo Barcelona e, portanto, do banco “Barcelona”. Será que a economia não estava tão fragilizada assim? Uma empresa pertencente a um grupo bancário, em um momento de crise na economia, podendo gastar tanto assim? Acontece que o Barcelona -clube de futebol- não podia perder torcedores para o momento político que ocorrerá na Espanha em 2014, então gastou tantos milhões em contratações pontuais e de “peso”, mas em contrapartida se aprofundou na loucura de aproveitamento da base, chegando a entrar em campo apenas com jogadores de suas fundações.

Agora entendamos um momento político diferente: O plebiscito para independência da Catalunha, marcado para 2014. Como sabemos -ou deveríamos saber-, a Espanha pode ser subdividida geopoliticamente em 4 porções, cada uma referente a um reino. Mas concentremo-nos na Catalunha. Essa poderá se tornar independente do território espanhol através de um plebiscito em 2014. Agora entendamos o que o clube de futebol Barcelona fez:

  1.  Acentuou os ideais de nacionalismo, “enlouquecendo” com o aproveitamento dos jogadores da própria base (jogadores e técnico);
  2. Manteve forte sua torcida, rivalizando com o arqui-“inimigo” Real Madrid na contratação de atletas de renome, como David Villa (maior artilheiro da história em jogos oficiais pela seleção espanhola) e Francesc Fabrégas (principal jogador do Arsenal e um dos principais entre os atuantes na Inglaterra, além de ser jogador da seleção e ter se formado nas categorias de base do F.C. Barcelona;
  3. Acentuou os ideais de nacionalismo, confeccionando uma camisa com as cores da Catalunha (mais vendida da história entre os segundos uniformes do “Barça”) para seu plantel.


O Real Madrid, entretanto, vendo a popularidade alcançada pelo seu arqui-rival, voltou a investir pesado e ganhar midialidade pelos números gastos. Quando, em 2008, o clube de Madrid trazia para seu elenco o português Cristiano Ronaldo, por 92 milhões de euros, ele não era aposta. Era o melhor jogador do mundo daquele ano, e a crise imobiliária (econômica) acabará de ter começado. Agora, em 2013, o mesmo clube de Madrid adicionou o Galês G. Bale a seu plantel, ao gastar nada menos que 100 milhões de euros, a transferência mais cara da história do futebol. Mas é aposta. Bale não é o atual melhor jogador do mundo. Não é o mais cotado para ser. Está atrás de Messi, Ribéry, Neymar, e do próprio Cristiano Ronaldo na atual cotação dos melhores do mundo. O Barcelona logo trouxe Neymar, oferecendo a seus torcedores a possível melhor dupla de jogadores da atualidade: Neymar e Messi. Além, é claro, de intensificar midiaticamente na promoção do brasileiro.

Para quem não sabe, na Espanha existe uma operação policial chamada de “operação pokemom”. Surpresos? Acontece que políticos desonestos não são exclusividade do Brasil. E na Espanha existe essa operação para identificá-los e prendê-los. Para isso, os policiais adotaram a frase “gotta catch them” como lema da operação. Mas, não me aprofundando neste caso, mesmo já tendo me aprofundado, imagino este cenário propício e essas relações duvidosas entre o mundo da bola e o mercado financeiro. Será que estão tão longe assim do mundo da política, também?


A Espanha foi escolhida nesta matéria apenas por causa do plebiscito do próximo ano. Existem outros bons exemplos no mundo da bola, como o caso do dono do Milan, da Itália, ser o atual ex-primeiro ministro italiano. Ou ainda aqui mesmo, no Brasil, com os diversos casos acerca da CBF, ou com o envolvimento específico de José Maria Marin com Sandro Rossell (presidente do Barcelona –que surpresa, não?!), ou até mesmo a questão do patrocínio da Caixa para com o Corinthians. Existem casos ainda como Romário, ex-futebolista que atualmente é deputado. Exemplos não faltam...
http://falepraquemquerouvir.blogspot.com.br/2013/12/futebol-e-visto-almocando-com-politica.html

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NO CONJUNTO DA OBRA, DEU A LÓGICA

(Foto: Getty)

Na pré-decisão comentei que a lógica e o conjunto colocava o Atlético-PR como favorito ao título da Copa do Brasil. A lógica por viver melhor momento, especialmente no Brasileiro, e o conjunto pela equipe ter importantes peças em diversos setores do campo. Porém também destaquei o risco que o Furacão estava correndo em decidir em pleno Maracanã.
Pois bem, em uma final em pleno Maracanã, lotado por rubro-negros cariocas, a lógica não poderia ser outra.

Quase ninguém acreditava - e me incluo nesta lista - a não ser os quase quarenta milhões de rubro-negros. Esses sim. Tinham certeza. Tanto que a equipe, envolvida por essa massa, pareceu encarnar o espírito aguerrido do Flamengo. O espírito vencedor.

Em nenhum momento, pude ver o nervosismo nos olhos dos torcedores, tampouco no dos jogadores. Pareciam tranquilos, esperando o momento certo de extravasar e soltar o grito de gol e de campeão. No fundo sabiam que o momento ia chegar, cedo ou tarde. E, diga-se, tinham todos os motivos do mundo para acreditar nisso.

O casamento da torcida com o time é de abrilhantar os olhos, o Flamengo é um dos poucos e privilegiados clubes que não necessitam, verdadeiramente, de uma equipe galáctica. Basta chamar a torcida, basta que os atletas que defendam essa camisa, entendam a canção que ecoa das arquibancadas, basta que eles entendam o mínimo de como é escrita a história do Flamengo.

Me precipitei ao julgar o Atlético como uma equipe mais conjunta, pois não é. Possui bons jogadores, de forma isolada, e só. Já o Mengão, possui apenas quarenta milhões nas arquibancadas somados a um elenco que mais parece uma família.

Dentro das quatro linhas, é difícil saber quem mais se destaca, e será mesmo que existe essa pessoa? Um não é nada sem o outro. Que o diga Wallace, jogador que hoje é a base da defesa rubro-negra, e teve como companheiro o jovem e seguro Samir. Assim como Luiz Antônio e Elias formam uma dupla sólida no meio. E impossível não destacar os ‘irmãos’ Paulinho e Hernane, que possuem tamanha generosidade, que até de frente para o gol, optam pelo passe para o companheiro que está mais bem posicionado.

Esse é o Flamengo de hoje, solidário, acoplado, sólido, constante e campeão. Um conjunto, que pode parecer limitado, porém que esconde uma força inexplicável. Que surge exatamente em momentos como os de hoje.

Tudo transcorreu conforme o roteiro. Afinal, por que o primeiro título de um clube no novo Maracanã ficaria com o Atlético-PR, quando poderia pertencer ao Flamengo? Simplesmente não seria lógico.

Mas é bom que fique claro que essa equipe, e essa torcida, fizeram por merecer. Esse campeonato registrou um grupo que viveu momentos de desacreditado, e que deu a volta por cima para se tornar o Campeão do Brasil.


Parabéns, a todos que são Flamengo. Esse título é de CADA UM de vocês.

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Campeão absoluto

(Foto: Marcos Ribolli)
Contestar a qualidade técnica do Campeonato Brasileiro deste ano não é loucura. Já colocar em xeque o tricampeonato do Cruzeiro, é inadmissível. O Brasileirão começou com muitos favoritos, como: Corinthians, Botafogo, Grêmio, Internacional e Atlético-MG. Outras equipes, como o próprio Cruzeiro, estavam no setor das dúvidas.

No caso da equipe celeste não é difícil de entender os motivos da desconfiança. Começando pelo (grande) técnico Marcelo Oliveira, duas vezes vice-campeão da Copa do Brasil no comando do Coritiba, o treinador nunca foi figura preferida da mídia ‘modinha’. O restante do elenco havia acabado de chegar e apresentava nomes contestados. A falta de entrosamento, a desconfiança em torno do treinador e de alguns atletas são justificativas aceitáveis. O discurso era que o Cruzeiro seria um time a ser temido em 2014...

De fato deve ser temido, mas a equipe decidiu encurtar um pouco esse período.

E esse trabalhou começou quando a diretoria, ao invés de visar um time de estrelas, passou a buscar um time competitivo. Sem um investimento de saltar aos olhos, a diretoria montou um elenco com jogadores de grande potencial, e o mais importante, com opções em todos os setores do campo. Ou seja, montou um grupo. Fator determinante para uma competição longa e de muita exigência física como é o caso do Brasileirão.

A trajetória da Raposa nesta competição começou com sonoros 5 a 0 diante do Goiás. Seguidos de certa instabilidade. Até que esse grupo decidiu aparecer. Fábio, Dedé, Egídio, Lucas Silva, Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart, Dagoberto, Willian, Júlio Baptista, Borges, enfim, melhor pontuar falando da equipe completa, afinal, todos foram decisivos em diferentes momentos.

Campanha indiscutível, técnico indiscutível, defesa e ataque indiscutíveis. Isso tudo reflete na regularidade, e no futebol bonito que o time mineiro está apresentando e encantando os amantes do futebol.

O título é digno do nome celeste, afinal, o Cruzeiro superou as dificuldades de um time montado em um curto prazo, e as todas as desconfianças para conquistar o Brasil.


Parabéns, Cruzeiro!

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A grande diferença


Foto: Gazeta Press
É fato que o Campeonato Brasileiro de 2013 não proporcionou grandes emoções. Especialmente na busca pelo título. Matematicamente, o Cruzeiro ainda não pode ser considerado o grande campeão brasileiro, mas a matemática que me perdoe. O título já tem dono, há muito tempo. Além dos 13 pontos de vantagem em relação ao segundo colocado, o time mineiro também administrou uma vantagem gritante no planejamento.

O grande diferencial dessa campanha pode ser visto nos números e no planejamento da Raposa. A equipe é a única do Brasileiro que consegue manter uma regularidade, aliando vitórias em casa, a surpresas quando joga fora de Minas. Vou pegar como exemplo da 30ª rodada para cá, quando o Cruzeiro já possuía uma ampla vantagem a seus ‘concorrentes’, se é que um dia realmente foram.

30ª rodada:

·         Cruzeiro: perdeu, fora de casa;
·         Atlético-Pr: perdeu, fora de casa;
·         Grêmio: empatou, fora de casa;
·         Botafogo: empatou, em casa;

31ª rodada:
·         Cruzeiro: venceu, em casa;
·         Atlético-Pr: empatou, fora de casa;
·         Grêmio: perdeu, fora de casa;
·         Botafogo: venceu, em casa;

32ª rodada:

·         Cruzeiro: venceu, fora de casa;
·         Atlético-Pr: venceu, em casa;
·         Grêmio: empatou, em casa;
·         Botafogo: perdeu, fora de casa;

São apenas três rodadas, mas resumem bem a parte decisiva da competição. O que falta de regularidade aos ‘concorrentes’, sobra para o Cruzeiro. Os adversários deixaram transparecer a falta de ambição. Por diversas vezes, Grêmio, Botafogo e Atlético-Pr não atuaram como equipes que visavam o título. Pelo contrário, pareciam focar na Copa do Brasil, ou até mesmo em se manter entre os quatro primeiros, para garantir uma vaga na Libertadores do ano que vem.

Apesar disso, a campanha da Raposa não pode ser colocada em xeque. Até o momento, são 21 VITÓRIAS, em 32 jogos.

Desde 2006, o Brasileirão é disputado com 20 equipes. Até então, o campeão com o maior número de vitórias, foi o São Paulo, em 2007, quando obteve 23 triunfos. É bem provável que o Cruzeiro supere essa marca.

Com um bom planejamento, o Cruzeiro montou uma equipe consciente e que sabia qual era seu objetivo. Diferente dos outros, que pareciam perdidos, a Raposa conseguiu, em apenas um ano, montar um grupo competitivo. Méritos para a diretoria e para o técnico Marcelo Oliveira, que souberam passar para o elenco, a seriedade e os objetivos do clube.


O título será a coroação de um ano muito bem planejado.

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