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Pra frente Brasil


 Chegou o tão esperado dia. Hoje 90% da população brasileira vai estar pintada de verde e amarelo. Com o coração ansioso, aflito e com a vontade de soltar novamente o grito de campeão. Chegamos na final e  vamos encarar os melhores do mundo, título que estávamos acostumados a ter. Se o momento é para escrever uma nova história, não vejo melhor início do que um título no maior palco de futebol do país e contra a melhor equipe do mundo.

O torcedor está fazendo o seu papel. Em sua maioria, satisfeito com as apresentações da Seleção. Nesse ponto discordo de muitos, pois contra a filosofia de 'futebol por resultado', especialmente se tratando de Seleção Brasileira. Sempre fomos maiores que isso, exemplo para o mundo e temos capacidade para seguir essa linha.

O Brasil é o berço do futebol. O maior celeiro de grandes jogadores do mundo. Temos uma Seleção quase perfeita que, se bem encaixada e postada taticamente, pode nos proporcionar um belo espetáculo, sem perder a objetividade.

Hoje é dia de final. Final que pode servir para iludir muitos torcedores, como já aconteceu no passado. Como também pode ser uma alavanca para essa molecada que está ingressando em competições de nível internacional agora.

Favorito? Clássico é clássico e vice-versa. Sabemos que iremos enfrentar a atual campeã do mundo, bi campeã da Eurocopa e que vem encantando todos por onde passa. Mas se olharmos por outro lado, estamos em casa, somos pentacampeões mundiais, temos tantas e tantas histórias com esse esporte que se torna perigoso afirmar que os espanhóis são favoritos. Ainda mais se tratando de apenas um jogo, onde uma vitória pode não traduzir o melhor futebol.

Vou confessar que estava com saudades desse clima. Acordei ansioso, confiante no título como todo torcedor brasileiro, mas também com aquele receio natural. Estou com uma vontade enorme de ver o Brasil jogar e já não sentia isso a muito tempo. Não estou sendo contraditório. Ao longo dessa Copa das Confederações, critiquei muito a forma de jogar da Seleção e vou persistir nisso até que seja constatada uma verdadeira evolução tática. Em contrapartida sempre deixei claro que as vitórias são frutos da especialidade do Felipão em competições de 'tiro curto', da formação de um grupo e que, consequentemente, dão mais confiança para os atletas e torcedores.

Escrevi um texto na 'era Mano' falando que não acreditava que o Brasil pudesse resgatar seu futebol com essa geração de jogadores, porém sempre relutava muito contra isso. O Felipão ao mesmo tempo que me revoltou com seu estilo de jogo, também me fez perceber que ainda temos uma Seleção Brasileira, só falta variar, alternar, experimentar.

É pra ficar alegre? Lógico que sim. Satisfeito? Não, isso não.

Hoje é dia de final e estou louco para ver o Brasil inteiro parado. Nas ruas, nos bares, em casa, focados na Seleção Brasileira. Voltar a enxergar como é fantástico o que esse esporte pode nos proporcionar.

A história começa a ser reescrita hoje.

Pra frente Brasil!

*Esse vídeo me arrepiou! A música é clássica e se encaixou bem com os lances apresentados.

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O meu Brasil x Uruguai

Decepcionante. Assim eu, Henrique, classifico o jogo da seleção diante do Uruguai, em pleno Mineirão lotado, e que rendeu a classificação brasileira para a final da Copa das Confederações. Pra um grupo tão estrelado e tão cheio de talento, um jogo horrível desse não pode arrancar tantos aplausos de uma arquibancada.

Mas nós estamos na final! Por que iria ficar decepcionado?!

Porque nós pudemos comprovar mais uma vez, que o nosso meio campo, no que se refere a questão ofensiva, está pior do que o cocô do cavalo do bandido. Oscar de novo perdido em campo, sem saber o que fazer. Hulk como sempre muito disposto, mas o mau momento pesa mais do que a vontade de ajudar. E Neymar, que era a grata surpresa do nosso time, se escondeu.

(Foto: Getty Images)

Resultado? Mais uma vez não criamos, não ofendemos, não agredimos. Fizemos porcaria nenhuma. O gol do Fred saiu em um dos poucos momentos de lucidez do time, quando enfim resolveu trocar passes, e tentar lançamentos. E o do Paulinho, após um escanteio safado já em um momento de pressão.

E o que falar da zaga hoje?

Nossa defesa, sempre muito elogiada, hoje cansou de fazer cagadas. David Luiz, em um surto de loucura, cometendo um pênalti infantil, e Thiago Silva entregando de graça a bola no empate dos Uruguaios. Sorte nossa que o Júlio César estava em um dia bom.

Quer dizer que nos classificamos na sorte? Não podemos trazer nada de positivo do jogo?

Não digo que foi na sorte, foi no aproveitar das chances. Como nós já vinhamos falando ao longo de toda a nossa análise, seja aqui, no Intervalo de Jogo, ou Na Rádio CBN, o selecionado Uruguaio já não assusta tanto. Vivem de Cavani, de Suárez e das poucas investidas de Forlán. Hoje esses três quiseram incomodar, e até conseguiram, mas chega uma hora que o jogador chega no limite, e cansa. Cavani foi monstro, correu uma barbaridade. Mas cansou, pra nossa sorte.

E de positivo, podemos trazer o choque de realidade. Que, confesso, até eu estava precisando. Desde o jogo contra a Itália, eu quis acreditar que a vontade e o empenho demonstrado pelos jogadores poderiam ser apoiados e exaltados.

NÃO.

Precisamos melhorar muito. Mas muito mesmo. Precisamos definitivamente arrumar aquela bagunça na armação. Por que DIABOS o Jádson não ganha a vaga do Oscar? O grande barato da posição é PARAR, PENSAR, e PASSAR, e isso o dez do São Paulo sabe fazer bem pra caramba. O Oscar sabe correr, sabe driblar e chegar na frente. Trocando em miúdos, o cara é um meia-atacante querendo pagar de meia-armador.

(Foto: Reuters)
Felipão, meu querido. Nos ajude, cara.

Por que o Dani Alves ainda é titular? Vai dizer que você está satisfeito com esse rendimento de várzea?

ACORDA!

Acho que é isso. Pelo menos por enquanto. Pode até parecer absurdo, mas eu queria muito que o jogo contra a Espanha fosse como o Barcelona x Santos do Mundial de Clubes do ano retrasado. Precisamos provar para o povo, do jeito mais chocante, que o nosso esquema está atrasado. Que nós não podemos ficar satisfeitos em ver nossa seleção jogar pelo resultado, e nos esquecer de vermos ela jogar, realmente, o futebol brasileiro.

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O despertar

(Foto: Getty)
Como é bom ter um craque em campo. Os brasileiros se acostumaram a ter um diferencial na Seleção, mas o atual responsável por esse papel dava indícios de que seguiria em constante fase de adaptação. Mesmo sendo prejudicado com o sistema de jogo imposto pelo Felipão, Neymar estava devendo e a torcida nunca deixou de pegar no seu pé. De forma justa, pois jogadores como ele sempre devem ser cobrados, afinal, fazem a diferença.

Não podem, nem tem a obrigação, de levar uma Seleção 'nas costas'. Ainda mais se tratando do Brasil, que possui excelentes jogadores que juntos formam um elenco fantástico. Mas são caras como Neymar, que aparecem nos momentos mais complicados, quando o conjunto não está dando conta do recado.

Ontem, quarta-feira, 19 de junho de 2013, Neymar assumiu seu papel dentro da Seleção Brasileira. Correu, buscou o jogo, marcou outro golaço, driblou, apanhou e deixou o melhor para o final.

O lateral direito Hiram Mier, sofreu para parar o craque brasileiro e a única solução encontrada foi bater o jogo inteiro. Aliás, como bate esse time mexicano. Mas, enfim, a cada porrada que levava, Neymar procurava responder na bola, apesar de ter abusado um pouco das faltas. O camisa 10 esperou o momento certo para revidar todos os pontapés, empurrões e carrinhos que levou.

O cronômetro se aproximava dos 48 minutos da etapa final, Neymar recebeu e foi cercado pelos defensores Hiram e Francisco Rodríguez. Para qualquer um, a jogada terminaria em um escanteio ou na roubada de bola do México. Foi então que o tão esperado e característico brilho do futebol brasileiro apareceu: um drible sensacional de Neymar, que passou entre os dois defensores, invadiu a área e encontrou Jô, sozinho para completar para as redes. Espetacular. Genial. Fantástico!

(Foto: Flavio Florido/ Uol)
Como é bom ver a camisa 10 do Brasil bem servida novamente. O futebol brasileiro é assim, alegre, bonito, moleque, solto, envolvente, características que o tornam inigualável. Vai buscar isso na Espanha, na Alemanha, ou em qualquer outra Seleção do mundo, te desafio a encontrar.

A fase não é boa, o esquema tático imposto limita o que o Brasil tem de melhor. Jogadores como Neymar, Oscar e Lucas ficam congelados em um parte específica do campo e fazendo funções diferentes das apresentadas em seus clubes. Soltem esses caras no campo pra ver o que acontece. Lógico que a disciplina tática deve existir, não é simplesmente entrar e jogar de qualquer jeito, mas a tática está errada, mas isso é assunto para outro texto.

O jogo não foi bom. A Seleção sequer manteve o futebol regular que apresentou contra o Japão. Mas a partida serviu para despertar a fera que estava quase adormecida e vivia, até então, de alguns lampejos no time de Luiz Felipe Scolari.

Repito: o esquema limita muito sua atuação, porém craque é craque. Quando um jogador desse nível decide mostrar sua cara, fica muito difícil de segurar.

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Azzurra

A Itália não pode ser vista, coletivamente ou individualmente, como a melhor seleção do mundo. Não pode ser vista como o melhor trabalho técnico desenvolvido. Não pode ser vista como fraca, afinal, é Itália. É Itália de Ballotelli, atacante que ao chegar no milan alavancou o clube da vice-lanterna ao 3º colocado nacionalmente. É a Itália de Adrea Pirlo, veterano dos pés preciosos e É a Itália de Sharawly e Montolivo, responsáveis por desconcertar e auxiliar o Super Mário. Não é o campeão Europeu, tomou um chocolate na ultima eurocopa, mas... Foi à final e só foi derrotada pelos super badalados espanhóis. A tão badalada Alemanha, mãe dos finalistas da ultima champions league, abaixou a cabeça para lamentar seu último jogo contra a Azzurra, na semi-final da eurocopa passada.

É da Itália, o melhor sistema defensivo do mundo. Desde Arrigo Sacci no Milan, com o modelo de defesa mais fenomenal de todos os tempos, estudado até hoje pelos treinadores europeus que querem melhorar seus sistemas defensivos, como confessou ter feito J. Kloop, técnico do Borussia. Talvez não tenha os melhores zagueiros, pois creio que T. Silva seja o melhor e Dante o 2º -pessoalmente, acompanho muito o futebol europeu, e considero Dante melhor, e muito, do que David Luis-, mas eles têm Chielline e Barzagli, defensores que constam em qualquer lista dos melhores zagueiros do mundo. Um lateral hiper velos, cuja única função é correr pela direita -Abate- e um excelente lateral na esquerda -Sciglio. Possivelmente o melhor volante do mundo, D. De Rossi, e o melhor segundo volante do mundo Pirlo.

Emfim, é um time que está em nossa chave, que não é badalado, mas a última coisa que faz é ser fraco.

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O fator Pirlo

Não, a Itália não é, nem de longe, a seleção mais forte dessa Copa das Confederações. É um elenco muito bom, que vem se renovando, aos poucos, vai encontrando uma cara legal, e pode sim ser encarada como aspirante ao caneco. Lógico que o italiano fica confiante, mas não de maneira exagerada. Acredito que todos lembram do baile sofrido diante da Espanha, na Euro do ano passado, quando o time parecia "pronto".

(Foto: André Durão)
A Azzurra estreou na competição com, na tese, a terceira força do Grupo A. Os mexicanos, chatos algozes brasileiros, não vivem uma fase muito boa. Assim como a seleção do Uruguai, os conterrâneos de Chaves e Seu Madruga vivem de lampejos de alguns bons jogadores, como é o caso de Chicharito, Giovani dos Santos e Andrés Guardado. Convenhamos, pouco pra quem quer ser considerada "concorrente".

Do lado italiano, viu-se um time mais jovem, mais disposto e com mais toque de bola. Com um esquema tático moderno, que procura extrair o melhor de seus jogadores, o competentíssimo Cesare Prandelli está com uma equipe bastante competitiva nas mãos. Na defesa, nomes consistentes como Chiellini e Barzagli, que apesar da falha no gol mexicano, é um ótimo zagueiro. No ataque, o sempre polêmico Balotelli, sendo municiado pelos bons Giaccherini e Marchisio.

Mas o melhor do time está, sem dúvidas, na parte mais central do gramado. É lá onde a estrela maior da Squadra brilha. O velho, mas quase sempre decisivo, Andrea Pirlo, soberano na meia-cancha, ditando o ritmo da partida. Com passes precisos, e um gol de falta magistral (mais um, diga-se de passagem), o jogador se mostrou o líder de uma nova e promissora Itália.

Itália essa que fez um bom jogo, correu, criou, e mereceu vencer. Balotelli, como sempre, muito perigoso, foi o mais acionado lá na frente, e incomodou bastante o goleiro Corona. Fez o dele no fim, garantindo o triunfo azul. Mas o grande barato Italiano é ter Pirlo.

Consciente em praticamente tudo que faz, o cara, mesmo com 34 anos, e sendo volante, é o principal jogador do time, seu cérebro. Sorte deles ter um cara assim. Nós mesmo não temos. Nossa responsabilidade está nas costas de meninos, que são bons, mas ainda não tem experiência.

Com os mesmos três pontos brasileiros, a Itália largou na Copa das Confederações. Respeito muito o México e o Japão, mas será muito difícil que os comandados de Pirlo e Prandelli não se classifiquem junto com o Brasil. A competição começou muito boa, mas vai ficar espetacular quando começar o mata-mata. Ali é que vamos ver quem é quem, e até onde essa turma pode chegar.




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Aparando as arestas

(Foto: Getty)

O Brasil estreou bem. Porém o golaço do Neymar logo no início mudou o panorama que era esperado para a partida e mascarou a grande dificuldade que a Seleção apresenta para armar as jogadas.

Tenho uma visão de que quando os zagueiros se tornam 'meias armadores' algo está errado. Já que não temos um meia organizador de jogadas, a equipe apresenta grandes dificuldades contra os times que jogam atrás da linha da bola. Então a saída encontrada pelos comandados por Felipão é a manutenção da posse de bola e as jogadas com os laterais.

A ideia é excelente na teoria. Só que o Brasil continua fazendo da forma errada, especialmente pelo lado direito. A saída de bola da Seleção é muito lenta e diversas vezes a bola passa pelos zagueiros, que ficam com a missão de distribuir as jogadas, já que a movimentação dos jogadores de frente é falha. Sem movimentação e com uma saída de bola lenta, o Brasil se torna muito limitado e dependente de um lampejo do Neymar.

O lado esquerdo do Brasil foi quase perfeito. Alternando a movimentação, Neymar, Oscar e Marcelo foram fundamentais na criação das principais jogadas da equipe. Especialmente com tabelas rápidas e objetivas. O que pouco acontecia do lado direito, pela pouca eficiência de Hulk e Daniel Alves, que erravam muitos passes e, quando acertavam, não davam continuidade na jogada. O lateral foi um dos piores em campo e já não é a primeira vez que insiste em manter uma postura totalmente oposta da praticada no Barcelona.

A Seleção, em geral, foi bem. Pecou em certos momentos, o que é natural para um time ainda em formação, mas soube matar a partida nas oportunidades que surgiram. Golaço do Neymar, Paulinho aparecendo com sua maior característica, Oscar mostrando que pode ser decisivo e levar o time para frente e Jô comprovando a boa fase que vive. Três a zero com um saldo positivo, com mais acertos do que erros. 

Contra o México o cenário pode ser melhor. Se imprimirem mais velocidade, usarem e abusarem do setor esquerdo, o Brasil deve dominar as ações do jogos. Estamos no caminho certo.

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Favoritos, mas não imbatíveis

(Foto: Getty)

Se ainda restavam dúvidas, após o jogo contra o Uruguai os espanhóis deixaram claro que são os favoritos para levantar a taça dessa Copa das Confederações.

São os mais completos. Possuem um conjunto fora do comum, com apenas dois jogadores geniais: Xavi e Iniesta. O restante se resume a bons jogadores, nada mais. A forma de jogar é simples e objetiva. Com a bola nos pés buscam pacientemente uma forma de chegar ao gol. Toques curtos e movimentação rápida, sem lançamentos ou bolas levantadas na área. É praticamente perfeito. 

Com essas características a Espanha só deu esperança para o torcedor uruguaio no fim a partida, só para não falar que o jogo não teve emoção. Desde o primeiro minuto as ações foram dominadas pela equipe de Xavi e Iniesta. Não tem muito o que falar da partida, Foram 90 minutos de controle absoluto da Espanha, que só não ganhou com uma vantagem mais confortável, porque decidiu se poupar no segundo tempo.

O Uruguai depende muito dos lapsos dos jogadores de frente, Cavani e Suárez. Este último, apesar do belo gol de falta, é muito afoito e erra passes na mesma medida que a Espanha acerta, só para vocês terem uma noção da situação do rapaz. Mas, na partida, esse erro não saiu somente dos seus pés. Como um todo, a Seleção Uruguaia deixou a desejar, mesmo não estando na sua melhor fase, não deveria ter deixado tão a mostra sua conformidade com o resultado. Parecia não ter estudado a fundo seu adversário e não ter nenhum poder de reação, nesse caso, entra a parcela de culpa do treinador.

Foi um jogo interessante, não esperava menos que isso, se tratando de duas Seleções campeãs do Mundo.

O que mais me chamou a atenção foi o momento em que o narrador do Sportv, Milton Leite, destacou que nenhum jogador do Uruguai atua no país.Não fiquei indignado, até já esperava algo parecido. Mas, momentos antes, eu comentava com meu pai que a base da Espanha estava praticamente toda no país, especialmente no Barcelona e no Real Madrid.

Veja a escalação titular da Espanha:
  • Casillas - Real Madrid
  • Arbeloa - Real Madrid
  • Sérgio Ramos - Real Madrid
  • Piqué - Barcelona
  • Jordi Alba - Barcelona
  • Busquets - Barcelona
  • Xavi - Barcelona
  • Iniesta - Barcelona
  • Fabregas - Barcelona
  • Pedro - Barcelona
  • Soldado - Valencia

O entrosamento dessa Seleção começa no seu próprio país, em seus times. Apesar de alguns não jogarem juntos, todos estão perto, conhecem o estilo de jogo de cada um, afinal, são adversários no Campeonato Espanhol e se estudam. 

O entrosamento é a arma da Espanha. Esse fator ajuda na velocidade do raciocínio, na articulação das jogadas, na distribuição dentro de campo e é justamente isso que esses caras sabem fazer. Não tem um destaque, é o conjunto que dá brilho para essa equipe.

Veja bem, quem dessa seleção é o cara que vai definir uma partida em que os espaços foram fechados e o adversário aperta na marcação? Ou seja, quem é o craque? Xavi e Iniesta são gênios da bola e podem decidir jogos sim, mas não são esse tipo de craque. Jogos do Barcelona sem o Messi comprovam isso.

A Espanha é a favorita para o título, mas também não é imbatível. Hoje se mostrou infinitamente superior por seu adversário ser muito dependente de uma ou duas peças.

Quando o cenário mostra uma equipe que cole dois jogadores nos principais articuladores espanhóis e avance sua marcação, obrigando a Espanha a utilizar muito seus zagueiros na distribuição das jogadas, as coisas podem se complicar. Especialmente porque a zaga é ponto mais sensível desse time. Busquets (volante, mas ajuda a compor a zaga), Sérgio Ramos e Piqué não possuem aquela intimidade com a bola, fazem o básico. O último principalmente. 

Enfim, as qualidades são inúmeras e o favoritismo é indiscutível. Porém se enganam os que acham que essa equipe é de outro mundo, mesmo erro cometido com o Barcelona.

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A família Scolari: Os netos do paizão

Ao falar da seleção, há um jogador em especial que eu gostaria de discutir. Titular absoluto do Chelsea, David Luiz era "desconhecido" para boa parte dos brasileiros enquanto atuava no Benfica, apesar de já ser destaque na Europa. Sua ida para o Chelsea lhe deu mais visibilidade e sua ida para a seleção o popularizou entre os brasileiros. Excelente zagueiro, hoje, David Luiz é titular absoluto do Chelsea. Ganhou prêmios individuais, tais como principal jogador do campeonato português temporada 2009/10, destaque do mês na premier league e bola de prata no mundial de clubes.

Bom, excelente. Na base do São Paulo e do Vitória, David Luiz chegou a atuar como um "camisa 10", ofensivo, distribuidor, habilidoso... Mas suas qualidades defensivas o tornaram o grande zagueiro que é hoje.

Bom, a partir dai surge minha dúvida. Ele chegou a seleção merecidamente por suas atuações e por seus prêmios. Mas é nosso titular absoluto? Dante surgiu como desconhecido, inclusive na Europa seu nome era pouco falado, mas chegou ao Bayern. Lá, tomou conta da zaga e concertou tudo! A zaga melhorou, Tomando menos gols. Dante ficou ainda mais constante e é considerado pelos fãs e pelo técnico Jupp H. como principal zagueiro do clube. O xerife.

Bom, a partir daí creio que a discussão deva ficar para Felipão e para vocês leitores... Dante me parece ser melhor na marcação que D. Luiz, embora não tenha a mesma capacidade para sair jogando. Não seria melhor deixar Dante na zaga e fazer de David Luiz uma opção no banco? podendo entrar tanto como volante, como zagueiro? Me pergunto se Dante fosse contratado pelo Chelsea, seria titular? E se David fosse pelo Bayern, seria titular? Bom, as respostas a essas perguntas são com vocês...

Voltando ao mundo da seleção.... Chamar Jô para o lugar de Daminhão??? Um atleta que nem pode ser testado? Dizem que os problemas psicológicos de Luis Fabiano o impossibilitam ser chamado para a copa, para não ser expulso... Bom, não vi isso acontecer quando Dunga comandava a seleção e optou por ele como dono da "amarelinha 9". Em fim... não há só o "fabuloso"... Cade o Diego Costa agora? Pelo menos foi testado...

Vamos lá por posições agora... O goleiro: todos são boas opções. A zaga: já discutimos, considerando que Thiago Silva é presença certa. Os laterais: Temos uma boa dúvida: Felipe Luiz ou Marcelo? O primeiro é um excelente lateral com características defensivas. Quase como um zagueiro na lateral. Enquanto o segundo se apresenta como o clássico ala brasileiro: Consegue defender, mas seu requinte esta na sua qualidade para atacar e dar apoio aos avançados. Quem será o titular? Bem, penso que analisá-los isoladamente é burrice. Com qualidades tão opostas e tão significativamente importantes, deveria estudar o contexto do time e sua proposta, primeiramente, antes de definir um. E, é claro, ter em mente que um não é bom reserva para o outro.

Para os volantes, responsáveis pelo controle da velocidade do jogo, do apoio ao ataque e a defesa, novamente ponho o contexto em primeira opção. Mas, penso que para um volante, é essencial qualidades defensivas; precisão nos passes para direcionarem a bola rapidamente aos atacantes, e não faria mal um requinte de domínio de bola para se esquivar de um adversário ou outro e permitir o controle do jogo no "campo adversário".

Para o setor ofensivo, com a nova proposta da seleção, passo a imaginar o "grande camisa 9" com uma função um pouco diferente. Além do tradicional faro de gol, é exigido que o mesmo saiba sair um pouco da área, atuar como um pivô e, também, distribuir o jogo. Neste caso, vejo um pivô no ataque, dois alas e um meia fixo. Oscar deve ser esse meia fixo e Neymar deve ser um dos alas, assim como Fred deve executar bem a função de pivô. Creio que Felipão não definiu um nome para a outra ala. O são paulino Lucas não tem precisão nos chutes, apesar de ser o melhor nos outros atributos. Hulk não agrada a torcida. Porque não testar Bernard neste domingo? Ou então porque não põe lucas um pouco mais recuado e Neymar mais avançado, formando um losangolo inclinado, constantemente utilizado na Inglaterra? 

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E ai, Flamengo, como vai?

O clube carioca vem cumprindo tabela nos últimos campeonatos brasileiros. Exceto na conquista com o técnico Andrade, em 2009, o clube acomodou-se a um lugar do meio pra cima na tabela. Entretanto, vem constantemente brigando pra ficar na série "A". Talvez não tão frequentemente assim, mas constante de mais para um time do tamanho do Flamengo. O engraçado no entanto, é que o clube carioca conseguiu tamanho de-mérito com gastos alucinantes, fruto de uma ingerência da ex-presidenta Patrícia Amorim.

Agora, "sob nova direção", o Flamengo tenta liquidar suas dívidas, antes de voltar a fazer loucuras. Certíssimo diretória. E ainda por cima, com um elenco meia-boca, mas sob o comando de um bom técnico (não citarei nomes para não entrarmos na meritocracia, uma vez que o fator salaria reduz muito a liberdade de escolha do Flamengo atualmente) conseguiu se classificar em 1º no primeiro turno do carioca. Sob o comando do técnico "tampão" para ter mais fundos para compor o elenco, viu-se o desastre em campo e agora volta-se a priorizar o técnico.

Sinceramente, a atual chapa (todos os membros) que navegam este barco que é o flamengo, o encontrou sem as "velas" e tenta escapar das rochas no caminho. É possível, mas não é fácil. Hora da torcida entrar em cena... Se uma vez o clube precisou do sócio torcedor, agora vê nele sua rota de fuga deste caminho perigoso. O Flamengo, agora, não carrega nas costas o peso de sua camisa; ele sente esse peso e tenta não cair no chão com ele. É duro para os fãs de Zico se contentarem em vê essa reformulação lotar o time de jogadores tampões. Os quais a grande maioria não durará no clube 1 ou 2 temporadas, e logo será feito mais uma reformulação. É duro, não é bom, mas é preciso...

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