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Passou da hora


(Foto: globoesporte.com)

Incrível como um clube de tamanha expressão como o Palmeiras se tornou motivo de piadas. Como uma diretoria teve a capacidade de levar um clube de grandes histórias para a lama. Não vem de hoje, lógico. Desde que a equipe caiu para a segunda divisão pela primeira vez, as mudanças que deveriam ser feitas, não ocorreram e os erros se repetiram.

Ontem, mais uma marca negativa na história do Verdão. Jogando diante de sua torcida, contra o estreante na elite do Paulistão, Penapolense, foi vítima de sua própria desorganização. Óbvio que seus adversários tiveram méritos, e muitos. Com um a menos em campo, jogando fora de casa e enfrentando pela primeira vez uma equipe grande de São Paulo, venceu a partida.

No papel a superioridade dos alviverdes é indiscutível. Porém, ontem, os palmeirenses não viram isso dentro de campo.

(Foto: lancenet.com.br)
É verdade que o ano está começando, os jogadores ainda estão ganhando ritmo de jogo. Mas para uma equipe como o Palmeiras, que busca mais que tudo este ano, recuperar a paz, perder jogos como esse só pioram a situação. Um novo ano começou e muita coisa precisa mudar. O novo Presidente do clube assumiu recentemente, não teve tempo de mexer em muita coisa. Mas o tempo joga contra o Verdão neste momento.

Sem grandes reforços, um início de temporada regular, problemas internos a serem resolvidos, quanto mais o tempo passa, mais a paciência do torcedor vai se esgotando. Paciência é a palavra chave para o Palmeirense neste momento. A cobrança deve existir sim. Mas que venha acompanhada também do apoio, que, diga-se, nunca faltou. As vaias ontem foram merecidas. Alguns jogadores não concordaram, mas é uma reação natural de todo torcedor que vê seu time perdendo para outra equipe infinitamente inferior.

Se alguns vaiaram, também houve quem aplaudisse. Aplaudiram o que? A garra? O futebol apresentado? Acho que não. Esses que incentivaram sua equipe, sabem que seu apoio é fundamental para esses jogadores que representam seu clube. O clima já não é favorável, e se seus torcedores ficarem contra, de onde virá a força para reverter a situação tão incomoda no Palmeiras?

(Foto: lancenet.com.br)
Hoje, mais do que nunca, o torcedor palmeirense deve ir aos treinos e jogos. Para cobrar, reivindicar tudo o que tem direito e exigir muito da sua diretoria. E deve fazer o dobro na hora de apoiar, aplaudir e incentivar sua equipe. Esse é o papel do torcedor.

Agora todos do clube também possuem o seu papel, e toda a diretoria, como também os jogadores e membros da comissão técnica tem obrigação de buscar fazer o melhor e até o impossível em benefício do clube.

Os erros foram cometidos de todas as formas possíveis nesses últimos anos.

O Palmeiras merece respeito e já passou da hora de começar a modificar toda a situação e recolocar a Sociedade Esportiva Palmeiras entre os grandes clubes do Brasil.

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Chegou para mostrar serviço


Não foi a estreia dos sonhos, mas a primeira partida do Renato Augusto com a camisa do Corinthians correspondeu as expectativas. Ainda em fase de readaptação e em busca de melhor ritmo de jogo, o meia permaneceu os 90 minutos dentro de campo. Não fez uma atuação espetacular, porém mostrou que veio para ser titular.

No início da partida, o meia mostrou que estava a fim de jogo. Ajudou na marcação, pressionou, apareceu para o jogo e teve a felicidade de fazer um belo cruzamento para Romarinho mandar a bola para o fundo das redes. Além de mostrar uma grande visão de jogo e errar poucos passes.

Independente de time reserva ou titular, uma estreia é sempre importante. Tanto para o jogador como para o torcedor. É a primeira impressão que o jogador vai dar à torcida. Imagine o tamanho da pressão diante de uma das mais exigentes torcidas do Brasil.

É logico que o cara está acostumado com pressão, e não seria um jogo contra o Mirassol, com todo respeito a equipe, que faria o jogador tremer na base. Não poderia e não fez. O jogador demonstrou muita vontade, o que é fundamental para agradar qualquer corintiano. O técnico Tite também deve ter ficado bem satisfeito com atuação do craque. Mesmo indo para o ataque, armando a equipe, o meia também voltava para recompor a zaga, o que é visto com bons olhos pelo comandante.

Apesar da partida ter sido muito fraca tecnicamente, com duas equipes muito limitadas dentro de campo, pela vontade apresentada e pela eficiência, Renato Augusto, deixou a Fiel bem esperançosa para sua continuidade na equipe.

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As aparências podem enganar


Na tarde deste quente domingão na capital alagoana, o CSA foi a campo diante do modesto Sport Atalaia, em partida válida pela 5ª rodada do Estadual 2013. Vindo de uma dolorosa derrota em casa, a equipe do Mutange tinha como obrigação pelo menos mostrar um futebol mais eficiente do que o apresentado no último confronto, quando levou 3 gols em menos de 20 minutos.

Começado o jogo, o torcedor deve ter ficado um pouco apreensivo. Os erros vistos na partida anterior pareciam querer se repetir. É sabido que o técnico Lorival Santos ainda não tem 100% do elenco a sua disposição, mas eu particularmente não gosto muito do esquema tático adotado.

Quem acompanha, sabe as dificuldades que o time vem tendo quando precisa armar jogadas. Só há um homem pensante dos quatro que compõem a linha média do campo desde que o campeonato começou, e isso reflete diretamente no baixo poderio ofensivo do time. Até a partida de hoje, o CSA só tinha balançado as redes em 4 oportunidades, sendo duas delas de bola parada, o que comprova a tesa da dificuldade de se chegar ao gol adversário.

Foto: Viviane Leão/ Globoesporte.com
Neste domingo, mesmo diante de um adversário mais fraco, os equívocos continuaram aparecendo, salvo um ou dois bons momentos. Citando alguns nomes, o atacante Mendes, mesmo com 36 anos, foi um dos jogadores que mais buscou o gol. Além dele, o meia Rodriguinho enfim fez uma boa partida, dando alguns bons passes e finalizando perigosamente em outras oportunidades.

No meio do primeiro tempo, um dos atletas do Sport foi expulso, fator que poderia trazer um pouco mais de segurança e eficiência ao time marujo, mas não foi isso que se viu. Os erros continuaram aparecendo, e mesmo com um homem a mais em campo, o CSA não conseguiu marcar. Vale ressaltar que o adversário, além do jogador expulso, estava em uma tarde de tão pouca sorte, que precisou fazer as três alterações que tinha direito ainda na primeira metade do jogo, todas por motivo de contusão.

Na segunda etapa, viu-se um CSA disposto, mas que continuava sem ligação. Rodriguinho até tentava, mas o time basicamente sobrevivia ofensivamente por conta da velocidade de Robério, que até hoje só mostrou que sabe mesmo correr. Lorival Santos, sabendo da superioridade numérica, lançou o atacante Everaldo no lugar do lateral Fabiano. Com isso, Celico, que é originalmente do ramo, foi fazer a função durante o resto do jogo. Mesmo com essa ruma de atacantes, para balançar as redes foi necessário um pênalti. Mendes bateu, e marcou o seu primeiro gol com a camisa azul mais bonita do Nordeste.

Depois desse, como diz a gíria futebolística, "abriu-se a porteira". No meu ver, não por mérito do CSA, mas por conta do contexto do jogo. Vieram mais duas baixas no Sport, uma por expulsão e outra por contusão. O time que era frágil com 11 em campo, quando passou a ter 8, parecia mais os Cuzetas. (Entendedores entenderão).

Aí tudo ficou muito mais fácil. Com um pouco mais de pressão, apareceu um caminhão de gols. Rodolfo, Garopaba, e Everaldo, por duas vezes, fizeram para o CSA. Para completar a tarde mais sem sorte do Sport Atalaia nos últimos anos, o zagueirão Erivaldo ainda fez um, só que contra.

Foto: Viviane Leão/ Globoesporte.com
Um sonoro 6x0 no placar, torcedor feliz da vida pelo time ter vencido após o revés da última partida...mas ainda fica um pouco de dúvida, pelo menos para esse blogueiro que vos escreve. O jogo de hoje não condiz com a realidade apresentada até o momento, até porque o resultado foi fruto de uma série de fatores negativos por parte da equipe do interior. Até o momento que estavam jogando 11 contra 11, a partida estava amarrada, como normalmente vem sendo os jogos do CSA.

Um dos momentos mais esperados pelo torcedor finalmente aconteceu hoje, que foi a entrada do meia Mithyuê, durante o segundo tempo. Eu particularmente gosto muito do futebol do rapaz. No jogo ele mostrou estar com vontade, mesmo ainda fora da sua melhor forma física. Entrou bem, e conseguiu dar uma assistência. Tudo bem que o jogo já estava em ritmo de treino, mas foi bom para o garoto pegar ritmo e mostrar que está afiado. O time está carente de jogadores assim.

Não adianta insistir em um meio campo mais defensivo, quando se tem a zaga mais sólida da competição. Se o Rodriguinho continuar como titular, está bem claro que ele vai precisar de ajuda. Seja do Mithyuê, seja do Washington quando ele voltar, mas que vai, vai.

O ataque vive isolado, e até hoje só tinha marcado um gol. Lorival, no meu ver, vem fazendo boas mexidas no time durante o jogo, mas até o momento não escalou um 11 inicial decente. Tudo bem que estamos no início de temporada, mas o estadual é a única oportunidade concreta que o clube tem no ano do seu centenário. E se o azulão pretende alçar vôos maiores, ainda é preciso melhorar.

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Pitacos sobre a convocação

O técnico da seleção brasileira de futebol, Luíz Felipe Scolari, anunciou na tarde de ontem (22) a lista dos convocados para o amistoso contra a seleção da Inglaterra, no próximo dia 6 de fevereiro. Foi a primeira lista feita pelo treinador, desde que foi acertado o seu retorno ao posto de comandante da seleção canarinho, no fim do ano passado.


Foram chamados 20 atletas, a maioria deles atuando no futebol europeu. As principais novidades foram os retornos de Ronaldinho Gaúcho, do goleiro Júlio César, atualmente no Queens Park Rangers da Inglaterra, de Felipe Luís, aquele lateral-esquerdo do Atlético de Madrid que o Dunga já tinha chamado algumas outras vezes e a primeira convocação do zagueiro Dante, que joga no Bayern de Munique, da Alemanha.

Vejamos a lista completa:
Foto: Editoria de arte/ Globoesporte.com

O goleiro do Queens volta a seleção após uma Copa América onde todo o elenco desapontou. Hoje, aos 33 anos, Júlio vive boa fase no seu clube, apesar do time estar na lanterna do campeonato. Se não fosse pelo arqueiro brasileiro, a situação do Queens estaria muito pior. Acho válida sua convocação tanto pela experiência, quanto pela sua qualidade. Na ausência de Thiago Silva, seria o meu capitão.

No gol, além de Júlio César, também foi chamado o arqueiro do Valencia-ESP, Diego Alves. Jovem, ágil e com bons reflexos, o ex-jogado do galo mineiro é uma boa opção para a reserva, apesar de que, hoje, na minha opinião, a vaga deveria ser do Diego Cavalieri, do Fluminense.

Nas laterais, o retorno de Felipe Luís não deve ser considerado nenhum absurdo. Ele é bom jogador, apesar de não estar tanto na mídia. Sabe recompor bem o time, chega bem a linha de fundo e tem bom cruzamento. Junto com Falcao Garcia e todo o grupo, está ajudando o Atlético de Madrid-ESP a fazer uma bela campanha no campeonato espanhol. 

Já em relação ao futebol dos laterais do Barcelona, não há o que discutir. Falta um reserva bacana para a lateral-direita, mas como se trata de um amistoso não tem razão para criar stress neste momento, já que o Adriano pode fazer a função. Marcelo, lateral do Real Madrid, está se recuperando de cirurgia, por isso está fora. Caso contrário, estaria na lista.

David Luiz continua soberano na nossa linha defensiva. Em campo, acredito que seu companheiro será o ex-são-paulino Miranda, que assim como Felipe Luís, vive bom momento no Atlético de Madrid-ESP. Leandro Castán, zagueirão ex-corinthiano atualmente no Roma-ITA, vive ótimo momento e cada vez mais vem ganhando destaque no limitado time italiano. Merece a vaga.

Dante, pra quem não conhece, é um ótimo zagueiro. Mito para os amantes do Futebol Manager, o zagueiro do Bayern saiu do Brasil muito cedo. Revelado pelo Juventude-RS, Dante construiu sua reputação na Europa. Jogou por clubes da Bélgica e da França, até chegar em 2009 no Borussia Mönchengladbach-ALE, onde finalmente começou a ser reconhecido.  Em abril de 2012, o zagueiro foi negociado com o time de Munique, e vem fazendo uma grande temporada.

Agora, vamos falar da melhor parte: Os volantes.

Cara, eu achei fantástico!

Finalmente não temos mais aquele voltantes "brucutus", tipo Felipe Melo. Com a modernização do futebol, ter meias mais defensivos que saibam sair jogando e que toquem bem a bola é fundamental. Conhecedor dessa nova realidade, Felipão chamou Paulinho, Hernanes (que há muito tempo deveria ter tido uma nova chance), Ramires e Arouca. A combinação que o professor resolver usar, estará muito boa. São todos ótimos jogadores.

Na armação, a editoria de arte do globoesporte.com coloca só o Oscar e Ronaldinho, mas eu não consigo ver o Lucas como um atacante. Então, vou considerar os 3 como meias ofensivos. O nome do Oscar ninguém pode discutir, está jogando bem demais no Chelsea, e com a camisa da seleção fez ótimas partidas. O mais novo jogador do Paris Saint German também vive momentos de graça. Sempre muito constante e participativo, Lucas conquista cada vez mais admiradores com seu bom futebol. Tem que estar no grupo.

Ronaldinho sempre foi inconstante quando vestiu a amarelinha, mas depois que recuperou a felicidade de jogar bola ao assinar com o Atlético Mineiro, pode dar o padrão, a calma e principalmente a experiência que os mais novos precisam. Tem que vestir a camisa da responsabilidade e colocar na cabeça que é uma referência. Se fizer isso, estaremos muito bem representados.

O ataque é fazedor de gols, cara. Uma das poucas coisas que eu não gostava do Mano era que ele sempre barrava o Fred. Agora com ele, e com o Luís Fabiano na reserva, com certeza voltaremos ao esquema com  a presença de um "camisa 9" tradicional, aquele sujeito que é bom cabeceador, referência. Ao lado de um deles, estará Neymar. 

Que dupla de ataque, ein? Com uma dessas, não há defesa que não fique preocupada!

No banco, ainda temos a presença de Hulk. Muitos o criticam, mas eu gosto do futebol do rapaz. É uma boa arma para o segundo tempo, tem outra proposta de jogo, e um chute de esquerda que lembra os bons tempos do Adriano Imperador.

É isso.

Felipão me surpreendeu, só que positivamente. Acho que não existiu nenhum jornalista, corneta que tenha achado a lista ruim. Está tudo dentro da coerência. Ainda acho que o Cavalieri poderia ter sido chamado, mas só.

E o Kaká?

Sem jogar complica, né? Assim fica mais difícil. Futebol a gente sabe que ele tem, mas precisa mostrar.

Dá pra perceber que o Felipão está tentando tirar a o peso da responsabilidade na garotada. Ao chamar nomes mais experientes, jogadores mais rodados, ele faz com que a seleção ganhe uma nova roupagem e passe a trabalhar com uma postura mais comprometida. Fico feliz em saber que ainda há esperanças. Porque sem dúvidas elas foram renovadas depois dessa lista. A teoria está linda, agora só precisamos comprovar a prática.

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Os bons filhos a casa tornam



Alexandre Pato, Renato Augusto e Lúcio retornaram. Provavelmente, Elias se juntará à caravana dos jogadores que estão saindo da Europa rumo ao Brasil. Dentre os quatro citados, o único que se deu bem 'lá fora', foi o veterano zagueiro Lúcio. E mesmo assim se te perguntarem onde o xerifão fez história, é bem provável que você diga na Seleção Brasileira, não no Bayern de Munique ou na Internazionale.

Os brasileiros que atuam fora do país estão retornando, muitos ainda jovens e com uma instabilidade enorme na carreira.

Afinal, o que faz o exterior ser tão atrativo?

Hoje é muito comum as futuras promessas do futebol brasileiro desejarem jogar fora do Brasil. Não digo nem em grandes clubes, pois já vi muitos irem pra onde Judas perdeu as botas, jogar na 2ª divisão...
O que importa hoje não é o futebol e sim quanto o cara vai ganhar. O dinheiro fala mais alto e a safra de jogadores que sonham em entrar para a história do futebol é cada vez mais rara. Não importa se você é contratado para ser titular ou reserva de um clube da primeira ou quarta divisão dos piores campeonatos de futebol do mundo, contanto que o jogador receba uma tonelada de dinheiro, tudo vale.

Não menosprezo o campeonato Chinês, Japonês, Russo ou qualquer um que seja, todos tem sua importância dentro de seu país, mas é sacanagem ver uma grande promessa do Brasil, sair de um dos mais disputados campeonatos do mundo, sendo convocado pra Seleção Brasileira, e ir jogar na Rússia, como foi o caso do volante Jucilei, ex-Corithians. Resultado? Está ganhando o dinheiro dele, mas não voltou a ser convocado e está completamente esquecido. 

Esse é o diferencial dos clubes de fora. Dinheiro. Quantos já não foram jogar no Qatar? O motivo só pode ser dinheiro né?!

Outro exemplo é do atacante Robinho, uma das maiores decepções do futebol brasileiro.

Não consegue mostrar o seu futebol desde que saiu do Santos. Passou por Real Madrid, Manchester City, retornou ao Santos, por empréstimo, e agora está no Milan. Incrível como sempre foi convocado pelos treinadores que passaram pela Seleção, mesmo que, na maioria das vezes, não merecesse. E logo deve estar de volta ao futebol brasileiro. Ganhou muito dinheiro, em um curto período fez sucesso, mas não entrou para história.

Se pararmos para pensar como seria a carreira do volante Elias, se não tivesse saído do Corinthians rumo ao Atlético de Madrid? Provavelmente teria uma Libertadores e um Mundial no currículo. O que ganhou na Europa? Experiência. E agora pode ganhar uma chance de voltar a jogar o seu verdadeiro futebol pelo Flamengo.

O exterior não reserva flores para todos. Se não jogar, tá na rua, simples assim. Tantos se iludem por acharem que lá vão ter o mesmo tratamento que tem aqui. Mas, na verdade, não valem absolutamente nada desde o momento que chegam. Só serão valorizados se derem resultado.

A questão é que a mentalidade tem que mudar, o campeonato e os clubes brasileiros devem ser mais valorizados pelos jogadores do próprio país. A paixão pelo esporte deve voltar a ser prioridade para os atletas, não ganhar fortunas sem nem sequer ser lembrado pelos torcedores dos clubes que defendeu. 

Não estou dizendo que os sonhos pessoais de cada jogador, como joga fora do país, não devam se realizar, que eles devem ficar no Brasil. Todos tem esse direito, é obvio, mas que saiam para entrar para história do futebol. E que tenham mais carinho com o futebol nacional e seus clubes. 

Temos exemplos de jogadores fantásticos que não precisaram sair do país para serem reconhecidos pelo seu trabalho, como Rogério Ceni e Marcos. Dois goleiros com carreiras brilhantes em seus clubes. Esses sim, serão eternizados, lembrados como ídolos. 

Imagine como pode ser a carreira do Neymar sem sair do Santos, imagine como seria se todos os craques que revelamos ficassem no Brasil, como seria ainda mais emocionante o futebol brasileiro.

Temos um dos melhores campeonatos do mundo e revelamos jogadores espetaculares todos os anos. A combinação é perfeita. E neste inicio de 2013 estou muito feliz em ver jogadores de alto nível retornando ao Brasil. O Campeonato Brasileiro deste ano promete ser muito emocionante e recheado de craques. Espero que com isso os garotos que estão começando agora possam vir com uma nova mentalidade, dando mais valor para seu país, que comecem buscando mais que dinheiro e possam fazer história no futebol.

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Falta seriedade.


Hoje aconteceu o esperado Ballon d'Or, da FIFA, que premia os melhores jogadores e técnicos do ano. Há quem concorde, há quem não, com Messi ter ganho novamente. Mas uma coisa me chama a atenção: qual é o critério que o órgão usa para eleger o melhor do mundo? Os títulos que o jogador ganhou com sua equipe e seleção ao longo da temporada, ou o talento individual? Messi e Cristiano Ronaldo são incríveis individualmente, e por isso foram indicados, visto que não ganharam grandes competições; o português ganhou um título melhor - o espanhol - e Messi, apenas a Copa do Rei. Iniesta não se destaca como os outros dois individualmente: não é um atacante, nem vive fazendo gols incríveis, nem dá dribles desconcertantes como os outros, mas é muito importante na seleção espanhola e no Barcelona, e ganhou com seu país a Eurocopa, um título de maior peso.

Analisando o individual e os títulos, Iniesta não seria, então, o mais completo? E Cristiano Ronaldo, por ser excelente jogador e ter ganho um título importante (o espanhol), não deveria ser eleito melhor que Messi? Ao meu ver, falta critério de avaliação; até porque se Messi e Cristiano Ronaldo foram indicados por seu talento individual, Neymar merecia estar na lista dos 3 melhores, pois individualmente é melhor que Iniesta. Olhando pelo lado dos títulos conquistados, a FIFA esqueceu da UEFA Champions League, visto que só levou em consideração jogadores que atuam na Espanha. Barcelona e Real Madrid são incríveis, mas não foram os melhores times da temporada e não mereciam ter tamanho destaque quando nomearam a "Seleção do mundo". Aliás, o termo correto seria "Seleção da Europa": a escolha é preconceituosa, esquece que há futebol fora da Europa; e agora não valoriza nem o futebol fora da Espanha.

Segue a lista com os melhores jogadores do ano, com apenas um jogador (Neymar) que atua fora da Europa:


Os méritos de Drogba foram enormes, ele foi protagonista da vitória do Chelsea sobre o Bayern, na final da Champions League; e o jogador ficou uma classificação abaixo de Pirlo. O que o italiano fez e conquistou para conseguir a 7ª posição? Neymar ficou em 13º, van Persie, o artilheiro do campeonato Inglês, está em 9º, Balotelli, campeão do English Premier League ficou em 23º e Robben, vice da UEFA com o Bayern de Munique, nem sequer entrou na lista. Ainda em comparação com Pirlo: a importância de Neymar para o Santos, e a habilidade dele não o torna melhor que o italiano? van Persie e, Balotelli e Robben também não mereciam estar melhor posicionados? A lista está cheia de irregularidades, ao meu ver.

A cada ano, essa premiação perde sua credibilidade, pois não é levada a sério. A FIFA não é parcial: valoriza a Europa e a Espanha, e não os melhores jogadores ao redor do Mundo. O Ballon d'Or trata-se, agora, de uma solenidade que só serve para alimentar discussões sobre Messi ser, ou não, melhor que Cristiano Ronaldo.

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